Pavan na mira da PF

O vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), está envolvido no inquérito da Polícia Federal que investiga crimes praticados por servidores públicos. A operação “transparência” começou em Joinville no final de 2008. Pavan teria participado de um esquema para fazer desaparecer um processo de sonegação pendente na Secretaria Estadual da Fazenda.

A princípio seriam investigados servidores do Fisco Estadual da região norte do estado. Mas fatos novos chamaram atenção da polícia para o Governo do Estado. Foi apurado que uma empresa pagou R$ 100 mil para que um processo fosse abolido da Secretaria da Fazenda. A fraude só não teve sucesso porque alguns servidores não aceitaram o sistema de corrupção.

Ao todo, foram indiciados Leonel Pavan, dois diretores da Secretaria da Fazenda, a advogada da Secretaria Regional de Itajaí e dois empresários. A empresa beneficiada seria a Arrows Petróleo do Brasil, que teve a inscrição cancelada por sonegação de impostos.

Governo prejudicado

Leonel Pavan ficou com a imagem política manchada ao se envolver neste sistema de corrupção. No começo do próximo ano, o tucano iria receber a posse do Governo do Estado. Luiz Henrique da Silveira (PMDB) garantiu que transmitirá o cargo para Pavan.

O tucano confirma que tem atendido diversos empresários em seu gabinete. Mas nega ter participado desta operação ou ter se beneficiado com os R$ 100 mil.

Em nota, ele disse que está aborrecido com a situação, mas com a consciência tranquila. Confirma ainda, que vai manter a agenda normal e trabalhando no seu gabinete.

Segue lista de todos os indiciados:

Leonel Arcângelo Pavan, vice-governador de Santa Catarina

Pedro Mendes, Fiscal da Fazenda e Diretor Geral da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina.

Anastácio Martins, Fiscal da Fazenda e Diretor de Administração Tributária.

Vanderléia Aparecida Batista, advogada da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí.

Armando Taranto Júnior, médico.

Eugênio Rosa da Silva, empresário.

Marcos Pegoraro, empresário.