sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Vereadores fazem 167 pedidos de informação em um mês

A oposição da Câmara de Vereadores de Joinville iniciou 2010 mostrando que o governo de Carlito Merss (PT) não terá vida fácil. Somente no mês de janeiro foram feitos 167 pedidos de informação. Esse dado mostra que neste ano eleitoral, a quantidade de questionamentos ao Executivo poderá ultrapassar a marca recorde do ano passado, de 645 questionamentos. Em contrapartida, o ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB), que governou Joinville por seis anos e possuía maioria na Câmara, enfrentou somente 202 pedidos de informação em 2008.

Na última semana, o vereador Maurício Peixer (PSDB) encaminhou à prefeitura mais alguns pedidos. Em um deles, o parlamentar questiona sobre a tarifa social cobrada pela Companhia Águas de Joinville. “Quantas famílias eram atendidas pela tarifa social em janeiro de 2009?”, pergunta.

Outra dúvida de Peixer é em relação ao jornal da Educação, distribuído pela Secretaria Municipal de Educação. O documento questiona o custo do jornal, a tiragem e se há licitação para a prestação de serviço.

O motivo de tanto questionamento é a intenção da oposição de não dar vida fácil ao prefeito. O tucano conta que no governo Tebaldi era da situação e por isso tinha acesso à prefeitura. Mas como agora é do “outro lado”, não há a mesma facilidade de encontrar as informações. Conforme o vereador, para fiscalizar é preciso fazer os pedidos de informação.

Já o vereador do DEM e líder da oposição, Odir Nunes, questionou sobre os servidores comissionados: “quantos exercem suas funções fora do órgão de indicação?”. Essa já é uma briga que vem desde o ano passado, quando Odir denunciou que havia funcionários lotados em uma secretaria, mas trabalhando em outra. Conforme Manoel Bento (PT), na época, disse que se houvesse casos deste tipo, eles seriam solucionados.

Segundo a lei, o Executivo tem até 30 dias para responder aos vereadores. O prazo para a prefeitura responder os pedidos de informação de janeiro já está perto de acabar. Mas nenhum parlamentar recebeu retorno até agora.

O único vereador petista a fazer pedido de informação neste ano foi Adilson Mariano. Sua dúvida é sobre o projeto de Criação do Centro de Zoonoses. Ele questionou quais ações foram tomadas em relação ao controle, tratos e prevenção de animais em Joinville; e quais os avanços no Projeto Bem-Estar Animal.

Decisão inédita: Estado vai pagar indenização para homem agredido por policiais militares

Diferentemente do que ocorre na maioria dos casos, um homem conseguiu na Justiça que o Governo do Estado pague pela agressão que ele sofreu de policiais militares, em 2000. O governo recorreu da decisão condenatória dada em São Francisco do Sul, mas a sentença foi ratificada na 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça. O agredido receberá R$ 5 mil e o Estado deverá pagar, além disto, mais 10% do valor para os advogados.

Antônio Marcos de Moraes Júnior voltava do trabalho na madrugada do dia 25 de novembro de 2000, em São Francisco, quando foi abordado por dois policiais militares. Os PMs pediram seus documentos. Quando Antônio disse que os documentos estavam em casa e que poderia ir pegá-los, ele levou um tapa na boca.

Consternado, Antônio pegou seus documentos em casa e foi até a Companhia de Polícia Militar para registrar a violência ocorrida. Novamente ele foi agredido pelos dois policiais fardados que o reconheceram.

"Marcos é um trabalhador. Não havia praticado nenhum ato que merecesse a abordagem que sofreu. No entanto, a Polícia Militar é truculenta. O ato revela o despreparo de parte de seus integrantes.", afirma o advogado de Antônio, Roberto Pugliese.

Já o Governo do Estado chegou a dizer em juízo que não se responsabiliza pelos fatos ocorridos e que os PMs exercitaram regularmente um direito.

Para o desembargador José Volpato de Souza, relator do processo, ficou claro que os policiais, que deveriam proteger à sociedade, agrediram o homem sem qualquer justificativa ou explicação. Segundo ele, isso é uma violação grave aos direitos fundamentais.

Depois desta defesa, a votação foi unânime para a condenação do Governo do Estado.

Situação é grave em Joinville

A maior cidade do estado também é maior no número de abusos de autoridade feito pelos policiais militares. Um dos casos mais conhecidos é o do jovem T.S., de 23 anos, que foi agredido por policiais em novembro do ano passado quando saia de uma casa noturna.

O rapaz, com escoriações por todo o corpo, chegou a procurar a Polícia Militar para denunciar o abuso, mas foi orientado a sair da cidade. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Começo do problema

T.S. discutiu com um segurança da danceteria Metrô Night Clube, que segundo denúncia seria um policial fazer um trabalho extra, no bairro Itaum. Depois da discussão, o rapaz foi embora. Na saída, dois policiais pediram o documento de T.S. e o colocaram no porta-malas de um veículo.

O jovem foi levado para uma pedreira no bairro Paranaguamirim. Lá, ele diz que foi ameaçado de morte pelos policiais, que chegaram a atirar.

De joelhos, ele recebeu socos das autoridades, além de pancadas na cabeça e em baixo dos pés, nas costas e nos braços.

A vítima conseguiu empurrar um policial e fugir em direção a uma empresa que ficava perto. O garoto foi atendido por um vigia.

Em entrevista à Gazeta de Joinville, o subcomandante do 17º Batalhão da Polícia Militar de Joinville, o major Hilário Zils, disse na época que já sabia quem eram os acusados e que abriria inquérito para investigar a ocorrência.

Mesmo que o fato seja comprovado, os PMs não serão levados à Justiça convencional, e sim julgados por juiz da Vara Militar.

Mudança em escola estadual deixa alunos sem vaga

A alternância de vagas na escola Escola Estadual Básica Marli Maria de Souza causou conflito entre moradores do Paranaguamirim e Secretaria Municipal de Educação. A escola estadual ofereceu vagas este ano somente para alunos de Ensino Médio, fazendo os pais dos outros estudantes procurarem a rede municipal.

Como as escolas mais próximas estão lotadas como João Félix Moreira, que tem até turno intermediário, e Dr. Nilson Wilson Bender, os estudantes oriundos da rede estadual foram matriculados em unidades mais distantes. Com essa atitude, gerou o impasse com relação ao transporte, já que os alunos não tinham como ir para as novas escolas.

A comissão de Educação fez uma reunião na última quinta-feira (25) com o secretário da Educação, Marcos Aurélio Fernandes, representantes da Gerência Estadual de Educação e os moradores afetados, principalmente da região do Estevão de Matos.

O começo do encontro foi conflituoso e chegou a acontecer discussão entre funcionária da Secretaria da Educação e uma mãe de aluno. Os Moradores sugeriram um local onde poderão ser instaladas salas de aula.

A Gerência Estadual de Educação ficou de verificar a sugestão dos moradores e de traçar um plano emergencial para realização das aulas no local.

Para a próxima quinta-feira (04) ficou agendada outra reunião entre vereadores e equipes das secretarias municipais e estaduais da Educação. Os vereadores Adilson Mariano (PT), Alodir Cristo (DEM) e Dalila (PSL) irão cobrar soluções para os problemas.

Vereadores cobram melhorias na Vigilância Sanitária

A polêmica sobre os problemas enfrentados pelos funcionários da Vigilância Sanitária ganhou novo teor depois que vereadores, na maioria de oposição, tomaram partido na briga. Na quinta-feira (25), uma reunião chegou a ser feita na Câmara para pedir investimentos para o órgão. As comissões de Finanças e Saúde fizeram a abordagem do problema.

Participaram do encontro mais de quarenta profissionais entre fiscais sanitários, motoristas e até agentes administrativos. Uma das reivindicações é maior número de carros para uso dos fiscais. Além disto, os computadores da unidade estão velhos e sem condições de funcionamento.

Conforme assessoria da Câmara de Vereadores, os servidores questionaram o pagamento de R$ 12,2 mil de aluguel do prédio, que está com deficiências, consideradas graves pelos servidores, como falta de ar-condicionado. Segundo o assessor de imprensa da Secretaria da Saúde, o contrato do aluguel foi feito pelo ex-secretário Lourival Silva, condenado pela Justiça por corrupção.

A Secretaria da Saúde, segundo informações, irá procurar outro local mais adequado para instalar a Vigilância Sanitária e quebrar o contrato feito pelo ex-secretário.

A Gerente da Vigilância Sanitária disse que os funcionários ganharão cursos de capacitação, que novos computadores serão comprados e que haverá locação de mais dois veículos.

No entanto, o vereador Juarez Pereira (PPS), que mais tem alardeado problemas na área da saúde, sugeriu uma auditoria nas contas da Vigilância Sanitária.

Fundema notifica Celesc por corte irregular de árvores

As 29 árvores cortadas pela Celesc nas ruas Itaiópolis e Bento Gonçalves gerou polêmica e culminou numa notificação, nesta sexta-feira (26). Conforme informações da Fundema (Fundação do Meio Ambiente), a companhia tem prazo de cinco dias para apresentar plano de recuperação de área degradada e um plano de compensação. As árvores foram retiradas porque poderiam causar algum dano à fiação elétrica.

Segundo assessoria de imprensa da Fundema, a Celesc tem um acordo para realizar a poda das árvores que oferecem risco à rede de energia, mas não é permitido o “corte raso”. A maioria das árvores tinha 15 anos e era das espécies pata-de-vaca, extremosa e aroeira.

