A prefeitura de Joinville terá que fazer as primeiras exonerações por nepotismo desta gestão. Na última sexta-feira (09), foi expedida uma liminar para exonerar cinco pessoas que ocupavam cargos administrativos e têm parentes em funções. Agora, Carlito Merss (PT), atual prefeito, irá recorrer na Justiça para que os funcionários continuem nas respectivas cadeiras.
O prefeito terá que escolher se demite o secretário de Educação, Marcos Fernandes (PT), ou a esposa, Ivana Maria Pereira Fernandes, gerente na Secretaria de Assistência Social. Também estão na lista: a secretária de Gestão de Pessoas, Márcia Alacon, casada com Pedro Alacon, diretor da Companhia Águas de Joinville, além do presidente do Ippuj, Luiz Alberto de Souza, marido de Simone Anderle, coordenadora na Fundamas.
Uma das maiores críticas dos petistas ao ex-prefeito Marco Antônio Tebaldi era a contratação de parentes. No entanto, Carlito Merss afirma que nunca foi contra os casos de nepotismo na gestão tucana.
Já Marcos Aurélio Fernandes, em 2005, disse que “é um abuso o emprego de parentesco”, ao se referir a uma moção feita pelo vereador Adilson Mariano contra o nepotismo na Câmara. Para Marquinhos, naquela época, não bastava dizer que era imoral e sim existir uma lei para provar a ilegalidade da contratação de familiares.
Em 1 de março de 2007, Marquinhos apresentou um requerimento e pedia ao presidente da Câmara, Darci de Matos, para demitir todos os parentes de vereadores, que ocupavam cargos comissionados. Para Marquinhos, demitir os parentes que ocupavam cargos públicos era um compromisso da Câmara com a moralidade pública.
O começo do processo
Essa ação que proíbe o nepotismo no Poder Executivo de Joinville foi movida, em 2007, contra o prefeito Marco Antônio Tebaldi (PSDB). Naquele ano, foram denunciadas oito contratações de parentes. Ficou determinado que tais servidores deveriam ser exonerados e que não seriam mais admitidos parentes de servidores com cargos comissionados.
No começo deste ano foi feita uma denúncia contra a prefeitura referente ao caso de nepotismo do secretário da Educação e sua esposa. Carlito Merss, para resolver esse problema, fez o pedido de extinção da ação de 2007, que proibia contração de parentes. Mas não obteve resposta do judiciário.
Prefeitura recorre da sentença
Conforme o procurador geral do Município, Naim Andrade Tannus, a prefeitura vai recorrer assim que receber a intimação. “Entende-se que em três casos apontados na sentença tratam-se de servidores de carreira e por isso não é nepotismo”, diz.
Para Naim, ninguém pode ser taxado de criminoso só por ser parente de alguém. Conforme ele, o prefeito pensa que não existe nepotismo em nenhum destes casos.
Um comentário:
São servidores de carreira, mas ocupam funções gratificadas!!! Nós não somos otários Carlito!! Acorda!!
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