Por Gisele Krama
giselekrama@gazetadejoinville.com.br
A chegada do carnaval - festa em que os foliões ganham as ruas e complicam o trânsito - exige uma série de cuidados com crianças na hora de curtir os shows, os desfiles e a praia. Até Joinville terá carnaval pelo segundo ano consecutivo, depois de algum tempo sem a festa, e com eventos confirmados para os dias 12 e 13 de fevereiro. Por isso, a ONG (Organização Não-Governamental) Criança Segura alerta para os perigos e os cuidados para não causar acidentes com os pequenos.
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A chegada do carnaval - festa em que os foliões ganham as ruas e complicam o trânsito - exige uma série de cuidados com crianças na hora de curtir os shows, os desfiles e a praia. Até Joinville terá carnaval pelo segundo ano consecutivo, depois de algum tempo sem a festa, e com eventos confirmados para os dias 12 e 13 de fevereiro. Por isso, a ONG (Organização Não-Governamental) Criança Segura alerta para os perigos e os cuidados para não causar acidentes com os pequenos.
O primeiro item que os pais devem tomar cuidado, mesmo antes de sair de casa, é com a fantasia da criança. Em Joinville, o carnaval terá concurso infantil de fantasia. Então fique alerta para as dicas:
As roupas devem ser de algodão, leves, arejadas e fáceis de vestir. Se a criança for menor do que três anos, a fantasia não deve ter adereços soltos, como cintos e cordões. Nada de acessórios pontiagudos ou que sejam cortantes.
Esqueça as lantejoulas. Eles podem se desprender e causar sufocações nas crianças.
Na hora de fazer a maquiagem, os pais devem tomar muito cuidado. Para fazer a pintura no rosto devem ser usados produtos para o público infantil, com antialérgicos e atóxicos, para evitar irritações.
Pais devem ter cuidado com praias
Precauções devem ser tomadas se a família for passar o carnaval na praia. O principal risco é com afogamento. No Brasil, em 2005, quase 1,5 mil crianças morreram por afogamentos. Os perigos com a água não estão somente no mar ou nos rios. Os pais também devem estar alerta para risco de afogamento em piscinas, cisternas e até em baldes ou banheiras.
Seguem algumas dicas para o mar:
As crianças nunca devem nadar sozinhas, sempre acompanhadas e com colete salva-vidas.
Devem ser verificada as condições da água e as placas com aviso de segurança.
Não deixar as crianças brincar de empurrar na água ou simular afogamento.
Cuidados em casa:
Esvaziar baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso.
A tampa do vaso sanitário deve ficar fechada sempre ou lacrada com dispositivo e segurança.
Manter cisternas e poços domésticos com alguma proteção.
As piscinas devem ficar protegidas com cerca de no mínimo 1,5 m e que não possam ser escaladas pelos pequenos. As capas de piscina dão proteção, mas não eliminam o risco de acidentes.
Bóias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança.
Acidentes com crianças são casos de saúde pública
Atualmente, os acidentes são a principal causa de morte entre crianças de 1 até 14 anos, aproximadamente seis mil por ano. Além disto, outros 140 mil são hospitalizados.
O Ministério da Saúde alerta que as lesões contra crianças já são consideradas questão de saúde pública. Estimativas mostram que a cada morte de criança, outras quatro ficam com seqüelas permanentes. E o problema não termina aí. As crianças ainda ficam com problemas emocionais e, consequentemente, sociais e financeiros.
O SUS (Sistema Único de Saúde) gasta por ano R$ 63 milhões com tratamento de crianças acidentadas. No entanto, essa realidade poderia ser mudada, já que 90% dos acidentes podem ser evitados.
No mundo a situação não é muito diferente. A Organização Mundial de Saúde divulgou um dado de que somente em 1998, 5,8 milhões de pessoas morreram vítimas de trauma. São quase 100 mortes por 100 mil habitantes. Deste número, 800 mil mortos estavam na faixa de 0 a 14 anos. Além de que 50 milhões de crianças ficaram com seqüelas.
Maior risco é com o trânsito
O trânsito é fator de risco e causa muitos acidentes contra crianças. Somente em 2007, mais de dois mil infantes morreram no trânsito. Aproximadamente 40% do total de crianças mortas. Por isso, alguns cuidados são essenciais para manter a segurança do filho.
Se a família for aproveitar o feriado para viajar, deve transportar as crianças com equipamentos de segurança, como bebê conforto ou cadeirinhas. Estudos mostram que as cadeiras de segurança para infantes reduzem o risco de morte em 71% no caso de acidentes. O uso deste equipamento não deve ser feito somente nas rodovias, mas também no trânsito das cidades.
Os atropelamentos também são comuns na época de carnaval porque as festas são realizadas na rua. No meio do aglomero de pessoas, as crianças podem se afastar e vão para as ruas com tráfego normal de veículos. Os atropelamentos são causadores de 44% das mortes infantis.
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