sexta-feira, 16 de julho de 2010

400 presos de Santa Catarina vão iniciar testes com tornozeleiras eletrônicas

foto: Paulo Almeida

Santa Catarina vai iniciar em breve testes com tornozeleiras eletrônicas em 400 presos do sistema prisional. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (16), após reunião com os secretários da Segurança Pública, Justiça e Cidadania, DEAP com magistrados e promotores. O encontro aconteceu no auditório da Academia da Polícia Civil (Acadepol) e contou com a presença de representantes de duas empresas especializadas em sistema de monitoramento a sentenciados.

Segundo o secretário André Luis Mendes da Silveira, o projeto de monitoramento eletrônico em presos busca garantir um controle eficaz nos presos com autorização judicial para sair das unidades prisionais. “Vamos iniciar os testes para ver seu funcionamento e se compensa o uso deste equipamento”, disse o secretário, que também acredita que a medida irá atenuar o problema de superlotação das unidades prisionais.

Inicialmente, apenados das comarcas de Florianópolis, Joinville, Chapecó, Curitibanos, Itajaí, Rio do Sul e São Miguel D’Oeste deverão testar o sistema de monitoramento eletrônico. As empresas se comprometeram a fornecer os equipamentos para testes. Caso o sistema seja aprovado, a Secretaria da Segurança Pública abrirá licitação para a escolha do melhor projeto tendo como critério o menor preço.

As duas empresas que participaram da reunião mostraram as vantagens do produto. Os técnicos acreditam que o preço de cada tornozeleira gire em torno de R$ 600 a R$ 700,00, mais os custos com manutenção e monitoramento, que será de responsabilidade das centrais instaladas pela própria empresa vencedora da licitação. As tornozeleiras são a prova d’água e emitem um sinal a qualquer deslize do preso monitorado.

Para o secretário André Luis Mendes da Silveira, falta ainda definir com clareza alguns pontos como, por exemplo, o grau de vulnerabilidade do sistema e como será feito o monitoramento do preso com tornozeleira. “Todas essas dúvidas serão esclarecidas com os testes que serão feitos com os 400 presos. Acreditamos que assim poderemos ter uma visão mais clara da situação”, comentou.

Para o juiz Júlio César Ferreira de Melo, coordenador da Coordenadoria de Execução Penal e da Infância e Juventude (Cepij), a idéia é testar o equipamento nos presos do regime semi-aberto, prisão domiciliar e saída temporária. “Temos que ver se vale à pena investir neste projeto. Se der certo, o Poder Executivo ficará responsável pelo processo de licitação”. O encontro contou ainda com a participação do secretário executivo de Justiça e Cidadania, Justiniano Pedroso, e do diretor do Departamento de Administração Penal, Adércio Velter e Promotores.

foto: sxc.hu

2 comentários:

Juarez Vieira disse...

Poderiam fazer o monitoramento com um relógio à prova d´água. Poderiam ser relógios com pulseiras em cores diferentes. A necessidade de troca de pilhas seria identificada pela central de monitoramento, em função da intensidade ou do tipo do sinal emitido.
Seria muito menos constrangedor para aqueles que estão cumprindo a pena. Imaginemos a situação de um condenado por furto, não reincidente, ou seja, cometeu somente esse crime, sem violência, e não pode andar de calção ou bermudas pelo simples fato de ter um trambolho desses no tornozelo.

Anônimo disse...

Preconceito pra mim é agredir o condenado.
Manter distância é saudável.
Tenho o direito de saber quem está ao meu lado.
Não quer tornozeleira, não cometa crimes.
Quero ver se filhinho de papai vai usar também.