Presidente da Fiesc, Alcântaro Corrêa. Foto: Fernando Willadino
Santa Catarina recebeu da União no ano de 2009 R$ 8 bilhões, considerando as transferências de recursos para o estado e seus municípios, além dos gastos diretos da União no estado. O valor corresponde a 59,4% dos R$ 13,5 bilhões arrecadados em receitas federais em Santa Catarina no mesmo período, o que significa o quarto pior retorno em termos percentuais do País, abaixo apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e do Distrito Federal, mostra o levantamento da Federação das Indústrias (FIESC), que utiliza informações públicas da Receita Federal, do Portal da Transparência e da Secretaria do Tesouro Nacional.
"Os dados deixam claro que é necessário haver maior mobilização de Santa Catarina e também dos dois outros estados do Sul. Temos grandes carências em áreas como infraestrutura, saúde e educação, mas por sermos vistos como estados supostamente ricos, recebemos muito menos do que contribuímos", diz o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, lembrando que abre-se nova possibilidade de articulação com o início dos mandatos dos governadores e parlamentares em janeiro. "Não significa que estados pobres devam ser esquecidos. É função do governo investir lá para reduzir as desigualdades. Mas se ficarmos de lado, nossa economia perderá competitividade e vai reduzir sua capacidade de contribuir com o país no longo prazo", diz Corrêa.
A FIESC destaca a necessidade de investimentos em infraestrutura. Recente levantamento realizado pelo Fórum Industrial Sul, integrado pelas Federações das Indústrias de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul (FIERGS) e do Paraná (FIEP) e encaminhado aos parlamentares das bancadas dos três estados em Brasília, aponta demanda de obras urgentes no valor de R$ 7,8 bilhões para os três estados na área de infraestrutura de transportes. Desse montante R$ 2,5 bilhões correspondem a obras necessárias em Santa Catarina, R$ 2,8 bilhões no Rio Grande do Sul e R$ 2,4 bilhões no Paraná. "São obras urgentes que afetam os custos das empresas. Mas não só isso. São necessárias também para reduzir o grande número de acidentes nas rodovias", diz Corrêa.
No caso catarinense, os valores propostos pela indústria somam R$ 1,3 bilhão no modal rodoviário, R$ 422 milhões no marítimo, R$ 461 milhões no ferroviário e R$ 345 milhões no aeroviário. No modal rodoviário são consideradas as BRs 101, 116, 290, 285, 386, 392, 471, 153, 448, 468, 470, 472, com projetos de sinalização, construção de trechos, adequação, recuperação e manutenção.
fonte: Elmar Meurer, assessoria de imprensa do sistema Fiesc
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