A greve por tempo indeterminado deflagrada em nível nacional pelo setor bancário público e privado, como medida de pressão para obter reajuste salarial de 10%, atingiu nesta sexta-feira (25) aproximadamente 50% da categoria em Joinville. Este primeiro balanço foi divulgado ao meio-dia pelo Sindicato dos Bancários de Joinville e Região, que deixou para os bancos toda a responsabilidade pelo prejuízo causado à população.
“A responsabilidade pelo atendimento é das agências e não dos bancários. Os prejudicados devem ligar para o serviço 0800 de cada banco e tentar resolver seu problema”, disse o presidente do sindicato, José Ilton Belli. De acordo com a entidade, a categoria soma 2,2 mil empregados na região norte do Estado, formada por 15 municípios, dos quais 600 trabalham em Jonville. Ao todo, são 101 agências na região.
A maior dificuldade do sindicato é convencer os funcionários do Banco do Brasil em aderir ao movimento. A agência central do BB na rua Luiz Niemeyer, centro, abriu normalmente às 11h, e o sindicato centralizou no local piquetes e mini-assembleias.
No Bradesco da rua XV de Novembro a paralisação atingiu 40% dos funcionários, de acordo com a gerência, que pedia paciência aos clientes, já que o tempo de espera no atendimento seria maior. “Não sabia nada a respeito dessa greve, mas vou querer receber meu pagamento de qualquer jeito”, disse na porta do banco a aposentada Antonia Braz.
De acordo com o diretor sindical Osvilde de Amorim, bancos privados como o Unibanco e Safra tiveram boa adesão no movimento. Mas a realidade em agências da periferia era outra. No Itaú da rua Mosenhor Gercino, no Itaum, por exemplo, o atendimento estava normal.
Com data-base em setembro, os bancários querem, além de reajuste salarial de 10% baseado no INPC, PLR (Plano nos Lucros e Resultados) de 3,5 salários mínimos, cesta-alimentação de R$ 465,00 e auxílio refeição de 22 vales de R$ 23,00 cada. Os bancos ofereceram 4,5% de reajuste, frustrando a categoria.
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