segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Inadimplência das empresas aumentou 10,5% em novembro

Em novembro de 2010, a inadimplência das empresas cresceu 10,5% na comparação com o mês anterior, outubro, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. Foi o maior crescimento verificado desde o mês de março.

Já na variação anual – contra novembro de 2009 – a inadimplência das pessoas jurídicas apresentou queda de 2,4%. De acordo com o levantamento, foi o maior recuo verificado desde 2006, nessa comparação, considerando o penúltimo mês do ano.

Na relação entre os acumulados, janeiro a novembro 2010/2009, por sua vez, houve um decréscimo de 5,9%.

Para os economistas da Serasa Experian, o crescimento mensal verificado na inadimplência das empresas é pontual e decorre das pressões de custos sobre o caixa, como o pagamento da primeira parcela do 13º salário, as compras de composição dos estoques para o Natal e importações para a data. Nas comparações anual e acumulada, os efeitos da recuperação do crédito para os negócios e o forte crescimento da economia neste ano se fazem presentes, determinando quedas no indicador.

A perspectiva é de que a inadimplência das empresas caia nos primeiros meses de 2011, em razão da atividade econômica aquecida e da crescente oferta de crédito.

Decomposição

Na decomposição do indicador, considerando a variação mensal (10,5%), novembro frente a outubro, os títulos protestados cresceram 16,3%, dando a maior contribuição para o crescimento do indicador, de 6,5%. Os cheques devolvidos por falta de fundos seguiram na mesma direção, com evolução mensal de 14,9% e contribuindo com 5,2% no resultado mensal do indicador. Em sentido oposto, as dívidas não honradas junto aos bancos experimentaram uma queda de 4,8% entre novembro e outubro, definindo uma contribuição negativa de 1,2% no indicador.

Análise por porte

Na análise por porte, na relação mensal – novembro frente outubro –, as grandes empresas apresentaram o maior crescimento da inadimplência, de 18,5%. Na sequência ficaram as médias (13,4%) e pequenas (10,2%). Na comparação anual, novembro 2010/2009, as quedas foram generalizadas: médias 3,6%, pequenas 2,5 e grandes 1,8%.

Valor médio das dívidas

De janeiro a novembro de 2010, as dívidas com bancos tiveram um valor médio de R$ 4.727,55, o que representou uma elevação de 3,3%, ante igual período de 2009.

Quanto aos títulos protestados, seu valor médio, considerando-se os onze primeiros meses de 2010, ficou em R$ 1.651,56, resultando em queda de 5,3%, na relação sobre o acumulado de janeiro a novembro do ano anterior.

Por fim, os cheques sem fundos apresentaram, de janeiro a novembro deste ano, um valor médio de R$ 2.052,21, com um crescimento de 24,3%, quando comparado com os onze primeiros meses de 2009.

fonte: Serasa/Experian

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