sexta-feira, 7 de maio de 2010

Reconstrução de Angola abre oportunidades para o Brasil


Analista da Apex João Pimenta, apresenta estudo de oportunidades no mercado angolano
foto: Dâmi Radin


A reconstrução de Angola, que vem ocorrendo desde 2002, quando terminou a guerra civil no país, abre oportunidades para que empresas brasileiras possam aumentar o fornecimento de produtos àquele mercado. Estudo da Agência Brasileira de Promoção das Exportações (Apex-Brasil), apresentado nesta quarta-feira, 6 de maio, na FIESC, destacou setores como alimentos, construção civil, móveis, têxtil e vestuário e máquinas e equipamentos.

Segundo o analista da área de inteligência comercial da Apex João Pimenta, que apresentou o levantamento, desde 2002 a Angola está num processo de recuperação da infraestrutura e do parque produtivo, e isso tem gerado muitas oportunidades para diversos setores. Segundo ele, devido ao processo de reconstrução, de 2002 a 2008 o país tem registrado crescimento médio de 12% ao ano.

Hoje, a economia do país africano, que tem cerca de 18 milhões de habitantes, está baseada na venda de petróleo, que representa 90% das exportações, além de pedras preciosas, como o diamante. As importações do país somaram US$ 10 bilhões em 2009. Dados de 2008 mostram que o Brasil é o quarto maior fornecedor da Angola, com participação de 10% nas importações.

Pimenta afirmou que o ambiente político de Angola tem mudado e é mais favorável que nos demais países da África. Ele acredita que futuramente haverá um imenso potencial para o agronegócio brasileiro, pois deve haver aumento da natalidade e da expectativa de vida, que hoje é considerada baixa, com média de 41 anos.

Para o analista, as empresas que pretendem ingressar nesse mercado devem criar suas estratégias de acordo com o público, que segundo ele, há uma minoria com alto poder aquisitivo enquanto a maioria da população é pobre.

As empresas brasileiras também terão a oportunidade de conhecer as oportunidades de Angola durante a Feira Internacional de Luanda, que ocorrerá de 20 a 25 de julho. A Apex está organizando o pavilhão do Brasil no evento. Em 2009, as 43 empresas brasileiras participantes realizaram negócios da ordem de US$ 31 milhões.

Em 2010, o Brasil participará com os setores agronegócio, artigos pessoais como calçados, vestuário, perfumaria, produtos de limpeza; casa e construção; produtos químicos e farmacêuticos; máquinas, equipamentos e motores; veículos, serviços de cinematografia, impressos, arquitetura e engenharia.

Cerca de 60 empresas brasileiras que já atuam no mercado angolano deverão expor seus produtos no pavilhão do Brasil em busca de novos distribuidores ou compradores, e de maior visibilidade para suas marcas e produtos.

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