quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Chuvas isolam o Morro do Meio e causam prejuízos a moradores

Dinilson Vieira
dinilson@gazetadejoinville.com.br

As fortes chuvas da noite de quarta-feira e madrugada desta quinta (14) isolaram o Morro do Meio no acesso ao bairro através da rua Minas Gerais. As chuvas também alagaram residências, causando prejuízos a moradores. Os rios Águas Vermelhas e Lagoinha transbordaram na divisa com o bairro Nova Brasília, e as águas avançaram sobre plantações de arrroz e a rua Minas Gerais, formando uma imensa lagoa. O isolamento do bairro coloca em xeque o planto de contenção a cheias colocado em prática em 2009 pela Prefeitura, que previa, entre outras ações, o desassoreamento e limpeza de rios na cidade.

Na manhã desta quinta-feira, apenas motoristas de caminhões e ônibus se arriscavam em atravessar o local atingido na Minas Gerais. Ambulâncias, viaturas policiais, da Defesa Civil e outros veículos desistiam da travessia. A opção para alcançar o Morro do Meio passou a ser pelo bairro Vila Nova, através da rua XV de Novembro, Rodovia do Arroz e Estrada Barbante, onde os motoristas também enfrentavam pontos de alagamento.

Ex-morador do bairro, José Luiz da Silva foi obrigado a interromper a ida de motocicleta ao Morro do Meio ao se defrontar com o ponto alagado na Minas Gerais. “Morei no bairro durante 20 anos e decidi me mudar porque não agüentava mais essa coisa de ficar isolado na temporada de chuvas. As autoridades nunca deram uma solução para o problema”, declarou José Luia.

Já o “ainda” morador do Morro do Meio Jair Costa também estava indignado. Sem conseguir chegar em casa de carro pela Minas Gerais, disse que iria prolongar a viagem pela Vila Nova, mas já com ideia de colocar o imóvel a venda. “Não quero mais ficar no bairro”, disse ele.

Dezenas de residências próximas das margens do rio Lagoinha, dentro do Morro do Meio, foram alagadas e as águas não baixavam, mesmo com o aparecimento do sol. A família da casa 88 da rua Antonio Alves perdeu todos os móveis de madeira. “Alugamos a casa há oito meses e não sabíamos que o bairro enchia desse jeito”, disse Silvio Fagundes, acrescentando que a Secretaria de Assistência Social mandou um representante para verificar a situação, mas que nenhuma providência havia sido tomada.

A água ainda invadiu residências das ruas Amanda Goll e João Leuschner. Precavida, a dona de casa Maria de Lourdes da Silva tratou de elevar sua residência em um metro no ano passado. “Cansei de ver minha casa sempre cheia nessa época”, declarou ela.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parem com a demagogia. Constroem dentro dos rios e não querem enchentes? Quem poderá nos salvar? Para o Gazeta deve ser o santo Kennedy.