Em 2005, dupla teria rendido policiais e libertado preso em posto de saúde
Sergio Sestrem
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Após 14 horas de julgamento, o tribunal do júri da 1ª Vara Criminal de Joinville condenou Paulo Fernandes Menezes e Emerson Batista dos Santos. Paulo, que já tem cinqüenta e quatro anos de condenações, foi sentenciado a quinze anos e seis meses de reclusão em regime fechado, enquanto Emerson vai cumprir doze anos e quatro meses - já está cumprindo pena de 27 anos. Eles foram condenados por resgatar um detento em um posto de saúde na cidade de Antonio Carlos, região da Grande Florinanópolis há três anos.
No dia do julgamento, temendo que os acusados também fossem resgatados, a Polícia Militar deslocou cerca de 35 homens para reforçar a segurança do Fórum de Joinville. As entradas e saídas ao prédio eram justificadas aos policiais.
A sessão começou às 14 horas do último dia 31 e terminou às 4 horas da manhã do dia seguinte. O julgamento foi interrompido por cerca de três horas. O juiz Renato Roberge determinou a busca de uma testemunha, um policial que fazia a escolta no dia do resgate. O policial acabou reconhecendo e confirmando a participação dos acusados na operação.
No dia 13 de julho de 2005, o condenado Dilberto Elesbão, que cumpria pena na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, foi encaminhado para atendimento médico num posto de saúde de Antônio Carlos.
Ele estava escoltado pelos policiais militares Alexandre Agostinho, Amarildo dos Santos Pereira, Júlio Francisco de Souza e Maurício Sebastião Rampi.
Disfarçados com coletes da Polícia Civil e armados com um fuzil AR-15, uma pistola e uma submetralhadora MT12, Paulo e Emerson abordaram os policiais que faziam a escolta de Elesbão. Ambos ameaçaram os policiais de morte caso não entregassem o preso.
Desarmados, os policiais entregaram Dilberto Elesbão à dupla. Paulo e Emerson levaram consigo uma pistola PT 100, calibre 40, usada por um policial. Em seguida, a polícia empreendeu operação de captura aos denunciados, que foram encontrados na madrugada de 14 de julho de 2005, em Joinville, num veículo Pajero GLS-B, ano 1998, placas MUQ-4040, dirigido por Emerson e com Paulo no banco dianteiro do carona.
Emerson e Paulo foram abordados no final do binário do Iririú pelos policiais. Eles, porém, não atenderam a ordem de parada, razão pela qual os policiais passaram a persegui-los.
Durante a perseguição pelas ruas de Joinville, de dentro do veículo Pajero, Paulo efetuou diversos disparos com uma pistola contra os policiais, que também dispararam contra o automóvel dos bandidos, atingindo seus pneus apenas. Mais adiante, já no bairro Aventureiro, os fugitivos colidiram o seu veículo contra um muro. Emerson foi preso. Paulo tentou fugir, pulando o muro de uma residência próxima, mas também foi preso logo depois pela polícia.
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