segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Centenas de trabalhadores deixam a Busscar

Aproximadamente 1000 funcionários da empresa de carrocerias Busscar aderiram ao plano de demissão voluntária proposto por diretores da indústria, na semana passada. Nesta segunda-feira (01), o Sindicato dos Mecânicos de Joinville começa a homologar a rescisão dos trabalhadores, que buscam novas oportunidades de emprego em outras empresas da cidade.

Hoje a fábrica tem aproximadamente 4 mil funcionários em três unidades. Trabalhando na produção são quase 2,5 mil, destes somente 750 são usados e o restante está de licença remunerada. Com a aceitação do plano de demissão voluntária, quase 25% dos funcionários vão deixar a empresa.

O presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, João Bruggmann, diz que foram feitas várias reuniões desde segunda-feira passada (25) com os empregados para ver quem iria ficar ou preferir deixar a Busscar, ganhando a rescisão parcelada em cinco a 18 vezes. O primeiro pagamento é previsto para o dia 08 de fevereiro. Além disso, os trabalhadores terão direito ao seguro-desemprego e a sacar o FGTS.

O presidente da entidade reforça que não concorda com demissões e só irá fazer a rescisão de quem prefere sair realmente. “Não concordo com demissões, mas não há outra saída”, diz.

A Busscar está com problemas financeiros desde 2002, quando a produção despencou 59,6%, segundo dados da Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus). Em 2008, a fábrica teve uma melhora com a alta da produção, mas com os efeitos da crise financeira não se manteve e deu licença remunerada a milhares de funcionários, chegando a não pagar o 13º e atrasando salários.

Para sair da crise, diretores da empresa tentam negociar aproximadamente R$ 600 milhões do Governo Federal, créditos do IPI de que a empresa tem direito. João explica que há 18 anos a Busscar está na justiça para receber esse montante do governo e já teve causa ganha.

João Bruggmann destaca ainda que os coordenadores e gerentes também deveriam colocar seus cargos a disposição da empresa, já que eles possuem salário mais alto. O Sindicato dos Mecânicos vai manter uma média de 100 funcionários por dia fazendo para a assinatura da rescisão.

A Busccar não quis se pronunciar sobre o caso.

Nova tentativa

Diretores da Busscar tentaram oferecer o plano de demissão voluntária em 2009, segundo o presidente do Sindicato dos Mecânicos, João Bruggmann. Mas o sindicato forçou a segurar os empregados.

Para João, a diferença de 2009 para o presente é devido o crescente número de vagas de emprego. As indústrias de Joinville e região estão abrindo oportunidades, como é o caso da WEG, da Cizer e da Whirlpool Latin América, que abriu 130 vagas de emprego em Joinville recentemente.

Funcionários

André de Souza e Amarildo Galdino tem três coisas em comum, ambos trabalham há nove anos na Busscar e também estão saindo da empresa, aproveitando o plano de demissão voluntária oferecido pela fábrica. Além disso, os dois estavam de licença remunerada em suas residências.

André diz que optou por outra oportunidade no mercado de trabalho. Estava na frente da empresa na última quinta-feira (28) para devolver seus objetos de segurança e uniformes.

Já Amarildo ficou com medo da situação piorar. É a segunda vez que sai da empresa. Ao todo, ele já trabalhou 18 anos na Busscar.

4 comentários:

Anônimo disse...

Cadê o prefeito? Ele não disse que tinha canal direto com o presidente da república? É uma vergonha o que está acontecendo com uma das mais tradicionais empresas de Joinville, geradora de milhares de empregos, sem que o prefeito tome providência alguma. Será que ele está torcendo para a maior concorrente da Busscar, a empresa Marcopolo? Se ele tem mesmo contato com Lula, poderia dar uma telefonadinha pedindo que o governo liberasse os R$ 600 milhões que o Ministério da Fazenda deve para esta empresa joinvilense. Sentimos orgulho quando viajamos nestes ônibus confortáveis e sabemos que foram construídos em nossa cidade. Só que o Carlito não deve sentir orgulho com esta empresa, pois caso contrário já teria comprado esta briga. Será uma vergonha para Joinville que a Busscar seja asfixiada economicamente por culpa do governo federal. Vamos levantar a voz e exigir que a dívida do governo para com a Busscar seja honrada. Não podemos ser como ovelhas que vão para o matadouro sem dar um berro.

Anônimo disse...

o momento tem uma interessante coincidencia.... uma empresa de terceirização de mão de obra oferecendo 600 vagas. Será que tem algo com a onda de demissões ?

Anônimo disse...

É NISSO QUE DA ELEGER FORASTEIROS COMO PREFEITO
OS CARA NAO TEM COMPROMISSO NENHUM COM A CIDADE
SÓ USAM JOINVILLE COMO TRAMPOLIM
SÓ OLHAR AS ULTIMAS ADMINISTRAÇOES
TODAS DESASTROZAS
TEVE UM QUE FALOU QUE JOINVILLE EVOLUIRIA 4O ANOS 4
E REALMENTE REGREDIU MUITOS ANOS EM 4
SÓ MAQUIAGEM
LAMENTAVEL
VAMOS ACORDAR POVO
NADA DE VOTAR EM FORASTEIROS
VAMOS ELEGER GENTE DAQUI GENTE COMPROMETIDAS COM A CIDADE NAO ESSES QUE PRA CA SE MUDAM SÓMENTE PARA BUSCAR VOTOS NOSSOS

MATEUS disse...

Forasteiro ????
O Tebaldi ,e oq ????
e o Luiz Henrique ???
O Mariani ?? E vcs acham que o kennedy só pq é daqui é melhor ????
PARA NÉ !!
O UNICO QUE NUNCA TEVE UM PROCESSO NAS COSTAS FOI O CARLITO !! PESQUISEM !!!!!!!!!!!!