terça-feira, 1 de junho de 2010
Caça-níqueis apreendidos se transformam em benefícios
Texto: Renato César Ribeiro
Foto: Ronaldo Cândido
Na noite de ontem, segunda-feira, 31 de maio, a Polícia Militar apreendeu 18 máquinas caça-níqueis. O grande diferencial é que esses aparelhos que, antes, serviam à contravenção penal, agora, se tornarão instrumentos para o bem da comunidade. Quem faz o serviço de aproveitar as peças para montar computadores é o Instituto Dual, localizado na rua Brigada Lopes, 153, no bairro Glória.
O mais recente "carregamento" de computadores montados pelo Instituto Dual tem como destino a Promotur, a Fundação Turística do Governo Municipal de Joinville. Este é o chamado projeto Caça-Níquel em que, graças a um acordo com o Poder Judiciário, em que a polícia apreende as máquinas e um funcionário do Instituto busca-os e leva-os ao depósito.
"A busca e a guarda são nossa responsabilidade", diz o presidente do Instituto Dual, Marcos Stolf. A entidade tira as peças dos caça-níqueis, mistura e monta novos computadores. "Se dá um destino ao que não tem utilidade", complementa. Normalmente, eles conseguem utilizar a fonte e o monitor, entre outras peças. "O problema é que muitos destes têm uma configuração medíocre", opina.
"Talvez, no Brasil, Joinville seja o único que dê o destino correto a 100% do que é recolhido", avalia Stolf. Eles armazenam todas as peças e doam à comunidade. "Temos também a liberdade de vender para particulares, mas, normalmente, doamos para instituições, escolas, associações de bairros e pessoas necessitadas", diz.
O Instituto Dual que tem assumido os custos junto com um pouco do empresariado, a ajuda do Judiciário e alguma coisa com a venda de sucata. Recentemente, Garuva fez uma encomenda de 120 computadores. Algumas das peças vão para a polícia também. Atualmente, a entidade tem recebido doações de móveis também. "A polícia recolhe tudo e nós buscamos", fala.
Depósito de Descartes Digitais
O Depósito de Descartes Digitais (DDD) recebe o chamado lixo digital, ou seja, produtos eletrônicos que iriam para o lixo são depositados. "O que normalmente ia para o matagal pode ser entregue aqui 24 horas por dia", revela o presidente do Instituto Dual, Marcos Stolf. Para ele, a grande sacada foi essa facilidade.
Esses materiais têm o mesmo destino dos caça-níqueis. "Se estiver funcionando, vendemos ou doamos, mas se não, existem empresas catalogadas conosco que dão o destino correto", cita Stolf. Ele comentou também que alguém que conserta esses aparelhos pode atuar como voluntário se quiser.
Além disso, Stolf está tentando fazer uma parceria com o Serviço Nacional da Indústria (Senai) para os estagiários aproveitarem essas peças.
Máquinas caça-níqueis apreendias no bairro Santa Catarina
Ontem à noite, segunda-feira, dia 31 de maio de 2010, uma equipe do P2 da Polícia Militar realizava o monitoramento de uma residência na Rua Jasmim no Bairro Santa Catarina onde havia suspeitas de exploração de jogos de azar. Por volta das 22 horas notaram uma movimentação de pessoas, procedendo com a abordagem do local.
As suspeitas foram confirmadas, pois no local foram encontradas 18 máquinas caça-níqueis, sendo 17 delas em funcionamento e uma com defeito, sendo que todas foram abertas e continham R$ 960,00 em seus interiores.
Além das máquinas, foram apreendidas no local 10 cadeiras almofadadas, 12 cadeiras plásticas, uma geladeira, um condicionador de ar, três suportes para máquinas caça-níquel e um molho de chaves que serviam para abrir as máquinas.
Todo o material foi recolhido pelo Instituto Dual de Educação. Foi lavrado um termo circunstanciado em desfavor dos responsáveis pelo local, um homem de 40 anos e uma mulher de 21 anos, pela exploração de jogos de azar.
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