terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Deputados de SC participam da farra das passagens aéreas

Mais dois deputados federais de Santa Catarina participaram do esquema de vendas de passagens aéreas. Além do envolvimento do deputado licenciado e secretário estadual da educação, Paulo Bauer (PSDB), e de seu substituto Acélio Casagrande (PMDB), também está envolvido no esquema João Pizzolati (PP), irmão do secretário de Infraestrutura de Joinville, Ariel Pizzolati, escolhido pelo prefeito Carlito Merss (PT) para assumir a pasta.

Carlos Henrique Carvalho Alves, funcionário de João Pizzolati, será investigado por usar seu cargo na Câmara em proveito pessoal. Nem Pizzolati e o funcionário querem falar com a imprensa sobre o assunto.

Já Acélio Casagrande e Paulo Bauer dividem o mesmo fardo. Ambos serão investigados por ter um funcionário em comum: João José dos Santos. Outro servidor de Paulo Bauer, José Cláudio da Silva Antunes, confessou que vendeu a sobra da cota de passagens do deputado, em 2008. Ele diz que fez tudo a mando do chefe de gabinete João José dos Santos. Mas João se exime de culpa e afirma que a venda foi determinada por Bauer.

Em conversa gravado por um funcionário, Bauer diz que manteve controle dos créditos de passagens aéreas mesmo depois de deixar o cargo, em fevereiro de 2007, e que tentou fazer negociação de sua cota. O atual secretário da Educação de Santa Catarina chega a afirmar que autorizou seu chefe de gabinete a avaliar o processo de vendas de passagem. Nesta conversa foi desmantelado ainda o esquema em que o deputado mantinha um funcionário fantasma. O salário era repassado ao seu amigo e aliado político Fábio Dalonso.

Paulo Bauer afirma que as gravações não merecem créditos, mesmo quando ele afirma vender as passagens e ter funcionários fantasmas “A gravação foi feita sem que eu conhecesse da sua prática. Já Acélio Casagrande também diz que nunca contratou funcionários fantasmas. “Trabalhar mais. Isso é o que eu disse na gravação” explica.

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