Mapas afixados com cartas aeronáuticas, quadros com as missões a serem cumpridas e o entra-e-sai de pilotos e tripulantes de 12 instituições estaduais e federais. Da janela se vê, na pista, militares e voluntários transportando carregamentos com mantimentos vindos em aviões cargueiros da Força Aérea para os helicópteros taxiados logo ao lado. Este é o cenário de uma das salas cedidas pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Navegantes, onde está montado o posto de comando da maior operação aérea de defesa civil da história do país, e que está sendo coordenada pela Polícia Militar de Santa Catarina.
Com exceção das aeronaves da Aeronáutica e do Exército, todas as outras que participam das missões de resgate e transporte de gêneros são coordenadas pelo Batalhão de Aviação da Polícia Militar (BAPM). Até o início desta sexta-feira, eram 19 helicópteros, reunindo um efetivo de 91 pilotos e tripulantes. “Não há registro de outra operação que tenha reunido tantos helicópteros para participar de um evento como o verificado esta semana – e que deve perdurar por mais algumas”, disse o comandante do BAPM, tenentecCoronel Milton Kern Pinto. O oficial foi designado coordenador das operações aéreas da defesa civil estadual.
No sexto dia da operação – os primeiros vôos iniciaram no domingo – a ênfase continua sendo a região do Baú, localidade cercada de morros na divisa entre os municípios de Luis Alves e Ilhota, onde ocorreram muitas mortes e ainda dezenas de centenas de desabrigados foram resgatados pelas aeronaves. Durante todo o dia, mais da metade dos 19 helicópteros varreram a região para retirar os últimos moradores, mesmo os resistentes em permanecer. Novos desabamentos de terra podem acontecer tornando a região extremamente perigosa.
Desde o início da operação, 622 pessoas foram retiradas dos locais atingidos. A prioridade é o salvamento de vidas humanas, mas oito corpos também foram removidos com os helicópteros. Além dos mortos, quatro animais de estimação também foram salvos. Não há prazo para o fim da operação. O que muda é o foco das missões.
Inicialmente as prioridades são resgate e salvamento, seguidas do envio de mantimentos. Mas ainda há missões como retirada de corpos de áreas de difícil acesso e de envio de equipes médicas, técnicos, e materiais para normalização nos sistemas de abastecimento de água, luz e telefone, e reconstrução de pontes e estradas.
Aeronaves que integram a missão Instituição
Helicópteros Marinha do Brasil - 02
Polícia Rodoviária Federal - 04
IBAMA - 01
Polícia Militar de Santa Catarina - 02 (e um avião) Polícia Civil de SC - 01
Brigada Militar do Rio Grande do Sul - 01
Casa Militar do Governo do Paraná - 01
Polícia Militar de São Paulo - 02
Polícia Civil de São Paulo - 01
Polícia Militar de Minas Gerais - 01
Corpo de Bombeiros de Minas Gerais - 01
Polícia Militar do Rio de Janeiro - 01
Total - 19
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