A queda de 1,7% na produção industrial brasileira, registrada em outubro em relação a setembro, reflete a retração do setor em dez dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com os dados regionalizados divulgados hoje (5).
Os dados do IBGE apontam que o indicador mês/mês (descontados os efeitos sazonais) mostrou que as quedas mais acentuadas, tomando por base a média nacional (-1,7%), ocorreram no Espírito Santo (-5,7%), Rio Grande do Sul (-5,5%) e Região Nordeste (-5,1%). Bahia (-3,9%), Amazonas (-3,5%), Pernambuco (-3,1%), Santa Catarina (-2,2%) e Minas Gerais (-1,9%) também ficaram abaixo da média nacional (-1,7%). As menores quedas ocorreram em São Paulo (-0,2%) e Rio de Janeiro (-0,6%).
Na comparação de outubro deste ano com igual mês do ano passado, as taxas foram positivas em dez das 14 regiões. Já o índice acumulado no ano apontou crescimento em todas as áreas investigadas.
Os estados que tiveram resultado positivo na comparação de setembro com outubro foram Pará (3,1%), Goiás (2,5%), Ceará (1,3%) e Paraná (1,2%).
O levantamento do IBGE indica ainda que no confronto entre outubro deste ano e outubro de 2007, que ficou em 0,8% na média nacional, os índices foram positivos em dez dos 14 locais, com destaque para o Pará (8,9%). Goiás (4,2%), Paraná (3,9%), Ceará (2,9%), São Paulo (2,5%), Pernambuco (2,2%), Amazonas (2,0%), Rio Grande do Sul (1,7%) e Minas Gerais (1,2%) também tiveram taxas superiores à média nacional de 0,8%.
Já o Rio de Janeiro (0,3%) ficou muito próximo ao patamar de outubro de 2007. Nessa comparação, os locais com recuo na produção foram: Região Nordeste (-3,3%), Espírito Santo (-2,7%), Santa Catarina (-2,4%) e Bahia (-0,6%).
“Vale mencionar que o mês de outubro, embora com um dia útil a mais que outubro de 2007, está marcado por quedas importantes em setores que concederam férias coletivas não planejadas ou efetuaram paralisações técnicas não programadas, num contexto de aumento da incerteza no ambiente econômico internacional” informa o IBGE.
Para o instituto, a influência desses fatores “fica evidente” no confronto entre o ritmo de produção do período julho-setembro com o de outubro: todos os locais, à exceção do Pará, mostraram perda de ritmo entre os dois períodos. As maiores perdas foram observadas no Espírito Santo (de 12,4% para -2,7%), Paraná (de 11,2% para 3,9%) e Bahia (de 6,1% para -0,6%).
Já no indicador acumulado para os dez primeiros meses do ano, as taxas positivas alcançaram todos os locais. Acima dos 5,8% assinalados na média nacional, situam-se Espírito Santo (12,9%), Paraná (10,4%), Goiás (10,2%), São Paulo (8,0%), Pará (7,2%), Pernambuco (6,5%), Amazonas (6,4%) e Minas Gerais (6,0%).
Nesses locais, segundo o IBGE, os fatores como o dinamismo dos produtos tipicamente de exportação, em especial as commodities (minérios de ferro, açúcar, celulose e produtos siderúrgicos) e a forte presença da indústria automobilística e dos setores produtores de máquinas e equipamentos “foram determinantes no desempenho industrial”.
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