sexta-feira, 28 de maio de 2010

Servidores da Justiça Federal em greve


Os servidores da Justiça Federal estão em greve contra a possível aprovação de um projeto de lei (pl) no Congresso Nacional e a favor de um outro projeto. Através de paralisações diárias de duas horas, eles esperam mobilizar a população em favor de seus desejos. As duas unidades da Justiça Federal em Joinville na avenida Beira Rio, próximo à Câmara de Vereadores e ao Forum, e na rua do Príncipe, no Centro.

Eles são contra ao PL 549/2010 "porque este projeto acresce dispositivos à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) limitando despesas com pessoal e encargos sociais da União com obras, instalações e projetos de construção de novas sedes, ampliações ou reformas da administração pública, ou seja, congela os salários dos servidores públicos por dez anos, impede novos concursos para reposição de pessoal e reduz drasticamente os gastos com investimento na administração pública".

Há um papel sendo distribuído pelos grevistas que diz também que são a favor do PL 6.613/2009 porque ele "reajustará o salário dos servidores públicos do Poder Judiciário no intuito de amenizar a perda do poder aquisitivo dos últimos quatro anos sem aumento, tendo em vista que o último PCS (plano de cargos e salários) foi implantado em três anos a partir de 2006". Além disso, diminuiria a diferença entre os salários dos poderes Executivo e Legislativo.

O técnico judiciário da Vara de Execuções Fiscais, Jeison Leite, explica que a greve também é contra a antecipação do recesso no Congresso Nacional devido à Copa do Mundo. Isso porque a votação e a discussão do projeto desejado ficaria somente para depois das eleições.

De acordo com Jeison, a categoria não tem um reajuste nos salários desde 2006. No Brasil, a greve começou no dia 6 de maio e as regiões foram aderindo com o tempo. Em Joinville, a paralisação diária teve início no dia 18 de maio. Outra reclamação é que não existiria uma lei que regulamenta as greves dos servidores públicos da Justiça Federal. Assim, eles estão seguindo o que já existe para outras categorias mantendo 30% do serviços e atendendo casos urgentes.

A cada dia, o horário de paralisação muda. Nesta quinta-feira, o fato ocorreu das 13 às 15 horas. "Paramos em horários diferentes para abordar pessoas diferentes", disse Jeison.

Texto: Renato César Ribeiro
Foto: Ronaldo Candido

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