Quem quiser fazer poda da vegetação, terá que retirar autorização antecipadamente no órgão ambiental. Se essa lei municipal não for cumprida, pode resultar numa notificação, podendo gerar multa. A autorização de poda não pode ser cobrada.
A Fundema adianta que já destacou três equipes para fazer podas em 500 das 30 mil árvores que estão em vias públicas. As chuvas das últimas semanas deixaram claro que diversas espécies precisavam de manutenção urgente, como no caso das Figueiras da Beira-Rio que necessitam de poda e por isso foram derrubadas pelos ventos.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vídeo mostra suposto erro de funcionária em lotérica do RS

O dono da lotérica de Novo Hamburgo (RS), responsável pelo bolão que continha os números sorteados pelo concurso 1.155 da Mega-Sena, divulgou um vídeo que comprovaria a versão dele dada ontem (24) à polícia de que uma funcionária teria esquecido de registrar a aposta.

As imagens exibem uma moça remexendo papéis de uma gaveta. No canto da tela, o horário registrado pelo circuito de segurança marcava 21h16 do sábado (20). A lotérica Esquina da Sorte é investigada por suspeita de estelionato.

O proprietário da lotérica disse que essa funcionária retornou à loja para procurar o comprovante e teria percebido o erro. A aposta, portanto, não teria sido registrada na Caixa.

De acordo com a polícia, cada uma das 40 cotas do bolão custou R$ 11. Caso tivessem acertado as seis dezenas da Mega-Sena, elas renderiam prêmio de R$ 1,3 milhão cada. A Caixa não tem registro da aposta premiada.

Segundo o delegado Clóvis Nei da Silva, responsável pelo caso, 25 pessoas procuraram a delegacia para reclamar do bolão. As vítimas estão sendo ouvidas e as investigações continuam. A Caixa suspendeu a realização de apostas na lotérica até o término das investigações.

Agência Folha Online

Brasil tem menor taxa de desemprego para janeiro desde 2002, diz IBGE

A taxa de desemprego média no Brasil em janeiro foi de 7,2%, acelerando frente aos 6,8% registrados em dezembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se da menor taxa para um mês de janeiro desde o início da série histórica, iniciada em 2002.

Na comparação com janeiro de 2009, por sua vez, o índice recuou em 1 p.p. (ponto percentual) --à época a taxa estava em 8,2%.

A renda média do trabalhador cresceu 1,1% em janeiro ante dezembro, ficando em R$ 1.373,50. Em relação a janeiro de 2009, no entanto, houve queda de 0,4%.

No mês passado, o IBGE registrou uma média mensal de 1,7 milhão de pessoas desocupadas --menor contingente para um mês de janeiro na série. Em relação a dezembro, houve aumento de 6% nesse contingente. Sobre janeiro de 2009 houve retração de 10,7%.

A população ocupada média em janeiro foi de 21,6 milhões de trabalhadores --maior contingente para um mês de janeiro. Isso indica queda de 1% sobre o resultado de dezembro. Na comparação com janeiro de 2009, houve incremento de 2,1%.

O IBGE mede a situação do mercado de trabalho nas regiões metropolitanas de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE) e Porto Alegre (RS).

Agência Folha Online

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Polícia deve ouvir apostadores do suposto bolão premiado no RS

Grupo de moradores de Novo Hamburgo teria acertado a Mega-Sena. Defesa cogita erro de registro ou de gráfica que produz cartelas numéricas.

A polícia pretende ouvir a partir desta terça-feira (23) os apostadores de Novo Hamburgo (RS) que teriam participado de um bolão e acertado os números sorteados da Mega-Sena. Representantes da Caixa Econômica Federal e o dono da casa lotérica que vendeu os bilhetes também devem depor para esclarecer o caso. A principal hipótese apontada pela polícia é a de crime de estelionato.

O grupo de moradores de Novo Hamburgo (RS) foi surpreendido com a notícia de que o jogo não havia sequer sido registrado no sistema do banco. O concurso 1.155 da loteria foi sorteado no sábado (20) e tinha o prêmio acumulado de R$ 52 milhões. Cada apostador do bolão teria direito a cerca de R$ 1,3 milhão. Pelo menos 16 pessoas pretendem entrar na Justiça para reaver a dinheiro.

Na noite de segunda-feira (22), o proprietário alegou problemas de saúde e não quis se manifestar. O advogado de defesa dele, Marcelo Dias, apresentou uma nova versão para o caso.

“Afastamos por completo a responsabilidade ou a falha do sistema de loterias da Caixa Econômica Federal. Se houve falha, foi humana, por parte de uma funcionária da lotérica, ou por parte da gráfica que elabora a formulação dos boletos”, afirmou o advogado.

O erro, segundo o advogado, pode ter ocorrido durante a impressão na gráfica ou na hora da digitação da aposta no sistema da Caixa, que é responsabilidade da lotérica. Uma auditoria interna está sendo realizada para apontar as causas.

A assessoria de imprensa da Caixa no Rio Grande do Sul informou que os bolões não são homologados e os prêmios, em caso de acerto das dezenas da Mega-Sena e de outras loterias, serão entregues ao portador da aposta.

Fonte: Portal G1

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Humor negro invade palco

Por Jacson de Almeida

Influenciados pela tendência da moda e pelas notícias que surgem nas páginas policiais dos jornais todos os dias, um casal arquiteta “eliminar” os próprios pais. Essa é síntese da peça Crimes Delicados, da companhia “Acontecendo por Aí”, que estará em cartaz no sábado (27) e no domingo (28), no teatro do SESC Joinville, ambos às 19h30. Com entrada franca, o humor negro promete uma trama diferente, envolvente e divertida.

Com direção de Pepe Sedrez - conhecido também por dirigir o impactante Volúpia (2008) - o espetáculo foi escrito pelo autor mineiro José Antônio de Souza. No humor negro, o casal de classe média alta, antes de eliminar os pais, precisa treinar. É aí que entram os animas de criação e os empregados da casa.

No espetáculo Crimes Delicados, o autor explicita a crítica social e, apesar de ter escrito o texto na década de noventa, traz um tema bastante atual devido às recentes notícias sobre os crimes acontecidos no Brasil.

Os personagens Hugo, Dalila e Efigênia são interpretados pelos atores Luciano Estevão, Melize Zanoni e Lenita Novaes.

O grupo

Neste ano a companhia “Acontecendo Por Aí” completa 20 anos. O grupo vem optando pela montagem de textos nacionais, apresentando também novos dramaturgos à comunidade. Com suas últimas montagens, o grupo conquistou mais de trinta prêmios nacionais, viajou por diversos lugares do Brasil e recebeu convites para abrir e encerrar festivais nacionais de teatro.

Durante duas décadas a companhia realizou diversas montagens, optando sempre por uma linguagem calcada no trabalho do ator, propondo também uma aproximação entre espectador, espetáculo e grupo.

O diretor

Pepe Sedrez, vivendo desde 1986 do teatro, é diretor convidado de espetáculos de Blumenau e região. Em 2005, dirigiu o trabalho “Sujos”, do Grupo K, de Blumenau; “Crimes Delicados”, do Grupo Acontecendo por Aí; “Noite”, do Grupo Porto Cênico de Itajaí e por fim “Carlos Marighella e o Chamado de Cangoma”, com o Grupo Vermelho de Teatro.

É também conhecido pela peça de grande impacto Volúpia, que já esteve em Joinville em outras oportunidades.

Na Cia Carona de Teatro, de Blumenau, dirigiu os espetáculos “Lendo e Aprendendo” (1995), “Arquivos” (1996), “Romeu e Julieta” (1999), “Então, é Natal...”(1999), “Os Camaradas Médicos” (2000), “O Homem Ajuda o Homem” (2000), “Os Camaradas” (2001), “A Parte Doente” (2005), “Urano quer Mudar” (2006), e “Renato, o menino que era Rato” (2008).

Pepe Sedrez presidiu a FECATE - Federação Catarinense de Teatro (1997-1999) e a Associação Blumenauense de Teatro (1995-1996). E ao longo de sua trajetória, participou de oficinas com o Grupo LUME - de Campinas/SP, Grupo XIX - São Paulo, Periplo - Buenos Aires, Via Rose – Itália.

Joinville fecha janeiro com saldo positivo de empregos

Por Gisele Krama
giselekrama@gazetadejoinville.com.br
Joinville gerou 8.358 novas vagas de emprego e demitiu 7.597 funcionários no primeiro mês de 2010. Conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o saldo fechou positivo em 761 postos de trabalho, aumento de 0,47%, em relação a dezembro. Este dado deixou a maior cidade de Santa Catarina em 5º lugar no ranking estadual em geração de emprego. A liderança foi assumida pela cidade de Fraiburgo, seguida de Blumenau e São José. A capital amargou a sexta colocação.

Já as cidades que tiveram redução no número de empregos foram Mafra, Rio Negrinho e Navegantes. A recessão chegou a -0,27%, -0,50% e -0,50%.

Fraiburgo, conhecida como capital da maçã, tem mais de 36 mil habitantes. A cidade gerou 3.029 vagas a mais de emprego do que as demissões. Em relação a dezembro do ano passado, o aumento chegou a 33,18%.

Em Santa Catarina, foram geradas 92.225 mil empregos, enquanto foram fechados 72.935 postos de trabalho. O saldo de vagas chegou 19.290, aumento de 1,19% em relação ao mês passado.

No ranking nacional, Santa Catarina ocupa a terceira colocação, perdendo somente para São Paulo e Minas Gerais. Os vizinhos Rio Grande do Sul e Paraná ficaram em 4º e 6º lugares, respectivamente.

Acre, Alagoas e Ceará estão no final da lista, como os estados que tiveram redução no número de postos de trabalho. Os três estados juntos fecharam quase 42 mil vagas de emprego.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Dupla quebra vidraça de loja para furtar roupas

Da Redação

Dois rapazes ocupando uma motocicleta efetuaram um furto na manhã desta sexta-feira (19), contra a loja de confecções Ravelli, na rua XV de Novembro, 527, sala 3, no Centro de Joinville, utilizando o método de quebrar o vidro da frente do estabelecimento. A dupla demorou cerca de um minuto para fugir com várias peças de camisas e calças e não se importou com as câmeras de vigilância fixadas em postes e monitoradas pela Polícia Militar.

