A Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM) pretende ser mais severa na hora de cobrar ações do Governo Municipal em relação à saúde pública. Questões como a ausência de medicamentos, o atraso para a operação do Acelerador Linear – tratamento de pacientes com câncer – e a falta de médicos serão cobrados de uma forma mais dura e pública a partir do próximo ano.
“A Secretária de Saúde Municipal diz que tem números bons. Mas eles não passam para nós. No Hospital Municipal São José, parece que as coisas demoram a acontecer. O atendimento à população tem que melhorar. É o que se espera de um governo com cunho social”, explica o presidente da SJM, o médico Ricardo Polli.
A entidade vai esperar passar o final de ano e a mudança do Governo Estadual para iniciar sua nova posição. A severidade nas cobranças é reflexo da reclamação da população.
De acordo com o presidente da SJM, não há motivação política no ato. “Sou totalmente contra esse tipo de coisa. Estamos no terceiro ano de governo e queremos saber o que foi feito”, esclarece.
Outro assunto que será questionado pelo SJM é o salário dos médicos em Joinville. “Eu acredito que está faltando profissionais em todo o Brasil. Mas temos que ver a realidade do local. Muitas unidades da saúde pública de Joinville ficam sem médicos. Há muita reclamação. E agora complicou com a falta de medicamentos”, diz Polli.
Outro lado
A Secretaria Municipal de Saúde, através da assessoria de imprensa, destaca que está concluindo um relatório para apresentar à Sociedade Joinvilense de Medicina. Além disso, defende que a falta de medicamento não foi por causa do Governo Municipal e sim do estado. “O município só fica responsável pela distribuição. Os medicamentos de alta complexidade é responsabilidade do Governo do Estado”, defende a Secretaria de Saúde.
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