quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Moradores de Joinville voltam ao pesadelo das enchentes

Por Jacson de Almeida
jacson@gazetadejoinville.com.br

Pouco mais de um ano depois das cheias que aterrorizam Santa Catarina, em novembro de 2008, que ainda permanecem como uma lembrança ruim para milhares de pessoas, a realidade joinvilense volta a ser delicada para a população de diversos bairros. Bastou uma hora de chuva forte, na última quarta-feira (13), para que famílias ficassem desabrigadas. Para piorar a situação, diversas ruas ficaram embaixo d’água e foram localizados vários pontos de deslizamentos de terra.

Vila Nova

No bairro Vila Nova, 30 casas foram atingidas. Moradores das ruas laterais da via Bento T. da Rocha passaram a noite com medo. Isso porque a água tomou conta somente da rua e de alguns terrenos. Mas não chegou a invadir as casas.

A rua Augusto de Eccel foi a mais atingida. O morador Ervelino Wernlich conta que em 2008 teve a casa alagada e agora quando viu que iria chover tratou de colocar todos os móveis no alto. No final da via passa o rio, que atualmente não dá para saber quando começa, pois a água tomou conta de toda a rua. Ervelino diz que a prefeitura teve limpando o rio, mas não removeram todos os entulhos.

Na rua vizinha, chamada Leopoldo Beninca, é a mesma situação: 500 metros antes de terminar a via está tudo alagado. Moradores dizem que à noite a água estava quase entrando nas casas. O mesmo problema se repete na rua Manoel Maurício Filho.

Morro do Meio

No Morro do Meio mais de dez casas foram atingidas. As chuvas inundaram a Rua Minas Gerais, principal via de acesso ao bairro.

Jardim Sofia

O Kartódromo também foi atingido pela água. A rua Dorothovio Nascimento ficou totalmente alagada e os bombeiros tiveram que interditar. Logo depois, tudo voltou ao normal. No entanto, dez famílias terão que arcar com o custo de terem suas casas atingidas pela enchente.

São Marcos

Um pedaço de terra desbarrancou e invadiu a Rua Tupy, lateral da Ottokar Dörffel, no bairro São Marcos. Ninguém ficou ferido, mas uma residência pode ser prejudicada, pois fica à 3 metros do local da erosão.

Paranaguamirim

Vergílio Eolalio Cardoso Filho morava com sua esposa e mais seis filhos em uma residência na rua Elizabeth Rech, no bairro Paranaguamirim. Ele deitou-se para dormir como em todas as noites. Mas seu sono foi interrompido por volta da 1 hora, por seu filho, que assistia TV na sala. O motivo foi estalos que ouviu da residência.

Vergílio teve tempo de salvar todos os filhos e alguns móveis, o resto foi parar dentro do Rio Velho.

Dois irmãos dormiam no quarto que caiu no rio. A cozinha também desabou. A casa foi interditada e a família vai morar de favor. Segundo Vergílio, sua única esperança é a Secretaria de Habitação.

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