Postado por: Rogério Giessel
Um médico ginecologista foi preso em Goiânia (GO) suspeito de estuprar três adolescentes e assediar ao menos outras cinco, todas com idade entre 12 e 14 anos. Elas são estudantes de uma escola municipal do Jardim Balneário Meia Ponte, na periferia da cidade.
No momento da prisão, na manhã de ontem, João Batista Pinto, 47 anos, trabalhava em uma maternidade. Uma menina de 12 anos colocava as colegas de escola em contato com o suspeito, que foi preso em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Donizete de Oliveira, da 11ª Vara Criminal de Goiânia.
Ele é acusado pela polícia dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor com violência presumida, de estupro e atentado violento ao pudor mediante ameaça real, e por exploração sexual contra adolescentes. Nesta manhã, durante depoimento na delegacia, o ginecologista se negou a falar. O médico disse que dará declarações apenas em juízo. Segundo a delegada Adriana Accorsi, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), ele admitiu informalmente os encontros sexuais com as meninas.
O caso começou a ser investigado há cerca de duas semanas, quando familiares de sete adolescentes estiveram na DPCA. A escola em que as meninas estudam teria informado que um homem - que se identificava como João - as procurava após as aulas e as levava a motéis da cidade. Ele se identificaria a elas ora como médico, empresário ou dono de uma concessionária. Cada menina receberia de R$ 50 a R$ 100 por saída. A adolescente que agenciaria as colegas ganharia 20% disso.
João Batista teria sido reconhecido por meio de fotos. Quatro meninas afirmaram em depoimento que o médico teria ligado para elas diversas vezes, querendo marcar um encontro. O suspeito já foi condenado duas vezes por crimes de atentado violento ao pudor cometido no exercício da função de médico.
Pesou para o juiz ter decretado a prisão o fato de ele ter supostamente fugido para São Paulo quando o caso foi divulgado pela imprensa há 10 dias.
Nesta tarde, prestaram depoimento na DPCA a professora que suspeitou que as alunas estavam sendo vítimas de abuso sexual e uma das supostas vítimas. Os responsáveis pelos motéis em que o médico levou as meninas também devem ser responsabilizados no inquérito, já que, segundo a delegada, eles têm a obrigação de verificar a idade das pessoas que freqüentam os quartos.
Fonte: Redação Terra
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