O Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito do Consumidor recuou 0,4% no terceiro trimestre de 2010, atingindo o valor de 80,0. Este indicador avalia, numa escala de 0 a 100, a qualidade de crédito do consumidor – quanto maior, melhor a qualidade de crédito e, portanto, menor é a probabilidade de inadimplência, caso este consumidor venha a requerer crédito.
O recuo do terceiro trimestre, segundo os economistas da Serasa Experian, é justificado pelo aumento do endividamento dos consumidores, estimulados pelas condições de crédito favoráveis (juros competitivos e prazos mais longos) e pelos níveis elevados de confiança. Tal evolução do endividamento não foi acompanhada, na mesma proporção, pelos incrementos observados na capacidade de pagamento, determinada pela expansão do emprego e do rendimento real. Este fato contribuiu para a redução da qualidade de crédito do consumidor (aumento do risco de inadimplência), verificado no terceiro trimestre de 2010.
Vale a pena notar que, apesar do recuo detectado no terceiro trimestre, o Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito do Consumidor permanece em níveis significativamente superiores aos registrados durante o segundo semestre de 2009, período em que os impactos defasados da mini-recessão brasileira ainda ocasionavam patamares mais elevados de risco de inadimplemento por parte dos consumidores.
Análise por Rendimento Pessoal Mensal
Na classificação por rendimento mensal, os maiores recuos na qualidade de crédito durante o terceiro trimestre de 2010 foram observados nos consumidores dos extratos superiores de rendimento mensal: entre R$ 5.000 e R$ 10.000 (-0,8%) e mais de R$ 10.000 (-0,5%).
Todavia, mesmo tendo registrado as maiores quedas, as faixas de rendimento mais elevado continuam apresentando níveis maiores em termos de qualidade de credito. Com efeito, a classe que ganha até R$ 500 por mês é a que possui o menor índice de qualidade de crédito (75,4). No outro extremo, a classe acima de R$ 10 mil registra o melhor indicador, 93,5, seguida pela classe de renda de R$ 5 mil a 10 mil (92,1). Ou seja, a qualidade de crédito do consumidor tende a ser positivamente correlacionada com a sua renda.
Análise Regional
Na análise regional, verifica-se que as regiões Sul e Sudeste são as únicas a se situarem acima da média nacional (80,0), em termos de qualidade de crédito dos seus consumidores, registrando as marcas de 84,8 e 80,4, respectivamente. Em seguida temos a região Centro-Oeste, com 78,6, praticamente empatado com a Nordeste (78,4). E, por fim, aparece a Região Norte com 76,4.
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