segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Ibovespa dispara 9,40%, vai a 34.188 pontos e registra a melhor sessão de novembro

Postado por: Rogério Giessel

A última semana de novembro começou com o melhor desempenho do mercado doméstico em todo o mês até o momento. O impulso dado a Wall Street pelo plano de resgate ao Citigroup contagiou o setor financeiro internacional e permitiu a recuperação da bolsa brasileira, puxada pelo expressivo avanço de preço das commodities.

O grande destaque da segunda-feira (24) fica por conta da injeção de US$ 20 bilhões pelo Tesouro norte-americano no Citigroup. Afastando os temores de falência que levaram a ação do banco a acumular desvalorização de 60% na semana passada, o aporte rende a retomada de 50% aos ativos. O plano ainda conta com garantias de US$ 306 bilhões da FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) para os ativos podres em posse da instituição.

O anúncio disseminou a confiança entre os papéis do setor financeiro em Wall Street. Da forte resposta de bancos como Morgan Stanley e Bank of America veio a amplitude aos ganhos dos índices acionários norte-americanos, que apresentavam o melhor rali de dois dias dos últimos 20 anos. No meio da tarde, Barack Obama anunciou oficialmente sua equipe econômica, confirmando nomes como Timothy Geithner para secretário de Tesouro e Lawrence Summers como chefe do Conselho Econômico Nacional, evento bem recebido pelo mercado.

O clima mais ameno desta segunda-feira rendeu expressiva recuperação também ao mercado de commodities. Destaque para o avanço de 9% dos contratos futuros de petróleo em Nova York e forte alta dos metais básicos. Com base nestes eventos, a valorização de 9,40% do Ibovespa deve muito à disparada de Petrobras, Vale e das siderúrgicas. Para a primeira, também pesou o comentário do Goldman Sachs, de que a estatal tem condições de gerar o caixa suficiente para desenvolvimento da região do pré-sal. Restante da alta do índice se deve aos bancos, com a expectativa de novos movimentos de consolidação.

Dólar fecha com forte queda

Depois de acumular cinco altas consecutivas na semana passada, o dólar comercial fechou esta segunda-feira com forte queda de 5,24%, cotado a R$ 2,332.
Contribuindo com a pressão sobre a moeda, o Banco Central interveio mais uma vez com a realização de leilões de contratos de swap cambial tradicional. Dos 65.500 contratos ofertados, 44.000 foram absorvidos, movimentando um total de US$ 2,163 bilhões.

Ibovespa segue em recuperação

As referências favoráveis do noticiário internacional ajudaram a ofuscar a má impressão trazida inicialmente pela agenda de indicadores norte-americana, que destacou queda nas vendas de imóveis usados em outubro e recuo de 11,3% no preço médio dos imóveis. Com os ganhos se estendendo em Wall Street e expressivo avanço das commodities, o Ibovespa encontrou seu melhor pregão de novembro até o momento.
O índice encerrou a segunda-feira marcando disparada de 9,40%, recuperando os 34.188 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 3,5 bilhões.

Entre as altas, destaque para a disparada das ações do Unibanco dos ativos atrelados ao mercado de commodities. Na outra ponta, os papéis da Braskem lideraram as sete baixas do índice, após redução de seu preço-alvo por analistas da corretora Itaú, além da disparada do petróleo.

Fonte: InfoMoney

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