De acordo com informações do 8º Batalhão da PM, os ladrões pararam a moto em frente à loja por volta de 5h e jogaram uma pedra contra o vidro da loja. Em seguida, se dirigiram às prateleiras e escolheram a mercadoria que seria levada. Depois, saíram pelo mesmo lugar e fugiram em velocidade. O valor do prejuízo não foi revelado.

Para a PM, a dupla já teria realizado esse mesmo tipo de crime na região. As imagens gravadas pelas câmeras foram analisadas e serviço reservado da batalhão já tem informações sobre possíveis suspeitos. A PM informou que arrombar lojas quebrando vidraças não é comum em Joinville.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

JEC sofre, mas garante vaga na final de turno do Catarinense

Da Redação

Debaixo de chuva intensa e pontos do gramado alagados, o Joinville Esporte Clube empatou com o Metropolitano por 2 a 2 na noite de quarta-feira (17) e garantiu a vaga na final do 1º Turno do Campeonato Catarinense. De cabeça, Lima abriu o placar aos 26 minutos do primeiro tempo a favor do JEC. Ainda no primeiro tempo, Ricardinho, de fora da área, acertou um tiraço à meia-altura do gol de João Paulo e fez o segundo do Joinville. Cristiano e Mário André fizeram os gols do Metrô no segundo tempo.

Roberval Davino orientou o Metropolitano a avançar a marcação e pressionar a saída de bola do JEC. Nequinha e Leandrinho avançavam pela direito e lançavam bolas para a área, mas Trípodi não conseguia concluir. O Joinville saía jogando rapidamente e dominava o meio de campo com Ricardinho e William. Oportunista, Lima, levava a melhor na área do time de Blumenau.

O Metrô também chegava com perigo com Du e Paulo Santos, mas o Joinville dominava a partida, chegando pelos lados. Num momento, William cruzou da direita na cabeça de Lima, que fez 1 a 0. O segundo saiu dos pés de Ricardinho em um contragolpe veloz, num chute forte, sem chances para João Paulo.

No segundo tempo, o técnico do Metrô modificou os laterais, apertando a marcação. Depois de um escanteio, Paulo Santos encheu o pé e a bola acertou a rede, mas pelo lado de fora. Na sequência, Cristiano, que também entrou no intervalo, recebeu passe de Leandrinho e tocou na saída de Fabiano, fazendo o primeiro do Metrô. O Joinville seguiu recuado, com dificuldades em tocar a bola. O Metrô era mais valente e, num contra-ataque orquestrado por Fzuê, Cristiano cruzou rasteiro e Trípodi quase fez. Já nos descontos, Mário André bateu de dentro da área e empatou para o Metrô, mas não valia mais nada.

Incêndio destrói casarão histórico no Centro

Dinilson Vieira
dinilson@gazetadejoinville.com.br

O casarão histórico abandonado de número 82 da Ruas das Palmeiras, no Centro de Joinville, foi destruído por um incêndio na manhã desta quinta-feira (18), mobilizando 20 bombeiros voluntários e quatro viaturas da corporação. O fogo começou por volta de 10h e, segundo investigações da Polícia Militar, teria sido provocado, já que o imóvel estava com a energia elétrica desligada. O acesso ao Centro pela rua Três de Maio foi bloqueado para facilitar o trabalho dos bombeiros.

O casarão atingido pelo fogo e outro vizinho de número 66, também abandonado não são vigiados, o que facilita para que sejam freqüentados por consumidores de drogas, principalmente à noite. Os dois imóveis formam um conjunto arquitetônico que passa por um processo de tombamento pela Fundação Cultural da cidade bastante omplicado, já que o proprietário tinha interesse em vendê-los.

Os dois imóveis servem, além do consumo de drogas, como depósito de lixo e banheiro público. O fogo começou pelo pavimento inferior do casarão e rapidamente se alastrou para todo o imóvel. Parte do telhado desabou e uma parede que faz divisa com um estacionamento podia cair a qualquer momento. A preocupação dos bombeiros era de que o fogo não atingisse os carros no estacionamento. Não houve feridos e nem detidos para averiguação sobre a suspeita do fogo ter sido provocado.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O sonho perto do fim

A onda de comemorações com os encontros da tríplice aliança (PMDB, PSDB e DEM) já deve ter fim. Na semana passada, o presidente estadual do PSDB, Marco Tebaldi, alardeava os primeiros encontros da tríplice para reforçar a parceria. Mas eventos no final da semana podem acabar com os planos do PSDB.

A bancada tucana enviou comunicado criticando seguimentos da tríplice que não querem que Leonel Pavan assuma o Governo do Estado. “O fogo amigo está potencializando as denúncias contra Leonel Pavan, com o
objetivo de fulminar suas chances na disputa ao Governo do Estado, já que ele estava se mostrando o candidato mais forte, crescendo muito nas pesquisas internas de todos os partidos”, explica o comunicado.

O que tem assustado os integrantes do PSDB é que o prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), anunciou sua intenção de candidatura. Os tucanos acreditavam que a sucessão no Executivo Estadual seria automaticamente deles, já que apoiaram Luiz Henrique da Silveira nestes oito anos de governo.

Para piorar a situação, rumores de uma junção entre Raimundo Colombo (DEM) e Berger como candidatos ao Governo do Estado começou a surgir na imprensa.

A bancada do PSDB destaca que esta ação da base aliada é considerada um golpe contra o partido.

Definidas últimas sessões itinerantes da Câmara de Vereadores

Mudanças previstas no Regimento Interno da Câmara de Vereadores de Joinville devem por fim nas sessões itinerantes. Mesmo assim, foi divulgado o calendário das sessões em cada bairro. Serão beneficiados com os encontros:

Saguaçu – 23 de fevereiro
Espinheiros – 30 de março
Fátima – 27 de abril
Rio Bonito – 25 de maio
Itinga – 29 de junho
Iririú – 27 de julho
Jardim Sofia – 31 de agosto
Profipo – 30 de novembro

Por causa das eleições estaduais e federais, as sessões foram suspensas nos meses de setembro e outubro.

Procuram-se voluntários

O Projeto Hospirrisos abre vagas para voluntários, que devem fazer visitas aos pacientes do Hospital Dona Helena. Um dos requisitos para os interessados é ter bom - humor. As inscrições serão feitas no dia 19 de fevereiro, no auditório do hospital.

O projeto é realizado em parceria com a Associação Educacional Luterana Bom Jesus/Ielusc e a Studio Escola de Atores. E já é realizado há mais de três anos.

Os público será treinado em oficinas preparatórias, marcadas para os dias 20 e 27 de fevereiro e 6 e 13 de março. A última aula deve acontecer no dia 20 de março, em praça pública.

Ruas inteiras sem fornecimento de água

Moradores do Itaum ficaram sem água por três dias por causa de obras no sistema de telefonia. Operários da PCI Telecomunicações, que escavavam para implantar a rede de telefone, arrebentaram um cano de água. O rompimento do cano aconteceu na quarta-feira (10) e até a sexta-feira (12) o sistema não havia sido restabelecido.

Todos os moradores da Rua Tatuí reclamavam na demora para consertar o cano quebrado. Na quinta-feira (11), a reportagem esteve na casa de Vanda Brezink, 64 anos. Ela reclamava na demora da Companhia Águas de Joinville (CAJ) em resolver o problema. “Eles não fazem nada”, lamenta.

Conforme Vanda, a sorte da família é que tinha comida congelada na geladeira, pois senão não haveria como fazer o almoço ou jantar. “Hoje à noite ninguém vai tomar banho”, diz. São seis pessoas que usam água na residência dela.

Vanda conta que foi perguntar quando voltaria a ter água em sua casa. A resposta que recebeu dos operários da CAJ foi categórica: não há previsão.

O funcionário da Ambiental, empresa terceirizada que presta serviço para CAJ, Adilson Antunes, conta que estão tentando consertar o cano desde quarta-feira. “Nós arrumamos num lugar e o pessoal da GVT estoura em outro ponto”, diz. Mas ele garantiu que na quinta-feira o problema seria resolvido. O que não aconteceu.

Adilson lamenta os problemas ocorridos e alerta que a GVT deveria ter um encanador para resolver estes problemas.

Já os funcionários da PCI Telecomunicações, empresa que presta serviço para a GVT, alegam que o problema está com a CAJ. “A rede estourou às 13 horas. Ligamos para a companhia e eles só vieram às 18 horas”, conta João Pereira, trabalhador da obra.

João explica que o caso de quebrarem o cano foi isolado e que isso nem sempre acontece. “A gente tem autorização da Conurb (Companhia de Desenvolvimento Urbanização de Joinville) para fazer a obra. Já o problema da água é com a CAJ”, diz.

Sistema de esgoto não funciona

Os problemas envolvendo a Companhia Águas de Joinville no bairro Itaum não param por aí. O lado esquerdo da Rua Tatuí não tem acesso ao sistema de coleta e tratamento de esgoto. Mesmo assim, os moradores pagam a tarifa de 80% sobre o valor gasto de água.

O sistema foi instalado há mais de 10 anos e somente em 2009 a CAJ passou a cobrar pelo servido ainda não prestado. No entanto, a coleta de esgoto não funciona porque a tubulação foi colocada num nível bem acima das casas. Os moradores terão que comprar um motor para jogar o esgoto até a tubulação.

Morador da casa número 233, João Carlos da Neves, 58 anos, conta que colocaram a tubulação de esgoto e pediram para cada família arrumar. Mas a luta dele é para afundar o sistema de esgoto. João Carlos já gastou R$ 1,5 mil para comprar o motor que jogará o esgoto até a rede.

“Terei ainda que mudar a instalação da minha casa e gastarei mais R$ 300”, diz João. Mesmo sem ter seu esgoto tratado, ele paga os 80% de tarifa desde o início do ano passado.

