sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sem greve por enquanto

Resultado pode ser reflexo do medo de servidores em perderam cesta básica e dias de trabalhos

A paralisação permanente dos servidores municipais de Joinville, prevista para o dia 2 de agosto, foi adiada. Em assembleia, na noite de quarta-feira (28), na Câmara de Vereadores, a classe não aceitou proposta da prefeitura, mas, por enquanto, recuou da greve. Uma nova reunião daqui a duas semanas ficou acordada.

“Ainda não é consenso da categoria. O magistério está em recesso. A parte é bastante interessada em parar”, explica o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Joinville (Sinsej), Ulrich Beathlater.

Uma das hipóteses para a mudança de opinião da classe não é a oferta do Executivo e sim o receio de perder cesta básica no final do mês, dias de trabalho e ter a Licença Premium atrasada. Para os servidores que aderiram a um dia (13 de julho) de paralisação, a Prefeitura de Joinville não abonou a falta. “É contraditório. PT defendendo a retirada do dia dos que estavam na greve? Ninguém faltou. Eles tiveram um dia de atividade na greve”, destaca Ulrich.

O sindicato quer audiência com a prefeitura para tentar mudar a ideia do governo e abonar a falta de quase 3 mil servidores que estiveram na greve. No entanto, será uma tarefa difícil já que a secretaria de Gestão de Pessoas da Prefeitura de Joinville, Márcia Alacon, diz que o Executivo segue o Estatuto do Servidor e não vai abonar o dia perdido das pessoas que participaram da paralisação. Ela acusa o sindicato de não aceitar as propostas e deixar o servidor chateado. "Notamos que os servidores queriam o abono ofertado por nós e ficaram decepcionados", relata.

“Acabou se figurando o que era suspeito”, diz Ulrich se referindo as denuncia de que servidores que iriam aderir a paralisação era coagidos por chefias que afirmavam que o pessoal da greve iria perder cesta básica e o dia de trabalho.

História

O Sinsej pediu no primeiro semestre do ano um aumento conforme a inflação do último ano (5,49%) e mais 30%, que segundo o sindicato, é uma dívida que a prefeitura tem com a classe. Em contrapartida, o Governo de Carlito ofertou a o reajuste em três parcelas: 1% a partir de maio, 2,2% em setembro e 2,2% em dezembro, fechando 5,49% da inflação. O motivo em parcelar o reajuste é para não ultrapassar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Representantes do governo afirmaram que não mudariam de ideia e isso seria a única coisa que poderiam oferecer.

No entanto, após a manifestação no dia 13 de julho, a prefeitura ofertou nova proposta: um abono salarial de R$ 440 divido no mês de janeiro e fevereiro de 2011. Já os 30% de dívida histórica que o sindicato pede a prefeitura criou uma comissão para analisar a perda salarial dos servidores nos últimos anos.

Nenhum comentário: