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Chamar a atenção da sociedade para a importância de amamentar as crianças até os seis meses. É com esse intuito que acontece de 1º a sete de agosto, a 17ª Edição da Semana Mundial de Aleitamento Materno. Em Joinville a atividade está sendo organizada pela Maternidade Darcy Vargas.
Nesse ano, de acordo com a coordenadora do Banco de Leite do hospital, Verlane Dias Sabença Ostaska, a atividade vai ser mais centrada, diferente de outras edições. "Dessa vez, vamos fazer uma programação diferente. Queremos nos ater a capacitação interna de nossos funcionários, sobre esse tema. Para tanto, vamos organizar uma série de palestras e cursos para os funcionários da maternidade. Além disso, vamos intensificar os trabalhos de sensibilização junto aos nossos pacientes e acompanhantes", informa.
Na maternidade, as mamães já sabem da importância em manter a amamentação no mínimo até os seis meses de idade. Esse é o caso da auxiliar jurídica, Aline Zipf, de 19 anos. A mãe de primeira viagem é enfática quando conversa sobre amamentação. "Sei que esse leite é muito importante para o crescimento de minha filha, que nasceu ontem (31). Por isso, quero amamentar o quanto for possível. A sensação de amamentar é única. Um sentimento maravilhoso", relata.
A auxiliar de cozinha Marines Costa, de 34 anos, já é mais experiente. Ela teve seu terceiro filho nessa quinta-feira (31), e já sabe o leite materno é o melhor alimento para os bebês. "Nas outras gestações eu amamentei até os cinco meses, depois não consegui mais porque tinha que trabalhar. Agora quero amamentar meu filho até os seis, sete meses, no mínimo. Amamentar, sentir a boquinha dele sugando meu peito é um gesto de amor e emoção", explica.A coordenadora do banco de leite diz ainda que a falta de informação ainda e o maior problema do aleitamento. "Muitas mães ainda não sabem que o leite materno é único e o melhor alimento para seus filhos. Até os seis meses ele deve ser utilizado como única alimentação, nem água e nem chás, só o leite é suficiente para que um bebê cresça saudável. Quando conversamos com as mães percebemos que logo elas se sensibilizam da importância de amamentar e na maioria dos casos as mamães garantem amamentação até os seis meses", garante Verlane.
Hoje na maternidade nascem 650 bebês em média, todos os meses.
A importância de amamentar
Vantagens para o bebê
O leite materno, contém todos os nutrientes de que a criança precisa nos primeiros seis meses de vida:
Tem água em quantidade suficiente; mesmo em clima quente e seco o bebê que apenas mama no seio não precisa nem mesmo de água!
Contém proteína e gordura mais adequadas para a criança;
Vitaminas em quantidades suficientes. Não há necessidade de suplementos vitamínicos;
Quantidades adequadas de sais, cálcio e fósforo;
Aumenta o laço afetivo mãe-filho, fazendo o bebê sentir-se amado e seguro: crianças que mamam no peito tendem a ser mais tranqüilas e mais fáceis de socializar-se durante a infância.
Vantagens para a mãe
Diminui o tempo de sangramento pós-parto e faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal;
Quando a criança suga, a hipófise posterior da mãe é estimulada a produzir um hormônio (ocitocina) que contrai o útero diminuindo o sangramento e favorecendo que o útero volte mais rapidamente ao volume normal.
Ajuda a mãe a voltar mais rápido ao peso pré-gestacional:
Durante o último trimestre da gestação a mulher acumula energia sob a forma de gordura para cobrir os gastos calóricos com a amamentação. E, calcula-se que a mulher que amamenta exclusivamente gasta 704 Kcal/dia. Portanto, a amamentação ajuda a mãe a voltar mais rápido ao seu peso pré-gestacional uma vez que gasta as Kcalorias acumuladas.
Pode reduzir a chance de câncer de ovário e de mama:
Estudos de populações demonstraram que mulheres que amamentaram com maior freqüência e por mais tempo, tiveram menor risco de câncer de ovário e de mama.
Banco de leite registra baixas no estoque
Depois de ter registrado um elevado numero de litros de estoque de leite materno, como em 2006 quando freezer particulares para acomodar a grande quantidade de doação, a realidade das reservas de leite é bastante pequena no banco de leite de Joinville.
Encontrar uma, duas geladeiras vazias não é uma tarefa difícil. De acordo com a enfermeira responsável pela qualidade do leite armazenado, Regina Sgrott, a falta de conscientização ainda é o maior entrave para os baixos índices de doação. "Muitas mães retiram o leite da mama que sobra das amamentações e desprezam, jogam foram. Esse leite pode ser de muita importâncias para outras crianças que cuja mães não conseguem dar de mamar", enfatiza.
Ela explica como ocorre a doação. "Quando a mamãe ganha alta do hospital ensinamos ela a retirar o leite da mama, quando o bebe para de mamar, então mostramos como armazenar ele leite. Quando o leite chega aqui, junto com exames de saúde da mãe, ele é pasteurizado, catalogado e congelado. Conforme os bebes da maternidade vão precisando do leite vamos descongelando o estoque que vence a cada 15 dias", explica.
Na manhã dessa sexta-feira (1) o estoque de leite no banco era de 22 litros. "Para mantermos o estoque em níveis médio seria necessário recebermos 40 litros de leite por dia, por isso a doação e importante", finaliza Regina.
*Fotos: Kamel Filho
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