A inadimplência nos negócios fechou 2010 com queda de 5,3% ante 2009, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. Foi o maior recuo verificado pelo levantamento em seis anos.
Já nas variações mensal e anual, a inadimplência das pessoas jurídicas apresentou elevação. Na relação dezembro contra novembro, houve um crescimento de 3,0%, ao passo que na comparação dezembro de 2010 sobre igual mês de 2009, o aumento foi de 1,6%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a inadimplência das empresas recuou em 2010, em relação a 2009, em razão da normalização da oferta de crédito e pelo forte crescimento da atividade econômica. Além disso, com a maior disponibilidade de recursos, inclusive do BNDES, e em melhores condições (prazo e custo), as empresas se capitalizaram mais no ano passado, possibilitando regularizar seu fluxo de caixa e empreender novos investimentos diante da menor capacidade ociosa, resultante do mercado doméstico aquecido.
Para 2011, mesmo com a expectativa de uma política monetária mais restritiva, com novas elevações de juros, as empresas não passarão por momentos tão críticos como os de 2009. O cenário é de um crescimento menor da economia, sem comprometimento da estrutura financeira dos negócios.
Decomposição
Na decomposição do indicador, os cheques devolvidos por falta de fundos evoluíram 6,1% na comparação dezembro ante novembro, contribuindo com 2,1% dos 3% de crescimento da inadimplência no período. Os protestos apresentaram crescimento mensal de 3,5%, dando uma contribuição de 1,4% ao indicador. Opostamente, as dívidas não honradas junto aos bancos recuaram 2% na relação dezembro/novembro, contribuindo com uma queda de 0,5%.
Análise por porte
Na análise por porte, as micro e pequenas empresas foram as que apresentaram a maior variação na inadimplência, na relação dezembro sobre novembro (3,1%). Ainda nesta comparação, as médias apresentaram um aumento de 2,9%, e as grandes de 2,7%. Quanto à relação anual (Dezembro 2010/2009), a inadimplência das micro e pequenas avançou 1,4%, e a das médias 5,5%. Já a inadimplência das grandes empresas foi por via oposta, registrando queda de 1,6%.
Valor médio das dívidas
Em 2010, o valor médio das dívidas com bancos foi de R$ 4.713,87, com 3,2% de crescimento ante 2009. Os títulos protestados, por sua vez, registraram em 2010 um valor médio de R$ 1.652,49, o que representou um recuo de -4,8%, quando comparado com 2009.
Por fim, os cheques sem fundos tiveram, em 2010, um valor médio de R$ 2.053,68, resultando em 22,3% de aumento, na relação com os doze meses de 2009.
fonte: Serasa/Experian
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