quinta-feira, 20 de maio de 2010

Hospitais de Joinville vão adotar protocolo de Classificação de Risco


Nesta quinta-feira, 20 de maio, um novo modelo de atendimento começa a vigorar nos hospitais de Joinvillle, assim como nos demais das regiões Norte e Nordeste de Santa Catarina. Isso baseado no Protocolo de Manchester. Com a adoção do Protocolo, os pacientes serão classificados de forma preliminar, conforme a gravidade do caso, antes do atendimento hospitalar.

Enfermeiros e técnicos de enfermagem farão uma pré-avaliação dos pacientes e os classificarão, conforme o Protocolo utilizado em âmbito mundial, de acordo com cinco cores. O vermelho indica necessidade de socorro imediato. Geralmente são pessoas com parada cardíaca, vítimas de acidentes graves ou com queimaduras profundas. Nestes casos, são prontamente atendidas por especialistas.

O laranja dá um prazo de cerca de 10 minutos para que o atendimento seja providenciado. O amarelo aponta ausência de risco. São pacientes com dores abdominais e convulsões, que podem ser atendidos em até uma hora.

O verde dá à equipe o prazo de duas horas para o atendimento e o azul é reservado às pessoas que não correm risco algum e que, se compreendessem a vocação terciária dos hospitais, deveriam procurar, a princípio, um Posto de Saúde. São casos de retirada de pontos, gripe sem febre, pedido de atestado médico, entre outros.

O sistema de classificação de risco já é adotado no Hospital Materno-Infantil Dr. Jeser Amarante Faria e, em menor escala, no Hospital Regional de Joinville. Em breve, passará a valer no Hospital Municipal São José e no PA Aventureiro. “Estamos implantando este Protocolo em Santa Catarina com base no sucesso desta experiência em outros países, como Reino Unido, Portugal, Espanha, Suécia, Holanda e Alemanha”, destaca o secretário Hess de Souza. “Nossa expectativa é que, a partir desta semana, os usuários já percebam os benefícios da mudança”, completa.

Com a implantação do Protocolo de Manchester, espera-se reduzir os índices de óbitos por causas indeterminadas, já que, a partir das Referências estabelecidas, os casos de Urgência e Emergência terão efetivamente prioridade no atendimento. Esta mudança também permite que a Saúde estadual avance na implantação da Rede de Atenção à Saúde (RAS), que vai definir, gradualmente, no âmbito de 23 municípios da macrorregião Nordeste e Planalto Norte, os pontos de atendimento que serão Referência para casos de traumas e urgências cardiovasculares, incluindo o AVC.

Neste sentido, estão sendo capacitados mais 80 profissionais de saúde, dos quais 19 passarão a ser multiplicadores do Curso, a partir de um processo supervisionado pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco. “Com isso, poderemos implantar esta metodologia nas demais regiões do Estado”, avalia o secretário Hess de Souza.

foto: Paulo Caetano

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