sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Moradores do Floresta querem pagar por solução para enchentes


Águas descem provocando erosão e entupindo bocas de lobo com areia. fotos: Paulo Caetano

ROGÉRIO GIESSEL
rogerio@gazetadejoinville.com.br


Cansados de esperar uma solução da Prefeitura, os moradores das ruas Frederico Mebs e Antonieta de Barros, no bairro Floresta, decidiram agir por conta própria e requisitar uma empreiteira para resolver o problema dos constantes alagamentos no local.

Na tarde dessa quinta-feira (20), depois de uma noite levantando móveis e retirando água de dentro de casa, a comunidade se reuniu e resolveu cobrar pela última vez o secretário Manoel de Medeiros Machado, responsável pela Secretaria Regional do Itaum. Nas duas ruas, é possível observar as bocas-de-lobo completamente obstruídas pela areia que é arrastada pelas chuvas.

Conforme o morador da rua Frederico Mebs, Francisco Schimiler, 45 anos, não há uma posição plausível do secretário para resolver o problema. “Eu fui na Secretaria Regional, e pedi para que a prefeitura fizesse o rebaixamento da rua”, comenta. Como resposta, Francisco obteve uma desculpa evasiva da Regional. “Eles disseram que vão estudar a viabilidade. Mas, a natureza não nos dá esse tempo. Queremos agilidade”, reclama.

Outra moradora revoltada é a professora Sonia Elizabeth Müller, 49 anos. Ela reside na rua Antonieta de Barros e disse estar desapontada com o secretário. “Quando estivemos na Secretaria, ouvimos um absurdo do Manoel. “Ele disse que ia nos ouvir, mas, que não teria solução. Mandou que nós levantássemos nossas casas. Isso me magoou muito”, lamentou Sonia.

O eletricista Mario Cesar Sestrem, 36 anos, é morador há 28 anos na rua Frederico Mebs. Ele já perdeu a conta de seus prejuízos. “A água entrou 15 centímetros dentro de casa. Erguemos o que deu, mas, a maioria dos móveis nós perdemos.” Mário já desistiu de procurar ajuda na prefeitura. “É visível o descaso deles”, diz Mário.

A supervisora Quiriah Santos, 40 anos, também reivindicava uma solução. “Nos últimos 15 anos, apenas a rua enchia, agora, a água invade minha casa”, relata Quiriah, que já perdeu móveis, eletrodomésticos e roupas.

Caminhões da empresa Emec Terraplanagem e Construções estiveram no local

Três caminhões da empresa Emec Terraplanagem e Construções estiveram no local como sinal de que os moradores estão dispostos a pagar pelos serviços. O proprietário da empreiteira, Carlos Eduardo da Silva, disse que colocou a empresa a disposição dos moradores. “Vou cobrar um preço bem abaixo do mercado para poder solucionar o drama dessas pessoas”, avisou. No entanto, Carlos informou que é preciso que a Secretaria Regional entre em um acordo e forneça pelo menos a parte técnica de drenagem. “O resto nós fazemos, com nossos caminhões, máquinas e mão de obra”, disse o empresário.

2 comentários:

Unknown disse...

Todos conhecem muito bem a situação do governo em Joinville, não adianta reclamar na prefeitura, não adianta falar com secretário, tudo isso não vai mudar nada, nós Joinvilenses estamos todos esquecidos pelo governo, é isso que acontece quando se coloca o poder em mãos erradas. Estão corretos os moradores em agirem por conta própria, afinal, esperar pela prefeitura é o mesmo que esperar por algo que nunca vai acontecer.

Marlon Augusto Heiber

H.Junior disse...

A praça tiradentes foi recentemente reformada,inclusive fizeram um posto da policia nela.
O que falta para a região é PLANEJAMENTO,já que reformaram,pq não criaram piscinões,simples,rebaixem as quadras esportivas e quando a chuva for forte a agua antes de transbordar no rio vai encher os piscinões.Este mesmo rio que traz problema a estes moradores é o mesmo que enche a rua Elly Soares.

o wur falta é competencia e planejamento.