Postado por: Rogério Giessel
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira o presidente do TJ (Tribunal de Justiça) do Espírito Santo, desembargador Frederico Pimentel, e mais seis pessoas suspeitas de participarem de um suposto esquema de venda de sentenças em troca de favores e vantagens pessoais.
Pimentel foi preso pela PF durante a Operação Naufrágio, que tenta cumprir sete mandados de prisão e 24 de busca e apreensão no Espírito Santo. As prisões foram determinadas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
De acordo com a PGR (Procuradoria Geral da República), as prisões são resultado das investigações feitas no inquérito que apura o suposto envolvimento de desembargadores, juízes, advogados e servidores públicos em crimes contra a administração pública e a administração da Justiça no Espírito Santo.
A PGR informa que o delito consistia no patrocínio e na intermediação de interesses particulares perante o TJ-ES para obtenção de decisões favoráveis e outras facilidades que pudessem ser conseguidas por meio da interferência dos agentes públicos em troca de favores e vantagens pessoais.
Durante as investigações, surgiram ainda evidências de nepotismo no Tribunal de Justiça capixaba.
Os mandados de prisão foram cumpridos contra advogados, magistrados e uma servidora do TJ. Os presos serão transferidos para Brasília, entre eles o desembargador Elpídio José Duque.
Segundo a PF, durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, um membro do Ministério Público Estadual foi preso em flagrante com armas e munição de calibre restrito.
A assessoria do TJ do Espírito Santo informou à Folha Online que vai se pronunciar mais tarde sobre as prisões.
Titanic
As investigações tiveram início com a Operação Titanic, deflagrada no dia 7 de abril, que desarticulou um esquema instalado no cais do porto em Vila Velha, especializado na importação subfaturada de veículos de luxo.
Na Operação Titanic, foram presas 22 pessoas, sendo 13 no Espírito Santo, três em São Paulo e seis em Rondônia, acusadas de integrar uma quadrilha que sonegou R$ 7 milhões em importações de carros, motos e mercadorias de luxo.
O esquema envolvia Ivo Junior Cassol, filho do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), acusado de tráfico de influência. Os dois líderes do esquema --Adriano Mariano Scopel e Pedro Scopel, pai e filho-- foram detidos no Espírito Santo.
Folha Online
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