quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Peça destaca drama e ironia de escritor brasileiro

Gisele Krama
giselekrama@gazetadejoinville.com.br

As obras do poeta, escritor, contista e dramaturgo Álvares de Azevedo ganham vida na peça “A lua é sempre a mesma” encenada pela companhia Atos, de Joinville. A força do drama, misturada com a linguagem poética, e o figurino épico foram levados ao público numa viagem pelos contos do escritor no galpão da Ajote (Associação Joinvilense de Teatro), na Cidadela Cultural Antárctica.

Além de flores secas, que marcam a divisão entre o público e a área cênica, as luzes de lamparina e um caixão davam o tom fúnebre para o espetáculo.

São aproximadamente uma hora e meia de espetáculo vivido pelos atores Eliane Ramin e Hélio Costa, que fazem renascer nomes inesquecíveis como Macário, personagem de um rapaz que viaja em estudos e numa destas paradas tem uma conversa com Satã.

Esta é a quarta peça da Companhia Atos Teatro, pertencente ao projeto Dramaturgia de Autores Brasileiros do Século XIX. Eliani participa do projeto há quase cinco anos. Já foram apresentados também Machado de Assis, Manoel de Macedo e João do Rio.

O diretor é o carioca Rubens Lima Junior, com assistência da diretora e atriz Ângela Finardi. O cenário foi concebido por Augusto Pessoa e as músicas foram feitas por Chiquinho Rosa.

A estreia


Para Hélio Costa, esta foi a sua grande estreia. Ele chegou a participar por dois anos da Companhia de Teatro e Repertório da Univille, mas agora segue no teatro profissional.

“Foi uma estréia nervosa. A emoção de estar no palco”, explica o ator. Conforme ele, a maior dificuldade foi decorar o texto. “O Álvaro mexe com questões minhas”, diz.

Uma das cenas que mais impressionou o ator foi a que o Macário sonhou que ia para o inferno e quando acorda descreve a viagem. Esta cena foi cortada da peça.

Apresentações


A primeira apresentação da peça foi realizada no último sábado (12), no galpão da Ajote, localizado na Cidadela Cultural Antárctica. Mas os espetáculos continuaram na quinta-feira (17), voltadas para professores e com debate ao final da peça. Também houve apresentações nos dias 18, 19 e 20.

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