Joinville está em estado de emergência

Um forte vendaval atingiu Joinville na tarde da última segunda-feira (15). Casas ficaram destelhadas e árvores foram arrancadas. A própria Defesa Civil já está distribuindo lonas plásticas para serem colocadas nas casas destelhadas.

A cidade está em estado de emergência desde a semana passada, quando, no dia 8 de fevereiro, chuvas e ventos causaram diversos prejuízos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Defesa de Arruda estuda medida para tirá-lo da prisão; advogado diz que ele está abatido

Isolado em uma sala da INC (Instituto Nacional de Criminalística) da Polícia Federal, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), tem recebido refeições caseiras e cuidados médicos. Segundo o advogado José Gerardo Grossi, Arruda está "naturalmente abatido" e já estaria se conformado com a prisão que pode levar até 83 dias --de acordo com os prazos da prisão preventiva.

Grossi -- que esteve hoje com Arruda por quase meia hora -- disse ainda que Arruda não tem tomado banho de sol. O cardápio do almoço do governador, que foi feito em casa, inclui bife, arroz, feijão, batata frita. Arruda ainda passou por uma avaliação médica para saber se tem alguma alteração na pressão arterial. "Ele está naturalmente abatido assim como todo mundo que está preso fica", disse.

Segundo ele, a defesa ainda avalia a possibilidade de pedir um relaxamento de prisão nos próximos dias, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) demore a julgar o mérito do pedido de liberdade que foi negado ontem pelo ministro Marco Aurélio Mello. O advogado disse, no entanto, que no momento ainda "não há fato novo" que justifique uma tentativa de suspender a prisão. "Não se pode apostar tudo em uma ficha só, mas ainda não há fato novo", afirmou.

Além de Grossi, Arruda recebeu hoje a visita de sua mulher, Flávia. O encontro durou quase uma hora. Flávia que despistou a imprensa na chega, saiu sem falar com os jornalistas.

No primeiro dia em que ficou preso, Arruda se dedicou à leitura de livros para passar o tempo. O advogado Nélio Machado, que esteve com o governador na noite de ontem para traçar uma estratégia para reverter o pedido de prisão, não soube informar o nome dos títulos.

Segundo Machado, foi disponibilizada uma cama "de criança" para o governador. Ele ainda está sendo monitorado por dois agentes. No local, há um banheiro privativo, ar condicionado. O advogado negou que ele tenha acesso a televisão e a aparelho de celular.

"É uma cama pequenininha, mais ou menos de criança. Nenhuma prisão é boa, mas não tenho do que reclamar em relação ao tratamento que tem sido dado a ele", disse Machado.

Prisão

Na decisão que mantém o governador Arruda preso, tomada na sexta-feira, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, afirma que a decisão do STJ de decretar a prisão do governador cumpriu todos os requisitos legais necessários.

Marco Aurélio afirma que a prisão do governador era necessária para "preservar a ordem pública e campo propício à instrução penal considerado o inquérito em curso".

O ministro diz, ainda, que o momento é "alvissareiro" para a correção de rumos no país, extinguindo a impunidade. "Indefiro a liminar. Outrora houve dias natalinos, hoje avizinha-se a festa pagã do Carnaval. Que não se repita a autofagia", diz o ministro.

Com a o pedido de liminar negado por Marco Aurélio, a defesa de Arruda terá que esperar o fim do Carnaval para que o plenário do STF julgue o mérito da decisão do ministro. A próxima sessão plenária do Supremo está marcada para quarta-feira de Cinzas.

Até lá, Arruda fica preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A defesa do governador ainda não comentou o teor da decisão do STF, nem se pretende pedir a revisão da liminar de Marco Aurélio.

Agência Folha

PF aperta cerco contra substituto de Arruda

Reportagem de Lucas Ferraz e Fernanda Odilla, publicada na edição de hoje da Folha (íntegradisponível somente para assinantes do jornal ou do UOL), informa que a investigação da Polícia Federal sobre o mensalão do Distrito Federal fecha cada vez mais o cerco contra o governador interino, Paulo Octávio (DEM).

Ele nega ter sido beneficiado, mas é acusado de receber propina do esquema de corrupção revelado pela Operação Caixa de Pandora, deflagrada em novembro passado pela PD.

Entre os indícios de que o cerco está se fechando está o fato de dois aliados de Paulo Octávio terem suas casas devassadas pela PF: o ex-policial Marcelo Toledo e o ex-secretário de governo José Humberto Pires.
A PF teria apreendido na empresa da qual Pires é sócio parte das notas que tinham sido marcadas para investigar as ramificações do suposto esquema de propina no Distrito Federal.

As notas tinham sido marcadas por Durval Barbosa, delator do suposto esquema e que gravou o governador José Roberto Arruda e outros políticos recebendo dinheiro.

Outro lado
O advogado de Paulo Octávio diz que o governador interino, que enfrenta pedidos de impeachment, não é "alvo da PF".

Fonte: Folha Online

Lixo por alimento

Por Jacson de Almeida
jacson@gazetadejoinville.com.br

Incentivar a separar o lixo reciclável e trocar por alimento é a ideia principal do projeto Mercado do Reciclado, que inicia em Joinville no dia 22 de fevereiro, a princípio no bairro Jardim Iririú. Em reunião no dia 02, sócios da empresa de reciclagem RRX apresentaram o projeto para presidentes de algumas associações de moradores da cidade, que aprovaram a iniciativa. O encontro foi no gabinete do vereador Patrício Destro (DEM), apoiador do trabalho.

O Mercado do Reciclado propõe pontos de coletas em bairros de Joinville para que qualquer cidadão possa trocar lixo reciclado por arroz e feijão. Para incentivar a troca, o alimento sairia com o preço abaixo do mercado.

O Brasil já teve iniciativas semelhantes, como o projeto Sertão Limpo, onde cerca de 310 famílias de 14 localidades foram beneficiadas com a troca de lixo reciclável por alimentos.

Com o apoio de empresas do ramo de alimentos não perecíveis, o projeto visa tornar o arroz e o feijão mais barato. De acordo com um dos proprietários da RRX, Gustavo Reimann, isso faz com que a comunidade tenha alimento e a cidade permaneça limpa.

O proprietário adianta ainda que deseja começar a iniciativa agora em fevereiro e daqui há seis meses levar para outras cidades. A busca agora é por novos apoiadores e negociar alimentos mais baratos. Por enquanto, a RRX tem apoio do Arroz Vila Nova.

Os presidentes das associações do Jardim Paraíso, Jardim Iririú, Morro do Meio e Jardim Edilene deram voto positivo pelo projeto e se propuseram a ajudar na divulgação para a comunidade.

No dia 22 de fevereiro, no bairro Jardim Iririú, o mercado vai se instalar na associação de moradores e ficará durante dois dias trocando o lixo por alimento. Logo depois vai para outro bairro. Quando acabar um ciclo em vários bairros de Joinville, novamente o Jardim Iririú vai receber o ponto de coleta.


Como funciona

O cidadão recolhe e separa o material que não usa em casa, vai até o Mercado do Reciclado – quando tiver um posto em sua região – pesa o material e troca por arroz e feijão. A princípio, o ponto de troca de lixo por alimento será na estrutura física das associações. O Mercado Reciclado ficará dois dias em cada localidade e depois retorna quando o ciclo por regiões de Joinville fechar.

Público

Os moradores que diariamente recolhem lixo reciclável, ou aqueles que não costumam separar, serão os que mais se beneficiaram com o Mercado do Reciclado. Já as pessoas que dependem exclusivamente de recolher o lixo reciclável, como Vilmar de Brito, 45 anos, acham que a troca por alimento não seria vantagem já que usam o dinheiro para pagar as contas da família.

Trabalhando há doze anos como catador de lixo, com um horário estendido, das 05 às 22 horas, Vilmar já tem seus pontos de coleta, lugar que percorre diariamente. Seu lucro no final do mês fica em torno de R$ 600 a R$ 700 por mês. De acordo com o trabalhador, esse dinheiro serve para sustentar a família toda.

Mesmo assim, ele vê o Mercado do Reciclado como uma iniciativa boa já que, segundo ele, o “preço do alimento está um absurdo”. Vilmar irá separar algo para trocar por alimento.

Jardim Iririú

O 1º secretário da Associação de Moradores do Jardim Iririú, Luiz Madir da Silva, diz que a ideia do projeto é muito boa, pois além ajudar famílias carentes, proporciona a limpeza do bairro. Ele já conversou com pessoas do local e todas estão aceitando o Mercado do Reciclado. O bairro Jardim Iririú possui muitas famílias carentes, que estarão no dia 22 e 23 trocando seu lixo por alimento.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Um ano em obras e nada resolvido

Um ano se passou depois da morte da menina Kelly Kruger e o Centro de Educação Infantil (CEI) Espinheiros, protagonista da tragédia, continua interditado. A criança morreu ao brincar numa balança do parquinho da instituição. O fato aconteceu em março do ano passado e, desde então, o CEI foi fechado e permanece em obras. Na semana passada, a Secretaria de Educação fez um pedido para desinterditar o local. No entanto, a fiscal da Vigilância Sanitária, Lia Abreu, negou.

De acordo com ela, o Centro de Educação permanece em obras, oferecendo risco às crianças, como a falta de ventiladores nas salas de aula. Além disso, alguns lugares permanecem sem toldos e muita coisa falta acabar.

Depois da morte da menina Kelly, que comoveu a todos, o pai dela, Zenaldo Kruger, começou sua batalha para que o CEI Espinheiros volte a funcionar corretamente, sem risco para os alunos. Mesmo residindo em São Bento do Sul, viaja a Joinville sempre para ver a situação das obras no CEI. Nesta semana esteve novamente no local e lamentou o que ele chama de descaso. “Passou um ano; os toldos caíram e está tudo infiltrado”, diz.

“Agora pressionam, querem desinterditar porque é ano eleitoral. É uma vergonha”, lamenta.

