Windson Prado
O Restaurante Popular de Joinville realizou nessa semana uma programação especial em alusão ao Dia Mundial da Alimentação, comemorado na quinta-feira (16). Para marcar a data, a direção junto a Secretaria de Ação Social da prefeitura programou diversos cursos voltados à culinária.
Na segunda-feira (13), o curso foi de alimentação saudável para o idoso, com aulas teóricas e práticas. Na terça-feira o tema foi receitas econômicas, na quarta-feira, alimentação para gestantes e na quinta e sexta-feiras o tema será receitas econômicas e alimentação saudável da criança, respectivamente.
A direção do restaurante procurou envolver os frequentadores nos cursos. “Além dos cursos, uma equipe de técnicos em enfermagem está fazendo a medição da pressão e verificação dos sinais vitais para fornecer informações sobre obesidade e alimentação saudável de quem passa pelo local”, lembrou a diretora técnica do Restaurante Popular, Fernanda Jurgensen.
O Restaurante Popular de Joinville completou nessa semana seis meses de funcionamento. Inaugurado às pressas pela prefeitura no dia 11 de abril, na ocasião o local foi entregue à comunidade sem que alguns equipamentos fossem devidamente instalados, o que fez com que o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, cancelasse sua presença. Agora, finalmente a estrutura foi finalizada.
O prédio foi construído com investimentos do governo federal em parceria com a prefeitura de Joinville - que após atrasar as obras por diversas vezes - decidiu inaugurar o restaurante no dia em que o então secretario de Ação Social Mauricio Peixer deixava o cargo para concorrer a uma cadeira na Câmara de Vereadores. A inauguração às pressas comprometeu o atendimento, que previa servir 1.000 refeições diárias, mas devido à falta de estrutura limitou-se a apenas trezentas refeições.
Agora tudo está funcionando adequadamente. Foram instalados ar condicionado, as telas nas janelas e realizadas algumas melhorias no sistema elétrico. O tempo passou e o grande número de usuários mostra que o restaurante caiu literalmente no gosto popular. Prova disso são as constantes filas, que ainda se formam ainda no meio da manhã.
Mas nem tudo é filé mignon
A meta de atingir 1000 refeições diárias ainda não foi atingida. Isso porque a prefeitura não repassa a verba necessária para atender a toda essa demanda. Por isso o atendimento está restrito a 650 refeições diárias como explica a gerente do RP, Fernanda Jurgensen. “Já servimos nesse período quase 60 mil refeições. Quando começou o projeto nós não sabíamos como seria a receptividade do público. Hoje nós recebemos da prefeitura R$ 43 mil por mês, com isso não conseguimos disponibilizar mais de 650 refeições diárias. Se tivéssemos uma verba maior, poderíamos ampliar o nosso horário de atendimento, para assim servir as 1000 refeições, constadas em nossa meta, público a gente teria, só falta a prefeitura aumentar a verba”, revela.
Expansão
A diretora vai além e diz que já nas primeiras horas da manhã a fila na porta do restaurante se inicia. “Às nove horas já tem gente aqui esperando para almoçar. Começamos a servir as refeições apenas às 11 horas, e continuamos até às 14 horas. Se tivéssemos mais recursos, poderíamos ampliar esse horário, e assim servir mais refeições. Nossa cozinha é equipada para atender a 4 mil refeições. Com isso, poderíamos até ampliar nosso projeto e instalar refeitórios populares em pontos estratégicos da cidade. Assim poderíamos ampliar o projeto de combate à fome”, anuncia, informando que a direção vai trabalhar para pressionar a prefeitura a aumentar o repasse até o final do ano.
Quem almoça no Popular?
Aqueles que pensam que o Restaurante Popular atende apenas as classes D e E está muito enganado. De acordo com a direção do restaurante, não existe uma distinção de público. Ao contrário, a diversidade impera no Popular.
Público - Trabalho
Trabalhadores formais 32%
Trabalhadores informais 27%
Desempregados 10%
Não trabalha 8%
Aposentado 23%
Renda
Mais de três salários mínimos 2%
De um a três salários mínimos 31%
Até um salário mínimo 49%
Não tem renda 18%
Idade
Até 15 anos 4%
De 16 a 30 anos 22%
De 31 a 40 anos 19%
De 41 a 50 anos 20%
De 51 a 60 anos 18%
Mais de 61 anos 17%
Escolaridade
Até a quarta série 25%
De quinta a oitava série 32%
Ensino médio e superior 39%
Não alfabetizado 2%
Não opinaram 2%
Sexo
Mulher 64%
Homem 36%
Diante desses índices, a diretora Fernanda Jurgensen (foto) do Restaurante Popular alega que o projeto está sendo um sucesso. “Eu já estou nesse projeto há 4 anos, viajei por diversos locais para conhecer os melhores RPs do Brasil. Confesso que o de Joinville é um dos mais bonitos e funcionais. A cidade só tem a ganhar com esse projeto.
2 comentários:
É uma lástima que a Prefeitura não faz a sua parte....
Esse é o Tebaldi e a triplice aliança.....
Pra mudar!! Vote 13!!!!!
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