terça-feira, 24 de novembro de 2009

Desmatamento causa transtorno no bairro Atiradores

Moradores da Rua Jacob Eisenhut, no bairro Atiradores, reclamam do corte de árvores em um terreno nos fundos da via. No local será construído um prédio residencial. Por outro lado, a empresa responsável pela obra, Construtora e Incorporadora Correia, diz possuir as licenças necessárias para o desmatamento.

Valdemar Ferreira, morador de um prédio vizinho do terreno, destaca que é lamentável tirarem a mata que fica atrás de sua casa, mas entende que não pode fazer nada. Logo pela manhã, ele verificou o que estava acontecendo e viu a autorização.

Já Karla Marquardt, também moradora, lamenta e afirma que é um crime o que estão fazendo. Ela fica inconformada com a perda da bela vista e o ar fresco que vinha pela janela de seu prédio.

O gerente comercial da Correia, André Rossi, admite que esperava as reclamações de moradores. Mas deixa claro que a Fundema (Fundação do Meio Ambiente) autorizou e não há nenhuma restrição. Ele explica que o terreno possui 4.180 metros quadrados e eles estão usando 30% dessa área. Ou seja, 70% vão continuar preservados.

O engenheiro responsável pelo licenciamento ambiental, Rodrigo Luis da Rosa, diz que para compensar o desmatamento, a empresa comprou uma área de 2,5 mil metros quadrados para preservar. O local fica situado no bairro Vila Nova.

Ele acrescenta ainda que o empreendedor cortou árvores, mas fez a compensação. O engenheiro explica que houve a reposição florestal, ou seja, a empresa investiu R$ 24 mil em mudas de árvores nativas para o programa S.O.S Nascentes, da Fundema. A quantidade é equivalente ao que foi cortada.

Devido há muitas ligações denunciando o corte, a Fundema enviou fiscais e técnicos nos locais nesta terça-feira (24). Segundo Laércio Copeanski, coordenador de fiscalização da fundação, os servidores foram até o local, mas no momento está tudo correto, pois “eles têm a licença”.

2 comentários:

Gilberto disse...

É gozado, a maioria dos moradores q. reclamam tiveram q. desmatar para estar onde moram, o Edificio Luxemburgo foi construido na cota 65, o empreendedor vai preservar 70% do seu imóvel e compensar o que desmatou. Parece que o ranço é porque o prédio não é da Momento.

Anne disse...

Claro que na época em que os moradores atuais construiram e desmataram, não havia necessidade de solicitar uma licenca. Hoje em dia, acham que qualquer corte de árvore é crime ambiental, mas havendo a licença (que é liberada após estudo criterioso.. qtdes.. espécies..) o corte está liberado. Se pensarmos que ninguem mais pode desmatar, a cidade pára.
Sugiro aos que passarão mais calor pelo corte de 30% no terreno da obra em questão que plantem em SEU TERRENO algumas árvores... cada um fazendo a sua parte!!!!