Nos últimos dias, Zenaldo enviou uma carta à imprensa falando do caso dos cachorros que foram enterrados vivos em uma secretaria regional de Joinville. Carlito se pronunciou e pediu seriedade no caso para que culpados pagassem pelo erro. No entanto, segundo Zenaldo, quando Kelly morreu, o prefeito não apareceu e nem falou sobre a tragédia. “Lamento o jeito que o governo trata as crianças”, desabafa.

A Vigilância Sanitária espera um novo pedido de desinterdição, que deve acontecer nos próximos dias já que a Secretaria de Educação pretende iniciar as aulas no dia 18 de fevereiro.

A Secretaria, através da assessoria de imprensa, diz que as reformas demoraram mais porque foram feitas várias obras, mais do que as pedidas pela fiscal da Vigilância Sanitária.

No CEI interditado em março de 2009, alguns erros na estrutura foram identificados. Mas o governo fez reunião com a Associação de Pais e Professores (APP), juntamente com a diretora do centro, e identificaram outras obras que precisavam ser feitas. As aulas estão previstas para logo após o carnaval, no dia 18.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Zilnete Nunes recusa vaga de segunda secretária na Mesa Diretora

A vaga para a segunda secretaria da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores ainda não foi preenchida. Os vereadores de oposição chegaram a convidar Zilnete Nunes (PP) para assumir o posto. Mas ela recusou. A sessão da última terça-feira (9) era o prazo previsto pelo Regimento Interno para a escolha do vereador que assumiria à pasta.

Se o vice-presidente da Mesa Diretora, Maurício Peixer (PSDB), não indicar ninguém, cabe às lideranças de bancadas fazer a eleição de quem irá assumir o cargo. Caso isso não aconteça, o posto ficará vago até o próximo ano, quando haverá mudança de presidência.

O vereador Manoel Bento (PT) propôs que Peixer deixasse sua vaga de vice-presidente, por princípio de proporcionalidade, para que alguém da bancada do PT assumisse. O tucano recusou imediatamente a sugestão.

Esse problema começou quando Roberto Bisoni (PSDB) renunciou o cargo de segundo secretário no ano passado, alegando motivos de saúde.

Maurício Peixer ataca gestão de Carlito

Marcando oposição, o vereador Maurício Peixer (PSDB) protestou na sessão da Câmara da última quarta-feira (10) sobre uma suposta perseguição feita pela prefeitura. Conforme o parlamentar, um assessor do gabinete do prefeito Carlito Merss (PT) teria colocado uma câmera para espionar um funcionário da Assistência Social.

Peixer acha inconcebível vigiar um servidor e que este ato prova que o governo não faz obras e fica perseguindo os trabalhadores que não são simpatizantes do partido. Conforme o vereador, o mesmo servidor é investigado em um processo administrativo.

As críticas de Peixer não param por aí. Ele conta que por onde tem passado, a população diz que ainda não ganhou nada com o mandato do prefeito.

O vereador tucano critica ainda a indústria de multa que Joinville pode se tornar. Ele conta que viu por veículos de imprensa que o Governo Municipal pode usar o dinheiro arrecado com as multas para subsidiar a gratuidade da passagem de ônibus para os idosos entre 60 e 64 anos.

“Cuidado Joinville, vão multar agora até quem estiver com o carro em casa”, ironiza.

São José recebe mais de R$ 1 milhão do Ministério da Saúde

O Hospital Municipal São José será ressarcido pelos transplantes de rins realizados em 2009, sem o auxílio do Ministério da Saúde. O empecilho para o repasse das verbas era porque o hospital perdeu o credenciamento devido à falta de alvará sanitário. O credenciamento foi retomado somente no final de 2009. O Ministério da Saúde já divulgou que irá fazer o pagamento de R$ 1 milhão e R$ 81 mil até o dia 5 de março.

Ainda restará uma segunda parcela de R$ 1,1 milhão, que ainda não foi definido o prazo de pagamento. As negociações serão feitas em audiência com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, entre o dia 2 e 3 de março. 

O Ministério da Saúde também deve desembolsar mais valores para o São José, principalmente para a construção do Complexo Emergencial Ulysses Guimarães. A liberação de verba para a obra deve chegar a R$ 13 milhões.

O sonho não acabou

O presidente estadual do PSDB, Marco Antônio Tebaldi, enviou comunicado nesta quinta-feira (11) comemorando os resultados de uma reunião com lideranças do DEM, PMDB e PSDB para fazer uma chapa única nesta eleição e reafirmar a Tríplice Aliança. O encontro foi realizado na última quarta-feira (10), em Florianópolis. Conforme o presidente, ficou definido que os partidos da tríplice farão um novo encontro em março para fechar uma chapa única.

Até o peemedebista Eduardo Pinho Moreira participou da reunião. Conforme Tebaldi, Pinho Moreira disse que os partidos diminuíram as conversas para resolver problemas mais urgentes, como as denúncias contra o vice-governador Leonel Pavan (PSDB).

Tebaldi diz que quem decidiu retomar as negociações foi o próprio peemedebista, que já tinha conversado com o presidente estadual do DEM, o senador Raimundo Colombo. No entanto, Eduardo Pinho Moreira chegou a fazer visitas a Joinville no ano passado. Os encontros entre os filiados do PMDB da cidade eram para tentar uma candidatura própria, já que o governador Luiz Henrique da Silveira ainda apostava em Pavan para candidato ao governo do estado.

Se referindo à disputada candidatura ao governo de Santa Catarina, Tebaldi diz: “ entendemos que o candidato não será escolhido agora, mas é importante, desde já, criar um clima favorável e harmônico para facilitar as escolhas lá na frente.

Raimundo Colombo alertou que era importante escolher um prazo para definir os candidatos. Conforme o democrata, o prazo legal para renúncia de cargo termina no dia 3 de abril. Colombo também está interessado em concorrer à vaga no Executivo Estadual.

Depois dos cães enterrados vivos, gatos vão parar na Prefeitura

Dinilson Vieira
dinilson@gazetadejoinville.com.br

Depois do caso dos dois cães enterrados vivos no terreno da Secretaria Regional do Costa e Silva, fato que rendeu a exoneração de um gerente da unidade administrativa, abertura de uma sindicância interna e investigação por parte da Polícia Civil, a Prefeitura se envolveu em mais um assunto polêmico que teve animais como protagonistas. Na quarta-feira (10), uma comerciante revoltada por não conseguir dar destino a 10 gatos abandonados no quintal da casa do filho, decidiu depositar os animais em caixas de papelão na frente do prédio do Paço Municipal, na avenida Beira Rio
.
Durante as mais de três horas em que os bichanos permaneceram no local, cenas inusitadas quebraram a rotina do local. Em certo momento, por exemplo, um dos gatos não gostou do assédio de curiosos, deu um pulo para fora da caixa e disparou pelo saguão de espera para o atendimento de contribuintes, causando espanto e pena entre dezenas de pessoas, já que o animal estava visivelmente ferido numa das pernas. Dez minutos depois, o gato foi recapturado e reconduzido à caixa.

Foi a comerciante Arlete Gandolph quem levou três gatos adultos e sete filhotes até a Prefeitura. Ela explicou que os animais foram abandonados no quintal da casa do filho, no bairro Boehmerwald e que chegou a telefonar para que a Fundema (Fundação Municipal do Meio Ambiente) tomasse providências. “Também liguei para entidades protetoras de animais e não houve interesse. Então resolvi tomar uma atitude radical”, disse Arlete, que reside em São Francisco do Sul e estava passando alguns dias com o filho.

“Aqui aparece de tudo”, comentou o vigilante da Prefeitura, Clóvis de Oliveira, referindo-se à atitude de Arlete. A comerciante chegou a ser encaminhada à secretaria de gabinete do prefeito Carlito Merss (PT), onde obteve a promessa de que os gatos seriam encaminhados a um abrigo de animais.

Até as 18h, quando não havia mais expediente na Prefeitura, os gatos permaneciam na porta do prédio, porém em número menor, já que dois dos três animais adultos já tinham fugido pelos terrenos vizinhos. Quem saiu perdendo foram os filhotes, pois a gata que os amamentava estava entre os animais fugitivos. A assessoria de imprensa da Prefeitura foi chamada várias vezes pela reportagem para dar alguma resposta sobre qual seria o destino dos gatos, mas não deu retorno. Só mais tarde é que os gatos foram destinados para adoção. 

Crueldade
No Costa e Silva, uma cena de crueldade chamou a atenção de funcionários do Pronto-Atendimento Norte, no último dia 2. Os funcionários viram dois cães serem enterrados vivos no terreno da secretaria regional do bairro, que fica nos fundos do pronto-atendimento. Testemunhas contaram que um empregado da própria secretaria amarrou os animais e depois os encobriu de terra com uma patrola (trator). Os cães não tiveram chance de escapar e morreram na hora, asfixiados.

O acusado do ato teria afirmado que decidiu sacrificar os animais porque eles estavam doentes. Afirmou que os cachorros estavam babando, o que contraria a versão de testemunhas, que disseram que o animais estavam saudáveis. Mais tarde, laudo veterinário constatou que os cães morreram por asfixia e não apresentavam sinais de contaminação por produtos químicos. Um gerente da regional foi exonerado e a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Helicóptero da Record cai em SP e mata piloto

Da Redação

Um helicóptero da TV Record caiu na manhã desta quarta-feira (10) na pista de grama do Jockey Club, na zona oeste de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o piloto morreu e um cinegrafista ficou gravemente ferido.

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, a queda da aeronave aconteceu por volta das 7h20. Sete carros da corporação foram encaminhados para o local. As causas da queda serão investigadas.

