terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Diferença de preço de materiais escolares chega a mais de 380%

Marileia está poupando porque procurou na internet antes de ir às compras

Por: Renato César Ribeiro
Fotos: Paulo Caetano

O Procon de Joinville divulgou nessa terça-feira, 11 de janeiro de 2011, uma pesquisa de preços de material escolar. A diferença de preços entre alguns itens chega a 385,37%, caso do caderno universitário espiral 200 folhas 10 matérias. Outros números notáveis nessa comparação são: 293,33% no lápis de cor longo - caixa com 12 unidades; 233,33% na folha de cartolina; e 153,85% na cola branca de 40 gramas.

A pesquisa englobou 27 itens e foi realizada em seis estabelecimentos comerciais na cidade de Joinville nessa segunda-feira, 10 de janeiro de 2011. O gerente do Procon, Jorge Nemer Filho, ressalta que no levantamento de preços não é considerada a marca ou o fabricante do produto. Os dados podem ser acessados no site de internet www.proconjoinville.com.br. Quem não tem acesso on-line pode pegar uma cópia em folha da pesquisa nas duas sedes do Procon: na região central e no Nova Brasília.

Veja aqui a pesquisa de preços de material escolar do Procon: http://www.proconjoinville.com.br/arquivos/PesquisaMaterialEscolar-2011.pdf

A sede da região central do Procon fica na rua Dona Francisca, 1283, no bairro Saguaçú, e o Procon Nova Brasília se localiza na rua Minas Gerais, 1303, na Secretaria Regional do bairro. Dúvidas podem ser tiradas através do telefone 151, das 8 horas às 17 horas.

"A nossa tabela da pesquisa de preços é bem didática e não leva em conta marca porque isso fica a critério dos pais", afirma Jorge Nemer Filho. Ele explica que o principal objetivo do levantamento é ressaltar a importância da pesquisa de preço. "Esse é apenas um parâmetro. De repente, a pessoa consegue encontrar um produto mais em conta na papelaria perto da sua casa", complementa.

Gerente do Procon, Jorge atenta para as pessoas pesquisarem preços antes de comprar

Jorge fala ainda que a pesquisa é para forçar o preço para baixo. "É um benefício ao consumidor. Às vezes, ao divulgarmos a lista, o lojista abaixa o preço depois", diz. Outra dica interessante é verificar o que sobrou do ano passado e comprar somente o necessário. Além disso, pode-se buscar conhecidos que já tenham o livro usado que não tem mais serventia.

Existe também a opção de várias pessoas comprarem em grande quantidade juntas, assim dá para conseguir um desconto. "Isso pode ser feito em condomínios, por exemplo", revela.

Mães vão às compras

Cada mãe precisa ver as necessidades de seus filhos e quanto pode investir no material escolar. A dona de casa Mariléia Joaquim Ristou tem quatro filhos, dois meninos (6 e 4 anos) e duas meninas (15 e 11 anos), que estudam em escolas públicas. Ela viu na internet o preço das Casas China e resolveu comprar na Casa Sofia, onde encontrou preços mais baratos.

Deisi foi às compras com a filha Aline

"Seria bom se todos colocassem os preços na internet para a gente pesquisar", comentou Mariléia. Durante o ano, ela já planeja o quanto é necessário gastar para não afetar suas economias. Além disso, a dona de casa procura também parcelar. "Esse ano estou economizando mais porque estou comprando em um lugar diferente ao do ano passado", revelou.

Ela foi sem os filhos, pois assim consegue poupar mais. Na realidade, Marileia tinha levado somente a filha mais velha que não ficou até o final das compras. Isso é um fato bem comum. Em muitos casos, quando as crianças vão junto os pais acabam gastando mais do que o necessário.

Já Deisi Cristina Kruger Radloff, que trabalha no financeiro do escritório de advocacia do marido, tem um filho de sete anos e uma filha de 11, que estudam em colégio particular. Deisi levou a pequena Aline para fazer compras na Midas e não sente a diferença nos preços.

O filho não foi junto à loja porque não faz questão de ir. Enquanto que Aline queria escolher sua nova mochila, cadernos e mais alguns itens.

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