terça-feira, 19 de agosto de 2008

Congresso em SP discute liberdade de imprensa

Na platéia, estavam representantes dos principais jornais do país.
Eles acompanharam relatos sobre ameaças à liberdade de expressão.



A liberdade de imprensa foi o centro das discussões na abertura do sétimo Congresso Brasileiro de Jornais, em São Paulo, nesta segunda-feira (18). Na platéia, representantes dos principais jornais do país acompanharam os relatos sobre as ameaças à liberdade de expressão.

“Nós temos diariamente - as empresas jornalísticas - que enfrentar nas redações as decisões absolutamente heterogêneas de juízes que, muitas vezes, levam à censura e à censura prévia, o que é absurdo”, declarou Nelson Sirotsky, o presidente da Associação Nacional dos Jornais.

A rotina de processos judiciais, que dificulta o trabalho jornalístico, deu força à discussão sobre o futuro da lei de imprensa no Brasil. De um lado, há quem defenda a reformulação da lei. Do outro, os que sugerem a extinção dela.

Para o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), autor de uma ação que pede o fim da lei de imprensa, a legislação é falha porque pode intimidar os meios de comunicação e possibilitar até a apreensão de jornais. “Somos contra a criminalização da atividade. Nós somos contra toda espécie de cerceamento, pela intimidação da aplicação de uma lei”, afirmou Miro Teixeira.

O jurista Manuel Alceu Ferreira é a favor da manutenção da lei de imprensa, desde que ela seja reformulada: “Uma lei de imprensa que incorpore tudo aquilo que a democracia ou a restauração da democracia trouxe ao Brasil. E se livre daqueles ranços autoritários, ditatoriais. É preciso, portanto, suprimir da lei de imprensa o que é inaceitável”.

Durante o encontro, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse que vai incentivar a produção nacional de papel para reduzir a necessidade de importação para jornais e revistas.

Fonte: G1

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