A inadimplência do consumidor registrou em novembro a sétima alta mensal consecutiva. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor cresceu 3,5% em novembro, na comparação com o mês anterior, representando a maior elevação entre os mesmos meses desde 2005.
Na avaliação anual – novembro em relação ao mesmo mês do ano passado – a inadimplência do consumidor subiu 23,2%, a maior entre os meses de novembro desde 2001. Na análise dos acumulados – janeiro a novembro de 2010/2009 – o indicador apresentou crescimento de 5%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a inadimplência do consumidor se agravou e mudou de patamar em novembro. Desde junho de 2010, a inadimplência apresentava crescimentos mensais inferiores a 1,9%. A aceleração registrada em novembro é resultado do maior endividamento e comprometimento da renda do consumidor e do acúmulo de dívidas com as compras nas datas comemorativas do varejo, sobretudo no Dia das Crianças.
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para o Natal, publicada no início de dezembro, mostrou que as vendas do varejo terão um forte crescimento nesta data. Dessa forma, o consumidor deve ampliar seu endividamento e destinar uma parte de seu 13º salário para o pagamento de dívidas. No encerramento de 2010, a inadimplência do consumidor deve ficar próxima à verificada em 2009, cuja expansão foi de 5,9%, sobre 2008.
Na decomposição do indicador, a inadimplência com empresas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica e água) cresceu 7,7%, contribuindo com uma variação positiva de 2,8%. As dívidas com cheques sem fundos e com os títulos protestados também tiveram alta e contribuíram com 1,7% e 0,1%, respectivamente, no crescimento do índice. As dívidas com os bancos caíram 2,3%, contribuindo com um decréscimo de 1,1%.
Sobe o valor médio das dívidas com cheques sem fundos
De janeiro a novembro de 2010, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor médio dos cheques sem fundos teve alta de 24,5%. Os títulos protestados e as dívidas não bancárias também tiveram crescimento de 6,4% e 4,7%, respectivamente. Já as dívidas com os bancos tiveram queda de 2,7%, representando a única modalidade com variação negativa.
fonte: Serasa Experian
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