A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu novas ações relativas às infecções provocadas pela micobactéria* do tipo massiliense. As medidas determinadas pela Agência são:
1 – Os serviços de saúde de todo o país serão obrigados a notificar os casos de infecção provocados pelas micobactérias de crescimento rápido;
2 – O Ministério da Saúde vai estabelecer o Protocolo Terapêutico – medicamento adequado - para o atendimento aos casos de micobactérias;
3 – As micobactérias do tipo massiliense e abscesus serão incluídas na Portaria 15/88 do Ministério da Saúde que estabeleceu as normas para o registro de produtos esterilizantes;
4 – A Anvisa encomendou à Fundação Ezequiel Dias (Funed), laboratório de saúde pública de Minas Gerais, um estudo validado que identifique a eficácia do glutaraldeído na esterilização de instrumentos hospitalares, especificamente em relação a micobacatéria massiliense;
5 – Formação de uma força-tarefa, chefiada pelo diretor-presidente da Anvisa, com participação dos estados e municípios. Este grupo visitará todos os estados do país estabelecendo uma agenda de vistorias necessárias para conter e evitar o surgimento de novos casos nos serviços de saúde;
6 – Todas as informações sobre o panorama atual da micobactéria no Brasil, bem como as informações necessárias para orientação aos profissionais de saúde foram reunidos em um hotsite na página eletrônica da Anvisa;
Tais medidas estão de acordo com a constatação de que os casos de infecção têm ocorrido, primordialmente, em decorrência de falhas no processo de limpeza dos instrumentos cirúrgicos, além do não atendimento às normas de uso dos produtos esterilizantes.
* As micobactérias são bacilos finos, diferentes das demais bactérias em uma série de propriedades, muitas das quais estão relacionadas com a quantidade e tipos de lipídeos complexos que estes germes contêm na parede celular.
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