Em 2010, foram devolvidos 1,76% de cheques em todo o país, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. Foi o menor percentual desde 2004, quando houve 1,58% de devoluções.
Na comparação de dezembro de 2010 sobre dezembro de 2009, também houve decréscimo no número de cheques devolvidos. No último mês de 2010, houve 1,72% de devoluções, contra 1,87% em dezembro de 2009.
Já na relação com novembro último, o volume de cheques sem fundos apresentou elevação. No penúltimo mês de 2010, foram devolvidos 1,68% de cheques.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a queda registrada na devolução de cheques no acumulado de 2010, em comparação com os anos anteriores, é resultado da preferência do consumidor por formas de financiamento com prazos mais longos que o pré-datado e com a possibilidade de fazer pagamentos mínimos, como no cartão de crédito.
Endividado, o consumidor reverteu a queda na devolução de cheques por falta de fundos, entre maio a outubro de 2010, e usou mais este instrumento nos últimos dois meses do ano, para evitar, sobretudo, atingir o limite do cartão de crédito. Em razão disso, a devolução de cheques cresce em novembro e dezembro. No último mês do ano, normalmente os cheques sem fundos recuam, pelo recebimento do 13º salário, o que não aconteceu em 2010.
Nessa perspectiva, no 1º trimestre de 2011, com o pagamento dos impostos (IPTU e IPVA) e das despesas escolares, haverá pressão no orçamento doméstico, podendo gerar novos acréscimos na inadimplência com cheques.
Nos estados e regiões
De janeiro a dezembro de 2010, o Amapá foi o estado com o maior percentual de cheques devolvidos (10,79%). São Paulo, por sua vez, foi o estado de menor percentual (1,32%). Entre as regiões, a Norte foi a com maior percentual de devolução de cheques nos doze meses de 2010, com 4,00%. Na outra ponta do ranking está a Sudeste, com 1,43%.
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