sábado, 13 de setembro de 2008

Presidentes sul-americanos vão discutir crise e reiterar apoio a Evo Morales

Agência Brasil
Postado por: Windson Prado

Os presidentes dos países que integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) intensificaram seus contatos nas últimas horas e acertaram que na segunda-feira (15) terão um encontro de urgência em Santiago, capital chilena, para discutir a situação boliviana e reiterar apoio institucional ao presidente Evo Morales.

A Agência Boliviana de Informação (ABI) destaca que a reunião será no Chile porque esse país tem neste momento a presidência temporária da organização, que reúne todos os países da América do Sul. Em recente declaração a favor da institucionalidade democrática na Bolívia, o organismo regional assinalou que "lamenta o prolongamento de ações de grupos civis que levam à perda de vidas humanas, a pessoas feridas, à destruição de bens públicos e privados, ao enfraquecimento institucional , ao risco para a democracia e que poderiam ameaçar sua unidade e integridade territorial".

O chanceler chileno, Alejandro Foxley, disse que o dever da presidência temporária da Unasul é sinalizar a total disposição de colaborar com o governo da Bolívia “no esforço para identificar e implementar vias de diálogo entre as legítimas autoridades bolivianas".

Na última quinta-feira (11), o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República do Brasil, Marco Aurélio Garcia, disse que o país " não reconhecerá nenhum governo ou intento de governo que queira substituir ao governo constitucional da Bolívia."


Em entrevista reproduzida na Agência Bolivariana de Notícias, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, informou que os países vizinhos estão convencidos da necessidade de impedir a tentativa de golpe na Bolívia. "Estamos fazendo consultas cruzadas e vamos nos reunir en Santiago na segunda-feira à tarde para atuar a tempo, não quando houver millhares de mortos na Bolívia. Montaram um golpe em marcha, para sacar Evo diante de nossos narizes, um golpe em nossa América", afirmou o chefe de Estado.

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