Segundo informações da TV Record, o helicóptero ficou totalmente destruído. O piloto foi identificado pela emissora como Rafael Delgado Sobrinho. O outro ocupante, o cinegrafista Alexandre da Silva Moura, conhecido como Alexandre "Borracha", foi levado para o hospital Itacolomy, onde permaneceu em coma induzido

As últimas informações eram que o cinegrafista apresentava fraturas em diversas partes do corpo, além de trauma crânio-encefálico e hemorragia cerebral, de acordo com o boletim. De acordo com o hospital, o paciente passou por exames e apresentou quadro de contusão no tórax, fratura nas costelas, nas vértebras lombares, de maxilar, trauma abdominal fechado, além de trauma crânio-encefálico e hemorragia cerebral.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tempestade causa incêndio e destrói empresa; no centro, raio fere um

Dinilson Vieira
dinilson@gazetadejoinville.com.br

A tempestade com ventos de até 90 km/h e chuva de granizo que atingiu várias regiões de Joinville na tarde desta segunda-feira (8) causou um incêndio que destruiu totalmente a empresa atacadista de alimentos Sardagna, no bairro Bom Retiro. De acordo com a Polícia Militar, uma pessoa foi atingida por raio na rua 9 de Março, próximo ao Terminal Urbano Central de ônibus. Faltou energia elétrica por até duas horas em 45% dos consumidores da Celesc. Semáforos pararam de funcionar, confundindo o trânsito, e dezenas de placas de propaganda despencaram, além de casas terem sido destelhadas por causa da força dos ventos..

De acordo com funcionários da Sardagna, o fogo foi provocado por volta de 15h30, quando o dia escureceu devido à aproximação da tempestade. A força dos ventos derrubou uma parede nos fundos da empresa, iniciando um curto-circuito. O mesmo curto pode ter sido provocado por um raio, segundo testemunhas. Dentro do galpão havia toneladas de produtos alimentícios e de limpeza. Havia material de fácil combustão, como fardos de papel higiênico, e inflamável, como milhares de caixas de álcool de uso doméstico. Os prejuízos materiais foram de aproximadamente R$ 30 milhões.

O técnico em manutenção Sandrionir Siqueira afirmou que tudo aconteceu muito rapidamente. “O curto começou e tentamos apagar o fogo com mangueiras de água e extintores, mas não houve jeito. Tivemos de abandonar o local por causa do calor intenso”, afirmou ele. Em minutos, o fogo com chamas de cerca de 20 metros havia tomado todo o galpão, mas não havia notícias de vítimas entre os cerca de 300 pessoas que trabalhavam direta e indiretamente para a empresa.

Oito viaturas do Bombeiros Voluntários de Joinville atenderam a ocorrência, inclusive o veículo equipado com escada magirus. Os bombeiros se preocuparam mais em evitar que o fogo atingisse construções vizinhas e manter os arredores resfriados, já que tentar salvar algum bem material seria impossível. Foram gastos mais de meio milhão de litros de água para controlar as chamas. Altair Sardagna, dono da empresa, estava desconsolado e teve que ser amparado por parentes, amigos e empregados.

No Centro, onde faltou eletricidade, uma pessoa foi atingida por um raio próximo ao Terminal Urbano Central de ônibus. O socorro foi feito imediatamente. Agentes municipais de trânsito agiram para impedir maiores transtornos nos cruzamentos onde os semáforos pararam de funcionar em vias da grande movimento, caso da Getulio Vargas..

A Celesc recebeu mais de 400 chamados de falta de energia, a maioria proveniente da zona Norte. Até a manhã desta terça-feira (9), o bairro Santo Antônio permaneceu sem eletricidade em boa parte de seu território. Na região Leste, compreendidas por bairros como Jardim Iririú, Comasa e Aventureiro, choveu granizo. Em vários pontos da cidade houve destelhamentos de casas. De acordo com a Defesa Civil estadual, que auxilia a municipal cerca de mil residências e três escolas foram atingidas com algum tipo de prejuízo. Mais de mil pessoas ficaram desalojadas. Na rua Princesa Isabel, Centro,uma árvore caiu sobre um carro, mas não haveria notícia de feridos.

Prefeitura entrega cestas básicas

As cestas de alimentos, distribuídas pela Prefeitura de Joinville mensalmente aos servidores com menores salários, começam a ser entregues nesta terça-feira (09). O motivo do atraso foi a troca de fornecedor, já que a empresa que vendia a cesta queria aumento, que foi negado pelo Governo Municipal.

Na terça-feira serão distribuídas 2,5 mil cestas básicas e as outras 2 mil ficarão para sexta-feira. As pessoas devem apresentar os tickets no ginásio de esporte Mário Timm, das 11h às 20 horas.

Já as cestas de fevereiro serão entregues na última semana do mês. Nos dias 26 e 27, também no ginásio Mario TIM.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Vereadores visitam Vigilância Sanitária

Na última quarta-feira (04), os vereadores Juarez Pereira (PPS), Odir Nunes (DEM) e Patrício Destro (DEM) fizeram uma visita à Vigilância Sanitária. A fiscal Lia Abreu recebeu os parlamentares.

Os vereadores de oposição fizeram o papel de fiscais e vistoriaram a situação da Vigilância Sanitária. Algumas das irregularidades vistas por eles, é a falta de ar condicionado, de computadores e até de veículos.

Conforme os três vereadores, a precariedade da estrutura representa a falta de interessa do Governo Municipal em proporcionar condições para o bom trabalho da Vigilância Sanitária.

Definidos presidentes e secretários para comissões de Urbanismo e Educação

Muitos dos presidentes e secretários das comissões técnicas da Câmara de Vereadores foram reeleitos. Essa situação não foi muito diferente na última quinta-feira (04), quando Dalila Leal (PSL) foi reeleita para a presidência da Comissão de Urbanismo, Obras, Serviços Públicos e Meio Ambiente. Lauro Kalfels (PSDB) ficou como secretário.

Já para a presidência da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, Alodir Cristo (DEM) conseguiu ser presidente mais uma vez. A novidade ficou com Adilson Marino (PT), que passou a integrar esta comissão depois de deixar a Comissão de Legislação. O petista será secretário. 

Mariano critica demissões de terceirizados na CVJ

A palavra livre da Câmara de Vereadores foi marcada pela discussão sobre demissões. Enquanto a bancada de oposição critica a prefeitura de Joinville por ter exonerada às diretoras de escola, Adilson Mariano (PT) questionou a demissão de funcionários terceirizados da Câmara de Vereadores, na última quarta-feira (03).

Mariano chegou a dizer que o cargo para a direção de escolas é de livre nomeação do governo. “Partindo dessa discussão eu queria saber quais foram as razões de vários funcionários desta Casa, que já prestavam serviços de limpeza e conservação há muito tempo aqui, serem demitidos”, questionou.

Mas o petista esqueceu de dizer que um dos projetos do prefeito Carlito Merss é que os próprios professores, alunos e pais escolhessem os dirigentes da escola. Mas até nada disto foi aplicado.

Mesmo assim, Mariano enviará um memorando à presidência da Casa questionando as justificativas.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Gerente da Regional do Costa e Silva é exonerado no caso dos cães

A prefeitura de Joinville comunicou nesta quinta-feira (04) o resultado a sindicância montada pela Secretaria de Gestão de Pessoas. O servidor Alexandre Kniess, gerente de Conservação e Manutenção da Secretaria Regional do Costa e Silva, foi exonerado por autorizar o enterro dos cães no terreno da regional.

Também serão abertos processos administrativos para punir os responsáveis. O veterinário da Secretaria da Saúde já chegou a fazer a necropsia dos animais mortos.

Carlito Merss, mesmo em Brasília, prometeu punição caso os processos administrativos comprovem a culpa dos servidores.

Entenda o caso


A Secretaria de Gestão de Pessoas foi responsável por apurar o caso dos cães, em que servidores enterraram os animais, ainda vivos, no terreno da Secretaria Regional do Costa e Silva. A população ficou indignada com a ação e protestou na tarde da última quarta-feira (03), em frente à prefeitura já fechada, perto das 18 horas.

Os dois cachorros serão desenterrados e levados para o Aterro Sanitário. Mas antes, um veterinário da Secretaria da Saúde irá fazer exames para avaliar a causa da morte dos animais.

Segundo o secretário Pedro Campos, da Regional do Costa e Silva, os servidores relataram que os animais já estavam mortos quando foram enterrados. Conforme ele, os funcionários dizem que os animais apresentavam sinais de envenenamento, pois tinham vômito e excesso de saliva.

Mas pessoas viram quando os servidores colocaram os cachorros ainda vivos no buraco e jogando terra em cima com a patrola.

Mesmo se os cães estivessem mortos, eles não poderiam ser enterrados. A Engepasa Ambiental, responsável pela limpeza pública, tem o serviço de recolhimento de animais mortos. Eles atendem pelo telefone 3436-8090.

ONGs, animais e o caso Kelly

Veja agora, com exclusividade, a carta enviada à Gazeta de Joinville pelo pai da menina Kelly, Zenaldo Kruger, a respeito da morte dos cachorros e ao rigor dado pela prefeitura ao investigar a suposta execução dos animais.


Fiquei bastante impressionado com a repercussão do caso dos dois cachorros que foram supostamente enterrados vivos, caso que a prefeitura, por determinação do Sr prefeito Carlito, deve apurar com muito rigor. Acredito e concordo com o rigor do Sr Carlito, das ONGs, das pessoas que fizeram um lindo cartaz se sensibilizando com a causa. Tudo muito justo, até porque também tenho um bicho de estimação e em 23 anos de viagem me orgulho de nunca ter atropelado qualquer animal.

Só que exatamente no dia de ontem se passaram 11 meses da morte da pequena Kelly. Não vi nenhuma perguntinha se quer a respeito de como está o processo criminal, de como está o caso em si.

Eu vejo um esquecimento total. O rigor do Sr. Carlito, os cartazes das ONGs eu não vi. Pois no dia 03 de março de 2009 foi uma linda criança que morreu brincando em uma balança toda podre e a sindicância interna da prefeitura, o inquérito do Sr. delegado Vanderlei não apurou responsáveis. Apenas a sindicância interna da prefeitura teve a ousadia, com a assinatura do Sr Prefeito, de concluir que foi uma fatalidade e que o peso da menina e as chuvas foram as causas.

Eu acredito em Deus e confiei a Ele todas as coisas de minha vida, mas devo alertá-los de que o diabo também acredita. Revejam o vídeo do pessoal de Brasília se abraçando e orando depois de cada um receber a sua parte da propina. Por isso que eu digo que o diabo também acredita.

Até quando a vida humana vai ser tratada assim, fatalidade pra cá, fatalidade pra lá, o tempo passando. O esquecimento prevalecendo como a maior arma dos irresponsáveis que comandaram a prefeitura no mandato passado. Pessoas que não se preocuparam com a manutenção de nada, de escolas e parques. Basta ir à secretaria de educação e ver as fotos que estão todas lá, que mostram e fazem um raio-X do descaso que ficou escolas, parques e tantas outras.

Nada trará a pequena de volta, mas atitudes responsáveis podem e devem prevenir através das fiscalizações rigorosas e sem interesses políticos e fazer prevalecer o bem a estas crianças, que são sim o futuro de qualquer Nação. Pois antes de uma nação ser julgada pelo modo que seus animais são tratados, esta mesma nação é julgada como trata suas crianças e seu povo.

Antes deles ( os animais ), Deus criou o homem soberano e livre, antes deles o bem estar é um direito de todos os cidadãos e quem está levantando cartazes contra todas a brutalidades que ocorrem por descasos de quem deveria realmente cuidar e possibilitar desenvolvimento e educação e saúde para todos.

Uma nação com políticos responsáveis, povo educado e com possibilidade de acesso a tudo de que necessitamos também vai cuidar muito melhor dos seus bichos. E isso que vocês e todos nós vimos acontecer com os dois cachorros, não vai mais acontecer.

SERÁ QUE SOMOS CAPAZES DE PENSAR UM POUCO NISSO?

Atualmente moro em São Bento do Sul e por aqui o caso Kelly até hoje é muito questionado pelas pessoas. Mas não é isso que importa mais, o que me incomoda demais é ver se confirmar tudo o que me disseram ainda no dia do sepultamento dela.

“Zenaldo, se prepare, pois isso não vai dar em nada. As pessoas vão chorar com você, mas responsáveis você não vai ter. Não se iluda”. E isso quem me falou foi um advogado amigo meu, e é muito triste ver isso se confirmar.

A pergunta que faço é e se fosse um filho de qualquer personalidade que tivesse morrido nas mesmas condições que a Kelly, como seria o tratamento?

Com a palavra todas as autoridades envolvidas no caso.

Obrigado
Zenaldo Kruger
São Bento dos Sul, 04 de Feverieiro de 2010

Médico ganha ação contra prefeitura de Joinville

O médico Jobair Schafaschek entrou na Justiça contra a Prefeitura de Joinville, em 2003, e teve sentença favorável na última quarta-feira (03). O motivo da reclamação é o mesmo de todos os médicos da rede pública: o baixo salário. Jobair passou no concurso público para médico geral comunitário e deveria receber R$ 2.709,68, por quatro horas de expediente. Mas no momento da contratação o valor do salário ficou bem menor.

Além disto, o médico ainda teria direito a gratificações, como hoje acontece com os médicos dos postos de saúde. Só que em quase quatro anos de trabalho, nada recebeu. Por isso, em 2003 ele entrou com Ação Trabalhista contra o Governo Municipal. Luiz Henrique da Silveira era prefeito de Joinville naquele período.

A prefeitura, em resposta à ação, disse que o salário dos médicos, independentemente da especialidade, era fixado em R$ 2.709,87 e que este valor já incluía a gratificação.

Mas o juiz Silvio Dagoberto Orsatto, da 1ª Vara da Fazenda, disse que é impossível a redução dos salários dos servidores públicos. O juiz explica ainda que realmente está claro no edital que o salário para médico é fixado em R$ 2709,87 , mais as gratificações.

Então, decidiu pela condenação da Prefeitura de Joinville, que terá que pagar a diferença na remuneração, mais a correção monetária pelo INPC. Além de 6% de mora. O Governo Municipal também deverá arcar com 10% do valor da condenação para custos com advogado.

Comissões técnicas com pouca mudança

A primeira comissão técnicas da Câmara de Vereadores de Joinville a se reunir foi a de Legislação, Justiça e Redação. A única novidade foi a inclusão de Belini Meurer (PT) e a exclusão de Adilson Mariano (PT). Belini participará de três comissões técnicas e ainda arcará com o cargo de líder de bancada. Já Mariano ficará somente na comissão de Saúde, Assistência e Previdência Social.

O debate na comissão de Legislação foi por causa do veto do prefeito a partes do projeto que altera a lei de ocupação do solo em Joinville. Os vetos estão relacionados ao recuo obrigatório para construções, a corredores principais no bairro Espinheiro e a isenção de área verde em condomínios com até 12 andares.
O parecer da comissão deve ser apresentado na próxima terça (09) e deve ser votado em plenário, até o dia 17 de fevereiro.

As outras comissões já começam com agenda não terão tantas mudanças. Veja como ficou a organização:

Legislação, Justiça e Redação
Presidente: Lauro Kalfels (PSDB)
Secretario: Alodir Cristo (DEM)
Membros: Belini Meurer (PT), Dalila Rosa Leal (PSL) e Tânia M. Eberhardt (PMDB)

Urbanismo, Obras, Serviços Públicos e Meio Ambiente
Presidente: Dalila Rosa Leal (PSL)
Secretário: Belini Meurer (PT)
Membros: Alodir Cristo (DEM), Lauro Kalfels (PSDB), Osmari Fritz (PMDB)

Finanças, Orçamento e Contas do Município
Presidente: Odir Nunes (DEM)
Secretário: Juarez Pereira (PPS)
Membros: Joaquim A. dos Santos (PSDB), Jucélio Girardi (PMDB), Manoel Bento (PT)

Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia
Presidente: Alodir Cristo (DEM)
Secretária: Dalila Rosa Leal (PSL)
Membro: Belini Meurer (PT)

Saúde, Assistência e Previdência Social
Presidente: Juarez Pereira (PPS)
Secretário: Adilson Mariano (PT)
Membro: Joaquim A. dos Santos (PSDB)

Defesa da Cidadania
Presidente: Osmari Fritz (PMDB)
Secretária: Zilnete Nunes (PP)
Membro: Lauro Kalfels (PSDB)

Economia, Agricultura, Indústria, Comércio e Turismo
Presidente: James Schroeder (PDT)
Secretário: Manoel Bento (PT)
Membro: Odir Nunes (DEM)

Acompanhamento à Execução Orçamentária
Presidente: João Rinaldi (PT)
Secretária: Zilnete Nunes (PP)
Membros: Joaquim A. dos Santos (PSDB), Jucélio Girardi (PMDB) e Odir Nunes (DEM)

Pavan está nas mãos da Justiça

A última quarta-feira (03) foi marcada por uma derrota do vice-governador, Leonel Pavan (PSDB), na Assembleia Legislativa (Alesc). Os deputados aprovaram a autorização para que o Tribunal de Justiça cuide do caso das irregularidades apontadas pela Polícia Federal, em que o tucano tentou burlar o fisco estadual. O parecer foi unânime, com 37 votos a zero.

Na semana passada o vice-governador chegou a enviar um comunicado à Alesc pedindo para que os deputados aprovassem a autorização. Os parlamentares assim fizeram.

Quem comemorou essa decisão foi a bancada do PP. O presidente estadual do Partido Progressista, Joares Ponticelli, pediu que os parlamentares tenham a mesma disposição em relação ao governador Luiz Henrique da Silva. Conforme ele, o governador responde por quatro ações penais e desde 2003 o STJ (Superior Tribunal de Justiça) pede que a Alesc vote a autorização para processar o peemedebista.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Águas-vivas fazem 237 vítimas em Içara

Da Redação
redacao@gazetadejoinville.com.br

Não é só contra afogamentos que veranistas precisam se prevenir ao aproveitar os banhos de mar. Um grande perigo podem ser as águas-vivas, que provocaram 237 casos de queimaduras em banhistas em apenas três dias no Balneário Rincão, em Içara, no Sul de Santa Catarina.

De acordo com o Corpo de Bombeiros em Criciúma, as ocorrências foram registradas no último fim de semana, entre sexta-feira (29) e domingo (31). A maior incidência dos casos aconteceu no domingo, segundo os bombeiros.

“Este é um número bastante alto para um único fim de semana. Em outros anos, não era comum a presença de águas-vivas no balneário”, disse o sargento Carlos Cypriano João, do Corpo de Bombeiros, em reportagem publicada no site do jornal O Globo.

A incidência de casos aumentou devido ao aquecimento dos mares, já que a presença do animal é comum em águas quentes e limpas. Segundo Carlos, desde o início do ano já foram atendidos 291 casos de queimaduras por água-viva no local. A maioria das vítimas é criança, que costumam brincar na água com ingenuidade. Os acidentes acontecem porque o animal libera uma substância tóxica que provoca a queimadura ao entrar em contato com a pele.

A recomendação para quem encostar em uma água-viva é sair do mar para evitar novos ataques. Se o animal ainda estiver no corpo, retire-o com uma luva ou bolsa plástica, de forma que proteja as mãos. Os bombeiros explicam que não é indicado ficar exposto ao sol, já que o local da queimadura pode ficar manchado.

“Para aliviar a ardência, use a própria água do mar ou soro fisiológico. Jamais despeje sobre a queimadura água doce ou use receitas caseiras. Se a dor não passar, procure uma unidade de saúde”, orientou Carlos.

