Postado por: Rogério Giessel
Primeiro ministro brasileiro a assumir o posto desde 1965, ele agradeceu a oportunidade de conduzir os trabalhos no ano em que o SUS completa 20 anos
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foi eleito nesta segunda-feira (29), em Washington, presidente do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A 48ª sessão do conselho segue até sexta-feira (3) na capital norte-americana. Ao assumir o posto, Temporão fez uma homenagem ao Sistema Único de Saúde (SUS), que está completando 20 anos.
"Estou contente de presidir os trabalhos do Conselho Diretor no ano em que comemoramos o 20º Aniversário do Sistema Único de Saúde do Brasil. O SUS é uma grande conquista da sociedade brasileira e um importante instrumento de inclusão social", afirmou o ministro diante do plenário lotado na sede da organização. Esta é a primeira vez, desde 1965, que um ministro brasileiro ocupa esta posição. Antes dele, Raymundo de Britto, ministro da Saúde do governo Castello Branco, havia presidido o 16º Conselho Diretor da OPAS.
O Conselho Diretor ocupa o segundo lugar na hierarquia da OPAS, abaixo apenas da Conferência Sanitária Panamericana. Na pauta da reunião deste ano, constam questões importantes de saúde pública que estão na ordem do dia da gestão do ministro Temporão, como controle do tabaco, diabetes e obesidade, atenção primária à saúde e saúde neonatal, entre outros.
PROPRIEDADE INTELECTUAL
Em sua fala, o ministro destacou a importância da discussão sobre a aprovação de uma resolução regional sobre saúde pública, inovação e propriedade intelectual, que ocorrerá na quarta-feira. O ponto de partida deste documento será a resolução WHA 61.21, aprovada em Genebra, na última Assembléia Mundial de Saúde, que reconhece os efeitos negativos dos direitos de propriedade intelectual sobre o acesso a medicamentos.
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan, também ressaltou este tema em seu discurso na abertura da sessão da OPAS, na manhã desta segunda-feira. Ela considerou um "triunfo" a resolução aprovada em maio, em Genebra. "Isso demonstra que os acordos internacionais que afetam o comércio mundial podem ser feitos de forma a favorecer a saúde", disse.
Sobre este assunto, também está prevista uma reunião em Brasília, entre os dias 4 e 6 de novembro, com representantes da América Latina e Caribe, além de observadores externos, como Tailândia, Índia, África do Sul e Quênia.
Nesta terça-feira, o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde brasileiro, Eduardo Hage, fará uma apresentação sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde pública. O tema está em ampla discussão no Brasil, envolvendo progressivamente os setores governamentais, não-governamentais e produtivos.
Agência Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário