O próximo sábado, 20 de junho, é o dia D contra a paralisia infantil. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) pretende vacinar 406.407 crianças na primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença em Santa Catarina.
O número equivale à meta de 95% da população com menos de cinco anos de idade. Elas devem ser imunizadas nos postos de saúde, das 8 às 17 horas, independente de sua situação vacinal. O slogan deste ano é "Não dá pra vacilar. Tem que vacinar”.
A intenção é impedir que o vírus causador da paralisia infantil volte a circular no Brasil com o propósito de manter o continente americano livre da doença. A SES distribuiu 700 mil doses de vacinas para todos os municípios catarinenses.
Esta será a 30ª campanha de vacinação contra a doença no país, onde não são registrados casos desde 1989. O Brasil, inclusive, obteve a certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de país livre da poliomielite em 1994. “Apesar disso, é necessário manter as estratégias de campanha de vacinação porque o poliovírus ainda circula em alguns países”, explica a coordenadora do programa de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES, Leonor Proença.
Para os pais, a orientação é que levem a caderneta de vacinação de seus filhos, para atualização ou esclarecimento de dúvidas em relação ao calendário básico de vacinas. No Brasil, o objetivo é imunizar quase 15 milhões de crianças. A segunda etapa da vacinação será realizada no dia 22 de agosto, quando as crianças deverão retornar aos postos de saúde.
A DOENÇA: A paralisia infantil é uma doença viral aguda, transmitida principalmente por contato direto, pessoa a pessoa. A boca é a porta de entrada do vírus, fazendo-se a transmissão pelas vias fecal-oral ou oral-oral, esta última através de gotículas de muco da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A poliomielite pode levar à morte em caso de paralisia severa. Em contrapartida, seu diagnóstico pode ser difícil já que, na maioria dos casos, os sintomas da infecção não são aparentes. A vacinação é a medida mais importante para a prevenção da doença.
CONTRA-INDICAÇÕES DA VACINA: Não há contra-indicações absolutas à administração da vacina oral contra a poliomielite, evitando-se, entretanto, a vacinação de crianças nas seguintes situações: Crianças com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina, a exemplo da estreptomicina ou eritromicina; Crianças que, no passado, tenham apresentado qualquer reação anormal a esta vacina; Crianças imunologicamente deficientes devido a tratamento com imunossupressores ou de outra forma adquirida ou com deficiência imunológica congênita. Crianças portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38º C, diarréia e/ou vômito é recomendado o adiamento da vacinação A vacina contra a poliomielite não deve ser administrada em crianças submetidas a tratamento com corticosteróide, antimetabólicos, radiação ou a qualquer terapia imunossupressora.
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