Kalfels deixa a Câmara por um mês

O vereador Lauro Kalfesl (PSDB) deixará sua vaga na Câmara de Vereadores por 31 dias. O tucano protocolou o pedido de afastamento na primeira Sessão Ordinária de 2010, que ocorreu na última terça-feira (02). Lauro alega que precisa tratar assuntos particulares e se afastará na quinta-feira.

Quem assume sua vaga é o suplente na coligação DEM/PSDB. Jaime Evaristo (PSDB) ficará com o posto a partir desta semana. O tucano fez na última eleição 3.777 votos.

Na última legislatura, Jaime foi vereador. Mas não conseguiu se reeleger.

Juiz nega liminar para retirada de outdoors feitos por Kennedy Nunes

A Prefeitura de Joinville não consegue liminar contra o deputado estadual Kennedy Nunes (PP) pedindo a retirada dos 15 outdoors espalhados pela cidade. Nas placas, Kennedy diz para o prefeito tirar dinheiro da verba de gabinete para custear a gratuidade dos idosos entre 60 e 64 anos, que foi derrubada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo, no início deste ano. No dia 20 de janeiro, o juiz Heitor Wensing Júnior, do TRE-SC (Tribunal Regional Eleitoral) decidiu pela extinção do processo movido pelo Governo Municipal.

“Não seria legítimo cercear a liberdade de expressão e o direito de crítica de parlamentar às ações de governo somente porque seria ele possível candidato ao pleito vindouro”, diz o juiz em sentença.

A prefeitura alegou que esses outdoors eram propaganda eleitoral antecipada. “Ainda bem que a Justiça garante o direito de liberdade de expressão, principalmente quando se cobra um acordo político público. Nosso trabalho continuará sendo feito, com olhos atentos e cobranças, sim”, se defende Kennedy.

O que o Governo Municipal queria, além de processar o deputado por propaganda fora de época, era a retirada imediata das placas e direito de resposta. Mas o juiz do TRE decidiu pela extinção do processo.

Grupo pede solidariedade aos integrantes do MST

Apoiadores do MST (Movimento dos Sem-Terra) farão planfetagem na próxima quinta-feira (04) em Joinville, na Praça da Bandeira. O ato é em solidariedade aos líderes do movimento que foram presos na semana passada. Altair Lavratti, Rui Fernando e Marlene Borges foram detidos com a acusação de formação de quadrilha e tentativa de invasão. Mas foram libertados no sábado.

O documento que será distribuído na cidade diz que a ocupação serve tanto para tornar a terra produtiva e com função social, quanto para denunciar a falta de ação do Estado, que não desapropria latifúndios improdutivos, ou produções do agronegócio que também, segundo a Constituição, não cumprem sua função social – já que agridem o meio ambiente. “No caso de Santa Catarina, a propriedade que seria ocupada estava há mais de 13 anos parada e improdutiva”, complementa ainda o folheto.

E a discussão sobre o assunto não pára por aí. O Comitê de Apoio aos Movimentos Sociais vai pedir à população solidariedade ao MST e às liberdades civis, ao direito de organização e à reforma agrária. O grupo que vai distribuir os panfletos ainda traz o problema para a realidade de Joinville e fala sobre a criminalização das pessoas que lutam contra o aumento na tarifa de ônibus e pela moradia, que são fortemente perseguidos.

Assentamento pode dar certo

A realidade mostra que a reforma agrária é necessária e que pode dar certo. Em Garuva, cidade vizinha de Joinville, o grupo de assentados recebeu terras do governo e agora produz hortaliças para a região. No começo, o problema era o solo da região que era muito arenoso para a produção de alimentos. Mas a solução encontrada pelos agricultores é a plantação de verduras e legumes que são vendidos para os comércios locais.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

MPF quer suspender processo seletivo para Médico Residente (Joinville)

O Ministério Público Federal em Santa Catarina ingressou com uma Medida Cautelar Inominada, a fim de requerer a suspensão do processo seletivo para Médico Residente, promovido pela Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), e executado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicas (FEPESE).

A ação foi proposta pelos procuradores da República em Joinville Mário Sérgio Ghannagé Barbosa e Tiago Alzuguir Gutierrez contra o Estado de Santa Catarina, a FEPESE e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Conforme os procuradores, a Medida Cautelar foi proposta com pedido de liminar em virtude da fase em que se encontra o concurso, já com a divulgação dos aprovados e com a iminência de nomeações. O MPF pretende, ainda, ingressar com ação civil pública para anular o concurso e compelir as rés à realizarem novo certame.

O caso teve origem a partir da instauração de procedimento administrativo para investigar possível ilegalidade na realização do respectivo processo seletivo. A partir daí o MPF passou a investigar o concurso e constatou que o edital que regulamenta o certame traz regras ilegais de seleção de candidato. Pelo Edital nº 001/2009, a segunda fase do concurso consiste em arguição oral sobre currículo, com peso 7, e análise de currículo, com peso 3. Porém, o edital não define critérios objetivos para que a banca avalie os candidatos nessa fase.

Além disso, o edital diz que na fase de arguição oral a banca examinadora deve analisar a "potencialidade do candidato quanto à aquisição das habilidades necessárias ao desenvolvimento de atividades essenciais para uma boa formação médica". Para os procuradores é estranho que o candidato seja avaliado pelas potencialidades e conhecimentos que ele poderá adquirir e não pelos que já possui. "Avaliar o potencial dos candidatos, além de ser algo totalmente subjetivo, é deveras injusto e, portanto, ilegal", acredita o MPF.

Outro problema apontado é que essa fase do exame não é documentada. "Não foi gravada, não foi escrita, não foi filmada. A prova está na memória de quem a aplicou e de quem foi examinado, sendo impossível qualquer controle ou análise da legalidade do procedimento. O que foi perguntado aos candidatos? As perguntas estão de acordo com aquilo que está previsto no edital? Nunca saberemos", argumentam os procuradores na inicial.

Além disso, não há previsão de recurso dessa fase. E, mesmo que houvesse, o recurso seria impossível, pois o candidato não teria condições de impugnar o que a banca decidiu, uma vez que as correções não são documentadas e acessíveis aos candidatos.

O MPF questiona, ainda, que, embora o edital estabeleça o peso para a análise do currículo, foi omisso no que diz respeito a quais títulos serão ou não serão considerados na análise e qual o valor atribuído a cada título. Desse modo, os candidatos também não ficaram sabendo como a banca avaliou os documentos que apresentaram como sendo "títulos", quais foram considerados pela banca e qual foi a nota conferida a cada "título" apresentado.

Medida Cautelar Inominada - É uma medida urgente, liminar, provisória, que tem por objetivo resguardar um direito, evitar uma ilegalidade ou corrigir algo que esteja errado.

Fonte: MPF

Centenas de trabalhadores deixam a Busscar

Aproximadamente 1000 funcionários da empresa de carrocerias Busscar aderiram ao plano de demissão voluntária proposto por diretores da indústria, na semana passada. Nesta segunda-feira (01), o Sindicato dos Mecânicos de Joinville começa a homologar a rescisão dos trabalhadores, que buscam novas oportunidades de emprego em outras empresas da cidade.

Hoje a fábrica tem aproximadamente 4 mil funcionários em três unidades. Trabalhando na produção são quase 2,5 mil, destes somente 750 são usados e o restante está de licença remunerada. Com a aceitação do plano de demissão voluntária, quase 25% dos funcionários vão deixar a empresa.

O presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, João Bruggmann, diz que foram feitas várias reuniões desde segunda-feira passada (25) com os empregados para ver quem iria ficar ou preferir deixar a Busscar, ganhando a rescisão parcelada em cinco a 18 vezes. O primeiro pagamento é previsto para o dia 08 de fevereiro. Além disso, os trabalhadores terão direito ao seguro-desemprego e a sacar o FGTS.

O presidente da entidade reforça que não concorda com demissões e só irá fazer a rescisão de quem prefere sair realmente. “Não concordo com demissões, mas não há outra saída”, diz.

A Busscar está com problemas financeiros desde 2002, quando a produção despencou 59,6%, segundo dados da Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus). Em 2008, a fábrica teve uma melhora com a alta da produção, mas com os efeitos da crise financeira não se manteve e deu licença remunerada a milhares de funcionários, chegando a não pagar o 13º e atrasando salários.

Para sair da crise, diretores da empresa tentam negociar aproximadamente R$ 600 milhões do Governo Federal, créditos do IPI de que a empresa tem direito. João explica que há 18 anos a Busscar está na justiça para receber esse montante do governo e já teve causa ganha.

João Bruggmann destaca ainda que os coordenadores e gerentes também deveriam colocar seus cargos a disposição da empresa, já que eles possuem salário mais alto. O Sindicato dos Mecânicos vai manter uma média de 100 funcionários por dia fazendo para a assinatura da rescisão.

A Busccar não quis se pronunciar sobre o caso.

Nova tentativa

Diretores da Busscar tentaram oferecer o plano de demissão voluntária em 2009, segundo o presidente do Sindicato dos Mecânicos, João Bruggmann. Mas o sindicato forçou a segurar os empregados.

Para João, a diferença de 2009 para o presente é devido o crescente número de vagas de emprego. As indústrias de Joinville e região estão abrindo oportunidades, como é o caso da WEG, da Cizer e da Whirlpool Latin América, que abriu 130 vagas de emprego em Joinville recentemente.

Funcionários

André de Souza e Amarildo Galdino tem três coisas em comum, ambos trabalham há nove anos na Busscar e também estão saindo da empresa, aproveitando o plano de demissão voluntária oferecido pela fábrica. Além disso, os dois estavam de licença remunerada em suas residências.

André diz que optou por outra oportunidade no mercado de trabalho. Estava na frente da empresa na última quinta-feira (28) para devolver seus objetos de segurança e uniformes.

Já Amarildo ficou com medo da situação piorar. É a segunda vez que sai da empresa. Ao todo, ele já trabalhou 18 anos na Busscar.