A direção é de Ângela Finardi, atriz da peça S.O.S Uma Mulher Só, além de cenografia e figurino de Lucas David. A diretora destaca a experiência do teatro de rua e diz que Joinville precisa disto, pois não há espaços nos bairros. Ela explica a importância da reflexão política sobre as relações de poder, demonstradas na peça. “Prevert, artista popular da França, tinha essa paixão pelas crianças e marginalizados”, lembra.
Lucas David foi responsável pelo colorido e pelas formas dos figurinos dos artistas medievais e por outros personagens que compõem a trama. Lucas, que já fez o cenário de S.O.S Uma Mulher Só, também inseriu cortinas vermelhas, lonas coloridas, roupas e maquiagens para os atores apresentarem o espetáculo que lembra uma grande apresentação circense. “O trabalho dele sempre traz um diferencial”, ressalta Ângela.
Com música alegre, os atores chamam o público para a peça e entram no clima da Espanha da Idade Média, arrumando o cenário e o figurino na frente das pessoas. A organização dos elementos de cena é feita pela própria equipe. “É preciso recuperar essa necessidade do coletivo e da convivência com o grupo”, destaca a diretora.
Os atores também se apropriam do humor de Prevert para fazer uma crítica às relações de poder, causadas pelas desigualdades de classe, de cultura e a hipocrisia de uma nobreza. A música é o elemento usado para desencadear uma revolta dos oprimidos contra a tirania, caracterizada pelos personagens do prefeito, vice-prefeito e o capitão da polícia.
A história
“Nós, os dirigentes desta cidade, prevenimos a população que a partir de hoje, nada mudará e que daqui pra frente tudo se passará como sempre se passou”, é assim que o capitão tenta agonizar uma revolta que acaba de ser iniciada.
Ah, e como esquecer do mendigo. Figura primordial e sádica no decorrer do espetáculo. Brinca com a arrogância e com as fragilidades das relações de poder entre os “felizes”, designados como nobres, e os “infelizes”, pobres com história para contar. Não há como negar a esperteza do andarilho ao pedir para o prefeito e outros dirigentes R$ 2,30 de esmola. “As autoridades, as autoridades, elas me dão vontade de vomitar”, diz o mendigo.
Mas todo o enredo começa somente quando um casal de artistas mambembes - grupo de teatro que percorre diversas cidades na Idade Média, usando a comédia para atrair o público – chega até uma cidadezinha. Chanfala, ator e mestre da enganação, apresenta um quadro em branco para os ricos, com o objetivo de mostrar “As Maravilhas”, que não existem. Como parte da mentira vivida pela nobreza, eles fingem ver personagens como Sanção, touro, ratos e outros falsetes.
Enquanto isso, uma revolta juntando mendigos, camponeses, operários e quebradores de pedra, leva o público a uma verdadeira revolução.
AGOSTO
Dia 15 – 11h - UNIVILLE São Bento do Sul
Dia 22 – 15h – Praça do Bosque – Costa e Silva
Dia 29 – 11h - Praça Nereu Ramos (em caso de chuva, o espetáculo ocorrerá na Garagem da CONURB, na cidadela Cultural antártica, no mesmo horário)
SETEMBRO
Dia 12 – das 12h às 16h - Pátio da Secretaria Regional do Aventureiro.
Dia 19 – 16h - Centro Social Urbano do Iririú
Dia 26 – 14 h - na Estação da Memória (em parceria com a AJOCIRCO)
OUTUBRO
Dia 03 – 13h - Mercado Público de Joinville (em caso de chuva, o espetáculo ocorrerá na Garagem da CONURB, na cidadela Cultural antártica, no mesmo horário)
Dia 17 – 15h - Galpão da Igreja São Domingos Sávio, no bairro Jardim Paraíso
Dia 24 – 16h - XI Mostra de Talentos do Itinga
NOVEMBRO
Dia 14 – 13h - no Sábado Cultural da Fundação 25 de Julho - Pirabeiraba
Dia 21 – 15h - Festa das Flores
Dia 28 – 15h30 - No Sábado Cultural do Bairro Vila Nova - Secretária Regional do bairro
Um comentário:
Por acaso há um cronograma das apresentações? Com ele será possível divulgar através de mail. Afinal nem todos leem jornal na cidade. Obrigada!
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