A sua voz

Há exatos cinco anos o jornal Gazeta de Joinville voltou a circular. Fundado em 1871, a Gazeta de Joinville foi o primeiro jornal em língua portuguesa na cidade que se comunicava através de periódicos escritos em alemão.

Nasceu no século XIX e por décadas acompanhou gerações de joinvilenses. Retratou a cidade que tornar-se ia uma das mais prósperas e importantes do país. A nova Gazeta, que retornou em 15 de dezembro de 2004, veio com uma missão clara: informar com isenção. Ser a voz de muitos, que não tinham voz na cidade. A indústria da comunicação sempre trabalhou com um modelo vertical: alguns poucos escreviam e falavam para muitos que apenas ouviam, liam ou assistiam. A Gazeta passou a mostrar o que outros meios de comunicação escondiam. A nossa independência financeira em relação ao Estado mostrou-se fundamental para que pudéssemos fiscalizar e informar com isenção.

Um jornal independente custa caro, nos dois sentidos. Tanto para mantê-lo financeiramente, quanto pelos percalços que surgem ao se contrariar grupos de poder. Em 2006 a sede da Gazeta foi cercada pela polícia do governador e até crianças foram revistadas. Em outro episódio, capangas de políticos acusados de corrupção perseguiram entregadores e seqüestraram jornais nas ruas. Não podendo “comprar” nossa anuência, apelaram para todo tipo de intimidação. Mas, parafraseando o presidente Lula, nunca antes nesta cidade um veículo de comunicação deu voz a tantos que nunca tiveram voz.

É a nossa voz a serviço da informação e da democracia. É a sua voz, assinantes e leitores da Gazeta de Joinville.