Endividado com as compras parceladas nas datas comemorativas e nos feriados prolongados, o consumidor ainda está enfrentando problemas na hora de pagar suas dívidas. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor aponta alta de 1,6% em setembro, na comparação com o mês anterior, representando crescimento seguido desde maio deste ano e a maior alta para o mês de setembro desde 2000, quando foi criado o indicador.
Na avaliação anual – setembro em relação ao mesmo mês do ano passado –, a inadimplência do consumidor cresceu 15,3%, representando o maior resultado desde março de 2009, quando o país passava pela crise financeira global. Na análise dos acumulados – janeiro a setembro de 2010/2009 –, o indicador apresentou alta de 1,8%, a segunda variação positiva entre os acumulados desde janeiro deste ano.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a inadimplência do consumidor continua ganhando força na mesma direção do endividamento, porém a evolução da renda e do emprego formal tem ajudado a evitar um crescimento acelerado do índice. A perspectiva é de que a inadimplência sofra pressões em outubro, por causa do Dia das Crianças. Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, divulgado no último dia 13, foi a melhor data para o comércio em 2010 até agora, com crescimento de 12,0% nas vendas.
Pelo sétimo mês consecutivo, a inadimplência com cartões de crédito e financeiras registra alta. Na decomposição do indicador, essa modalidade puxou o crescimento do índice, contribuindo com 2,5% no resultado. As dívidas com os bancos apresentaram uma ligeira alta (0,2%), contribuindo com apenas 0,1% no indicador. Já os títulos protestados e os cheques sem fundos registraram queda e acabaram contribuindo negativamente com 0,2% e 0,8%, respectivamente.
Cresce valor das dívidas com cheques sem fundos
De janeiro a setembro de 2010, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor médio das dívidas com cheques sem fundos teve alta de 29,1%. Os títulos protestados e cartões de crédito e financeiras também apresentaram crescimento de 6,9% e 4,9%, respectivamente. Já as dívidas com os bancos registraram queda de 1,6%, e foram a única modalidade de inadimplência com variação negativa.
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