quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Mais crédito para os puxadinhos


A procura de apoio

(Brasília 6.11.08) - Ao procurar apoio dos demais congressistas para a construção civil, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) teve que se mexer no plenário do Senado. Na quarta-feira (5) a senadora falou e procurou apoio para o setor, principalmente para o combate à crise.

Da tribuna do senado, Ideli defendeu a continuação da liberação de créditos para que pessoas físicas possam comprar mais materiais de construção.

Os números realmente são expressivos, “70% do cimento vendido no Brasil é para o consumidor individual, aquele que vai à lojinha, que compra e coloca na sua bicicleta um ou dois saquinhos de cimento e guardam para quando tiver comprado a tinta, o tijolo, a fim de poder fazer a obra, o tal do puxadinho”, disse.

Ideli defendeu também a ampliação do crédito individual no financiamento pela Caixa Econômica por meio do Construcard. “Um cartão que permite às famílias financiarem material de construção, hoje na faixa atual de R$ 7 mil, para, no mínimo, R$ 25 mil, que é o custo de uma residência um pouco mais razoável. Tem que ampliar o crédito para as pessoas poderem comprar o seu material picado mesmo”, disse.


Crédito via medida provisória

A senadora defendeu, e procurou apoio dos senadores, para a continuidade dos créditos ao setor. “Várias medidas foram adotadas recentemente para conter a crise na questão do crédito; que permite à Caixa Econômica comprar ações de empresas, de incorporadoras”. Ideli também citou que a Caixa Econômica vem disponibilizando R$ 10 bilhões para ampliar o crédito, “para que continuemos com a máquina da construção civil, do setor imobiliário aquecido”, explicou.


Menos impostos

Mesmo sendo a líder da bancada do governo, e por isso querer dinheiro no cofre do tesouro, Idelli defende a diminuição de impostos. Da tribuna a senadora alertou para a desoneração “da famosa cesta básica dos materiais de construção, que deu resultados extremamente positivos”. Para a senadora, o setor pode ter importante participação na saída da crise. “Se for possível, zerar a alíquota do IPI nos materiais de construção, teremos crescimento, desenvolvimento, emprego e melhoria das condições de vida.
O aumento do crédito individual e a melhoria do preço do produto aquecerão a cadeia da construção civil, da qual, volto a dizer, 60% dependem exclusivamente do consumidor individual, do brasileiro e da brasileira que compram individualmente no varejo da construção civil”.

Dilma também procura

Segundo Ideli Salvatti, a ministra Dilma Rousseff também ficou sensibilizada com o setor da construção civil. “A Ministra disse que, com muito empenho, levará essas reivindicações à deliberação do Governo, até porque elas vão ao encontro da forma como o Presidente Lula quer enfrentar a crise: com o País crescendo, gerando emprego, investindo e fazendo com que o crédito se amplie e a tributação diminua”, falou Ideli sobre as ponderações da ministra chefe da casa civil Dilma Rousseff. As duas estiveram reunidas pela manhã com setores da construção civil nacional.


Ricardo Wegrzynovski
Gazeta de Joinville / Brasília

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