sábado, 4 de dezembro de 2010

Dinheiro de asfalto embolsado pela prefeitura


O asfalto na rua Marcio Luckow, no bairro Vila Nova, está apenas no papel e no recibo de pagamento dos moradores. Cerca de um ano e meio após quitar a última parcela para a pavimentação, residentes de um trecho da via ainda vivem com saibro e buraco na frente de casa. A Prefeitura de Joinville embolsou o dinheiro das famílias, mas o asfalto não saiu.

“Para cobrar vieram rápido. Começaram a fazer o início da rua e deixaram a nossa parte. Agora daremos um prazo até dia 15 ou entraremos com uma ação”, ameaça o morador Moacir Gonçalves da Silveira, de 65 anos, que começou, no dia 10 de agosto de 2008, pagando R$ 155,68 por mês. Em 10 de maio de 2009 terminou de quitar a dívida.

Na via são 48 famílias que desembolsaram dinheiro para ter o asfalto. Segundo o presidente da Associação de Moradores Jardim Cristiane, Waldemiro Bonassoli, muitas pessoas pagaram a vista o custo da pavimentação, prejuízo maior ainda porque esperam três anos depois de quitar a dívida.

Waldemiro relata ainda que falou com uma pessoa da empresa responsável pelo asfalto, a Vogelsanger, e afirmaram que só falta autorização do Governo Municipal. Enquanto isso, apesar de pagar, crateras, lama e pó fazem parte da rotina dos moradores da rua Marcio Luckow.

Caso o poder público não resolva o problema até dia 15 de dezembro, a ação dos moradores na Justiça é para conseguir o dinheiro pago. “Nós pagamos a nossa parte e foi feito acordo. Seria feito asfalto seis meses após a adesão. A população desta rua não suporta mais tantas promessas feitas pelos nossos governantes. A pavimentação nunca sai do papel”, alega o presidente da associação.

O coordenador da regional do Vila Nova, Dário Mathies, diz que a secretaria está ciente do fato e os moradores tem razão. Segundo ele, a regional fez o serviço de preparação da via para o asfalto, como drenagem. “Depois ficou acordado com os moradores para esperar um pouco mais para que fosse feito, antes de pavimentar, o sistema de esgotamento sanitário para não precisar quebrar o asfalto”, diz. De acordo com ele, a secretaria fez sua parte e agora só falta o parecer da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).

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