Postado por: Rogério Giessel
Para estimular a doação e o transplante de órgãos no país, o Ministério da Saúde lançou um pacote de medidas nesta quinta-feira, em Brasília, destacando o reajuste dos valores pagos por transplantes para as equipes e os hospitais envolvidos nas cirurgias. Com isso, o governo calcula um impacto de R$ 60 milhões nos gastos com transplantes.
Transplantes de coração são os que terão o maior aumento, de 40%, passando de R$ 22,2 mil para R$ 31,1 mil. No caso da cirurgia envolvendo medula óssea, o aumento é de 30%, na de pulmão, de 20% e na de fígado, pâncreas e rins, de 10%. Com o aumento de R$ 60 milhões, o orçamento total passará para R$ 500 milhoes por ano. O governo pretende ainda dar um bônus de 100% para procedimentos que resultem efetivamente em transplante.
Além disso, o ministério anunciou que a lista de pacientes que aguardam um transplante de órgãos no país, atualmente restrita ao Sistema Nacional de Transplantes, passará a ser publicada na internet, com o objetivo de inibir eventuais fraudes ou irregularuidades. O acesso, no entanto, será restrito aos pacientes, que só poderão checar a própria evolução na lista através de senha pessoal.
Atualmente, existem no país 71.349 pacientes na lista de espera no Brasil. As inscrições de pacientes candidatos a transplantes via internet deverão ser feitas por um profissional da saúde que terá a obrigação de manter os dados atualizados, informou o ministério. Somente os pacientes inscritos poderão acompanhar o andamento das listas pela web. Em alguns estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, as listas já estão disponíveis. Em até 60 dias, espera-se que todos os estados estejam incluídos.
Os pacientes que contam apenas com o SUS (Sistema Único de Saúde) também serão beneficados pelas novas medidas. Para evitar que eles fiquem para trás na fila dos transplantes, uma vez que os usuários das redes de saúde particulares têm mais facilidade para realizar os exames necessários, o ministério vai oferecer uma melhor remuneração para os exames feitos pelo SUS. Esses pacientes poderão, ainda, fazer exames em instituições privadas ou filantrópicas credenciadas ao sistema público.
O ministério vai criar, ainda, a OPO, Organização de Procura de Órgãos. Serão várias delas e cada uma será responsável por áreas geográficas específicas, englobando suas comissões hospitalares. O papel dessas organizações é fazer uma ponte entre Sistema Nacional de Transplantes e as centrais estaduais e comissões hospitalares.
Doadores de rim, parte de fígado e de pulmão passarão a ter acompanhamento preferecial após a cirurgia, com duas revisões no primeiro ano e, depois, uma vez por ano, sem limite de prazo.
Fonte: UOL
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