segunda-feira, 28 de junho de 2010
Atividade econômica iniciou o segundo trimestre em desaceleração
Somente o setor agropecuário manteve evolução positiva em abril. foto: sxc.hu
A economia brasileira iniciou o segundo trimestre de 2010 em desaceleração. Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), o crescimento econômico verificado em abril/2010 foi de apenas 0,1% em relação a março/2010, já descontadas as influências sazonais. Com esse resultado, a taxa de expansão trimestral da economia brasileira diminui de 2,7% no trimestre findo em março/10 para 2,4% no trimestre encerrado em abril/10.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a retirada dos estímulos fiscais à aquisição de veículos e outros bens duráveis, a implementação dos cortes orçamentários anunciados pelo Governo Federal e os efeitos contracionistas da política de aperto monetário (elevação dos juros básicos) posta em prática pelo Banco Central deverão impor um ritmo mais brando de crescimento da atividade econômica comparativamente ao que se verificou ao longo do primeiro trimestre deste ano. Tal desaceleração começa a ser observada já neste segundo trimestre de 2010, conforme apontado pelo indicador.
Do ponto de vista da oferta agregada, somente foi observado avanço mensal no setor agropecuário em abril de 2010 (crescimento de 3,7% frente ao mês de março). O setor industrial, recuando 1,8%, foi o grande responsável pela pequena alta de apenas 0,1% na atividade econômica em abril. Por sua vez, o setor de serviços, com ligeira queda de 0,1%, também contribuiu para enfraquecer o ritmo de crescimento econômico em abril de 2010.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 8,8% no ritmo de atividade econômica em abril de 2010. Tal resultado fez com que o crescimento da economia durante o primeiro quadrimestre atingisse 8,9%, abaixo, portanto, da expansão de 9,0% verificada ao longo do primeiro trimestre deste ano.
Por fim, nos doze meses encerrados em abril de 2010, o crescimento econômico atingiu 3,4%, resultado ainda segue prejudicado pelo período recessivo do início de 2009.
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