foto: Ricardo Saporiti
A Federação das Indústrias (FIESC) vai apresentar aos parlamentares das bancadas estadual e federal, nesta quinta-feira (24), estudo com proposta para ampliação da capacidade de tráfego da BR 470. Entre as propostas do trabalho está a de realizar a obra em três etapas, para permitir o início dos trabalhos em menor tempo, pelo trecho mais crítico, entre Blumenau e Indaial. No encontro com os parlamentares, a Federação também vai mostrar as principais conclusões dos levantamentos realizados sobre os trechos Norte e Sul da BR-101.
Pela proposta da FIESC, a duplicação começaria pelo trecho entre Blumenau e Indaial (26,9 quilômetros), usando um projeto já existente. A segunda etapa seria o trecho entre Blumenau e Navegantes (22,8 quilômetros), cujas obras seriam objeto de uma segunda licitação, após a conclusão dos projetos de engenharia. Por fim, antes de iniciar as obras da terceira fase, entre Indaial e Rio do Sul (76 quilômetros), é necessário ainda fazer licitação para contratar os serviços de projeto básico e executivo de engenharia para a duplicação. "A realização da obra em três fases é uma resposta à urgência que esta duplicação representa para Santa Catarina", diz o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa.
O trabalho estima a necessidade de investimentos de R$ 539 milhões para duplicar o segmento entre Blumenau e Indaial. Conforme o engenheiro Ricardo Saporiti, autor do trabalho, pode ser utilizado o projeto executivo de engenharia feito pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) - quando ainda denominado DER -, que se desenvolve juntamente com o traçado em uso. "Para atender ao crescimento demográfico da região, este projeto necessitaria de algumas adequações. Porém é uma alternativa bastante vantajosa sob o ponto de vista técnico, ambiental e econômico para o poder público", avalia Saporiti, pois permitiria antecipar o início das obras.
A proposta é que, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) ou por delegação ao governo do estado, sejam equacionadas rapidamente as questões relacionadas à engenharia financeira para já licitar as obras dessa primeira etapa, entre Blumenau e Indaial. Em quase toda a extensão desse trecho projetado estão incluídas vias marginais, com duas faixas de tráfego, canteiro, passeio e ciclovia, além da construção de dezesseis passagens inferiores, dez passarelas para pedestres, cinco pontes, cinco interseções rodoviárias, remanejamento de redes de serviços públicos e implantação de quatro tanques de contenção para armazenamento em caso de acidentes de cargas perigosas.
A estimativa de investimentos para a segunda fase de obras é de R$ 191 milhões, valor bastante inferior em função das características diferentes das observadas no primeiro trecho com relação ao tipo de terreno, obras de arte, desapropriações e remanejamento de serviços públicos, como redes de gás e energia.
O objetivo da reunião com os parlamentares é iniciar uma mobilização pelas rodovias para que, envolvendo toda a sociedade, as obras virem realidade.
A elaboração do estudo sobre a BR 470 atende à solicitação feita pelos empresários do Vale do Itajaí, que estão preocupados com a questão da mobilidade na via, um debate que se arrasta há muitos anos. A BR-470 liga o interior de Santa Catarina aos portos de Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul, Imbituba e Itapoá, com 358,9 quilômetros.
A análise da BR 470, a exemplo dos estudos sobre a BR 101, conta com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e foi realizada pelo engenheiro Ricardo Saporiti.
texto: Elmar Meurer - Assessoria de Imprensa do Sistema Fiesc
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