quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Zilda Arns não teve o corpo soterrado

Atualizado em 14/01 às 14h06

Em nota divulgada nesta quinta-feira, a Pastoral da Criança informa que o corpo da médica pediatra Zilda Arns, que morreu durante o terremoto de 7 graus de magnitude que atingiu o Haiti na terça-feira, está na base do Exército brasileiro no Haiti.

A liberação e transferência do corpo para o Brasil dependia de um documento, que está sendo providenciado pela família da vítima. Segundo a nota, o senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, relatou as circunstâncias da morte da médica:

"A Dra. Zilda estava em uma igreja, onde proferiu uma palestra para cerca de 150 pessoas. Ela já tinha acabado seu discurso e estava conversando com um sacerdote, que queria mais informações sobre o trabalho da Pastoral da Criança. De repente, começou o tremor. O padre que estava conversando com ela, deu um passo para o lado e a Dra. Zilda recuou um passo e foi atingida diretamente na cabeça, quando o teto desabou. Ela morreu na hora.A Dra. Zilda não ficou soterrada. O resto do corpo não sofreu ferimentos, somente a cabeça foi atingida."

O sacerdote que conversava com ela sobreviveu. Outros quinze sacerdotes que estavam próximos a ela faleceram, informa a nota da Pastoral da Criança.

Nota de tristeza

O UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) enviou nesta quarta-feira (13) uma nota de tristeza pela morte da médica Zilda Arns. A catarinense, de Forquilinha, morreu na terça-feira no Haiti por causa de um terremoto que assolou o país.

A carreira de Zilda foi marcada pela luta em defesa da saúde das crianças. A UNICEF destaca que o propósito de médica era dar uma vida de abundância e qualidade para as crianças.

Zilda se formou no curso de medicina, em Curitiba. Ela é médica pediatra e sanitarista. Por causa disto, foi consultora por muitos anos do UNICEF.

“O seu trabalho espalhou-se por vários países através do mundo, especialmente na África, América do Sul e Ásia, em benefício das parcelas da população mais fragilizadas pela pobreza”, diz a nota.

3 comentários:

Francis disse...

Uma perda irreparável, estou muito triste. Descanse em paz Dr. Zilda.

Anônimo disse...

Jornal de circulação nacional diz que ela morreu enquanto discursava em igreja para religiosos.
A igreja desabou.

Anônimo disse...

Dela eu queria é o salário.
Quanto será que ela ganhava?