A indústria catarinense ampliou sua participação no Produto Interno Bruto estadual de 32,8% para 35,7% entre 2003 e 2007 (último dado disponível). Essa é uma das informações da publicação SC em Dados, que será lançada pela Federação das Indústrias (FIESC) durante o Encontro Catarinense da Indústria, que se inicia nesta quarta-feira, em Florianópolis.
"Esse crescimento é resultado do avanço da construção civil e do segmento de produção e distribuição de energia, gás, água, esgoto e limpeza urbana", explica o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma.
A publicação mostra também que Santa Catarina possui o segundo maior PIB industrial per capita do Brasil (R$ 5.560,00), atrás apenas de São Paulo (R$ 5.652,00). "São dados que mostram a importância do setor para a economia catarinense e para a melhoria dos índices sociais do estado, também destacados no anuário", diz Quaresma.
Santa Catarina possui a menor taxa de pobreza absoluta do país, que é de 11,5%, contra média nacional de 28,8%. "Mas a indústria pode fazer mais pelo desenvolvimento do estado, se o ambiente para os negócios for mais favorável, resolvendo questões que fogem ao controle direto do setor empresarial, como a questão da infraestrutrua e da carga tributária, por exemplo", acrescenta.
Esses aspectos serão discutidos com os candidatos ao governo do estado na sexta-feira (17) e durante os workshops do Encontro. Entre os destaques da programação desta quinta-feira estão as palestras gratuitas de Nuno Cobra (qualidade de vida no mundo contemporâneo), de Ethevaldo Siqueira (Grandes tendências e perspectivas da tecnologia para 2015) e do vice-presidente de marketing do Santander, Fernando Martins. Em paralelo aos workshops e palestras, é realizada a Feira de Infraestrutura e Soluções para a Indústria.
O Santa Catarina em Dados, além de ter a versão impressa, estará disponível para download, de forma gratuita, no portal FIESCnet (fiescnet.com.br), no menu publicações, a partir de sexta-feira.
A participação dos diversos setores na indústria do estado é outra informação contemplada no anuário. O SC em Dados traz os últimos dados disponíveis (2008), evidenciando que o segmento alimentar, com 17,3%, continua sendo o que tem o maior peso, seguido por máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,8%), mas perdeu participação no valor da transformação industrial do estado. Em 2004, o segmento era responsável por 23,7% do total.
Outra mudança na economia do estado que fica clara na publicação é a redução da participação do mercado externo no destino das vendas das maiores indústrias catarinenses, que em 2009 era de 19%, enquanto em 2004 era de 30%. Setores fortemente exportadores influenciam esta estatística: as maiores empresas do segmento de madeira exportavam 75% da produção em 2004 e fecharam 2009 com 55%. As principais fabricantes de móveis reduziram a participação do mercado externo de 82% para 31% e as do setor alimentar de 52% para 28%.
A transformação de Santa Catarina de um estado superavitário na balança comercial (US$ 3,4 bilhões em 2005) para deficitário (US$ 859 milhões em 2009) também está registrada na publicação. "A conjuntura internacional de crise, o câmbio valorizado e o estímulo fiscal para a importação por meio dos portos catarinenses influenciam essas estatísticas", diz Quaresma.
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