terça-feira, 30 de novembro de 2010

CPI ouve mais envolvidos na licitação de móveis escolares com suspeita de superfaturamento


Oito dos dez convocados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Móveis Escolares compareceram a reunião desta segunda feira (29). Depuseram os funcionários da equipe responsável pelo Pregão 291/2010 e os administradores das empresas que participaram da licitação.

A reunião foi conduzida pelo vereador Juarez Pereira (PPS) que preside a CPI.

O vereador João Rinaldi (PT), que é um dos membros tentou tumultuar a reunião, primeiro criticando a iniciativa dos vereadores Odir e Joaquim referente a visita realizada na sexta (26/11), e sugerindo uma segunda visita à empresa Cequipel e em seguida solicitando que a reunião fosse suspensa. Juarez acatou o primeiro pedido, que será analisado pela CPI, no entanto, não suspendeu a reunião por uma questão de compromisso com os presentes.

O vereador Odir Nunes (DEM), relator da CPI, informou que a visita à cequipel, juntamente com os técnicos da Câmara possibilitou averiguar que cerca de 15 % dos móveis ainda estão estocados na empresa. “Os móveis estão lá empoeirados”, falou Odir. Da mesma forma Odir relatou que a empresa tem uma estrutura de primeiro mundo.

Dos depoimentos os investigados se resumiram a responder as questões dos vereadores, a funcionária Viviane Vinter Morcelles, afirmou não ter visto amostras, assim como Edineide Mello Morcelles, também da equipe de apoio ao pregão 291/210, que não soube informar o motivo da troca do pregoeiro durante o processo de licitação.

Santina Volpato Beltrame, que é funcionária concursada e atualmente trabalha no almoxarifado da Secretaria da Educação, em seu depoimento contrariou o que foi dito pela Pregoeira Glauciane Gonçalves, pois disse ter visto as amostras no almoxarifado, enquanto que Glauciane em seu depoimento afirmou ter ido a Empresa Cequipel para ver as amostras.

Sérgio Luiz Ouriques, procurador da Cequipel, foi um dos mais questionados pelos vereadores, no entanto, ele negou qualquer envolvimento com os demais participantes da licitação, ou com a Secretaria da Educação, no sentido de a Cequipel ter sido favorecida.

O depoimento de Martinho Rogério de Campos o destaque foi para a insistência da Secretaria em colocar o brasão da prefeitura nos móveis.

Para Martinho o que assegura que a mobília é de posse do governo são os números de patrimônio e não um brasão. Além disso, ele afirmou que essa diferença encareceu em demasiado o material, motivo pelo qual a sua empresa, Via Móbile não prosseguiu na disputa pela licitação.

Mais pessoas serão convocadas para prestar esclarecimentos e uma nova reunião pode ser marcada a qualquer momento.

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